segunda-feira, 9 de março de 2015

Queda de raio no DF leva 31 militares da Guarda Presidencial ao hospital

09/03/2015 18h56 - Atualizado em 09/03/2015 18h56

Do G1 DF

A queda de um raio no Setor Militar Urbano, em Brasília, levou 31 militares do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) para o hospital na tarde desta segunda-feira (9). Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, as vítimas passavam por uma instrução militar no momento. Ninguém corre risco de morte.

O Samu informou que recebeu um chamado de socorro às 15h40. O solicitante disse que algumas pessoas estavam inconscientes após a queda do raio.

O vice-diretor do Hospital das forças Armadas (HFA), João Ricardo Toletti, afirmou que 26 homens foram levados para o centro médico militar e que o grupo ficaria em observação por 12 horas.

O Exército informou que alguns militares tiveram queimaduras e apresentaram formigamento nos membros. Segundo o Samu, três pessoas foram levadas para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e dois foram para o Hospital de Base de Brasília. O serviço informou que eles apresentavam sinais vitais estáveis e que não corriam risco de sequelas.

Dilma discursa, e o país vaia. A mulher “dura” deveria pôr na rua todos os “homens meigos” e incompetentes que não a impediram de fazer mais uma bobagem. Ou: Uma fala sobre o nada

09/03/2015 às 6:11

Se eu fosse dar um conselho de amigo à presidente Dilma Rousseff, seria este: “Governanta, chame todos os seus auxiliares que concordaram com a forma, o tom, o conteúdo e os alvos de seu pronunciamento deste domingo, dia 8 de março, e ponha-os na rua. Sem exceção. De A a T, de Aloizio Mercadante a Thomas Traumann. Como perguntaria um pastor de Virgílio: “Quae te dementia cepit, Dilma?” .Que tipo de maluquice passou pela cabeça da presidente uma semana antes dos protestos que estão sendo programados país afora?

Nas redes sociais, havia, sim, um chamamento discreto para um panelaço na hora em que a presidente fizesse a sua suposta homenagem às mulheres — é “suposta” porque a petista usou o Dia Internacional da Mulher como mero pretexto. Bastou que a governanta viesse com aquele vocativo espontâneo de sempre — “Meus queridos brasileiros (…) —, e uma vaia estrepitosa uniu a cidade de São Paulo como raramente se viu. Abaixo, há um vídeo que me foi enviado pela leitora Andréia, também ouvinte da Jovem Pan. É do bairro de Perdizes. Há centenas de outros nas redes. Houve protestos em pelo menos 12 capitais: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Recife, Maceió e Fortaleza.



Quem já estava disposto a vaiar e a bater panela não deve ter prestado muita atenção ao que disse Dilma, não é? Só por isso, creio, os protestos não foram ainda mais contundentes. Os petistas como um todo, e Dilma Rousseff em particular, perderam a noção da realidade; perderam a leitura da política; perderam o pulso da população. E fazem, então, bobagens em penca até segundo aquele que deveria ser o seu ponto de vista.

É possível que a “Lista de Janot”, arrematada com o “nada consta contra a presidente”, de Teori Zavascki, tivesse até dado uma refreada nos ânimos. Os dois eventos não foram propriamente mobilizadores. Ora, sendo assim, com a popularidade em queda livre, cumpria a Dilma ser o mais discreta que conseguisse. Que fizesse uma fala curta em homenagem às mulheres, vá lá; que anunciasse o agravamento da pena para o chamado “feminicídio” (debato o mérito outra hora), ok. Que aproveitasse a deixa para lamentar a corrupção na Petrobras, seria aceitável também. Mas o que foi aquilo???



A íntegra de sua fala está disponível neste blog. Dilma já largou mal sugerindo que os descontentes estão mal informados. A imprensa foi o seu primeiro alvo. Segundo a presidente, “os noticiários são úteis, mas nem sempre são suficientes”. “Muitas vezes — disse a gênia — até nos confundem mais do que nos esclarecem.” Entendi. Não é de hoje que os petistas consideram que a falta de informação é útil a seu projeto de poder. Isso explica a sua disposição para controlar e censurar a imprensa.

Com a compulsão de sempre para a mistificação, disse a governanta: “Pela primeira vez na história, o Brasil, ao enfrentar uma crise econômica internacional, não sofreu uma quebra financeira e cambial”. Bem, trata-se apenas de uma mentira. Instruída sabe-se lá por quais feiticeiros, incorporou o conceito de que governo e sociedade são polos necessariamente opostos. O primeiro teria já pagado o pato da crise; agora, teria chegado a vez do povo. Leiam isto: “Na tentativa correta de defender a população, o governo absorveu, até o ano passado, todos os efeitos negativos da crise. Ou seja: usou o seu orçamento para proteger integralmente o crescimento, o emprego e a renda das pessoas. (…) Absorvemos a carga negativa até onde podíamos e, agora, temos que dividir parte deste esforço com todos os setores da sociedade”.

Nessa fala, “sociedade” e “governo” têm matrizes distintas e interesses específicos, que podem, eventualmente, entrar em contradição e se opor. Ainda que Dilma fosse uma ultraliberal, em vez de uma esquerdista atrapalhada, a fala estaria errada.



A presidente se referiu, sim, às tais medidas amargas que, segundo ela, seriam implementadas pelo tucano Aécio Neves caso vencesse a eleição. Afirmou: “Foi por isso que começamos cortando os gastos do governo, sem afetar fortemente os investimentos prioritários e os programas sociais. Revisamos certas distorções em alguns benefícios, preservando os direitos sagrados dos trabalhadores. E estamos implantando medidas que reduzem, parcialmente, os subsídios no crédito e também as desonerações nos impostos, dentro de limites suportáveis pelo setor produtivo”. Sei. Há pouco mais de quatro meses, essa mesma senhora fazia uma campanha eleitoral só com amanhãs sorridentes. Sabíamos, ela também, que um estelionato estava em curso.

Dilma, já escrevi isso aqui outro dia e reitero, é hoje a principal propagandista do protesto do dia 15. Mais de uma vez ela já se definiu como uma “mulher dura, cercada de homens meigos”. Bem, está na hora de seus meigos estudarem um pouco de política. Hoje, ela só é uma mulher em apuros, cercada de homens incompetentes.

Texto publicado originalmente às 2h28

Por Reinaldo Azevedo

Corpo da cantora Inezita Barroso é velado em São Paulo

09/03/2015 07h36 - Atualizado em 09/03/2015 13h01

Letícia Macedo
Do G1 São Paulo
O corpo da cantora e apresentadora Inezita Barroso está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na região do Ibirapuera, na Zona Sul, nesta segunda-feira (9). Considerada uma das principais cantoras da música sertaneja brasileira, Inezita morreu na noite deste domingo (8), aos 90 anos, no Hospital Sírio-Libanês.

O velório foi aberto ao público após ficar reservado apenas para a família durante 30 minutos. O sepultamento está previsto para acontecer às 17h, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, Zona Sul da capital paulista.

Inezita estava internada desde 19 fevereiro e completou 90 anos no último dia 4 de março. Ela deixa uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.

Considerada uma das principais cantoras da música sertaneja brasileira. 
É reconhecida como a mais antiga e mais importante expressão artística da música caipira no país. 
Ela nasceu em São Paulo e fez carreira no rádio e na televisão, além de passagens pelo cinema e teatro, onde atuou e produziu espetáculos musicais. Em novembro de 2014, ela foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de Letras.
Alckmin participa de velório do corpo de Inezita Barroso (Foto: Letícia Macedo/ G1)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi ao velório e afirmou que Inezita era uma "figura admirável".

"Quando ela fez 88 anos fizemos uma homenagem e o segredo de sua vida longa e feliz é que ela amava música caipira, gostava do que fazia e fazia bem feito".

O governador ainda recitou um verso da "moda da pinga". "'A marvada pinga que eu me atrapalho. Não bebo de uma só vez porque acho feio. Tomo o primeiro gole até o meio e é no segundo que eu desvazeio'".

Antes, por meio de nota de pesar, o governador afirmou que esteve com ela no palco do programa "Viola, Minha Viola".

"Durante 35 anos, as manhãs de domingo no interior de São Paulo e do Brasil tiveram a sonoridade de Inezita Barroso no comando do "Viola, Minha Viola", o mais antigo programa musical da televisão brasileira. 

Neste domingo à noite, com muita tristeza, nos despedimos dela. Paulistana da Barra Funda, Inezita foi compositora, cantora, atriz, violeira, pesquisadora, professora e doutora honoris causa de folclore e da música caipira. Há dois anos, tive a honra de estar com ela, no palco do "Viola", para a emocionante festa musical em que o país inteiro comemorou seu aniversário de 88 anos e sua grande obra. Naquele dia, ela explicou o segredo de sua vida longa e feliz: amava a música caipira, gostava do que fazia e de fazer bem feito. Ao recuperar o nosso folclore, Inezita Barroso preservou um ativo inestimável, um tesouro que faz de nós, brasileiros, uma nação: nossas raízes. A partir de agora, São Paulo e o Brasil retribuirão esse legado de amor com imensa saudade", diz a nota. 

Para a neta Paula Maia, arista plástica, a avó nunca trabalhou por dinheiro. “Minha avó era uma pessoa incrível. Ela foi pioneira na carreira. Trabalhou e lutou muito pelo que ela acreditava. Sempre foi muito autêntica. Não era por causa de dinheiro que ela cantava e tinha o programa. O que ela gostava é da música de raiz, da música regional. Ela valorizava muito a cultura brasileira e tentou divulgar o máximo possível”, disse.

O cantor Donizeti disse que se apresentou diversas vezes no programa de Inezita. "Meu respeito e minha tristeza sao muito grandes. Ela conseguiu provar a força da mulher brasileira. Ela ajudou muita gente, muitos artistas novos. Ela vai deixar saudade", afirmou.

O músico João Bosco Batista, que trabalhou por quase 18 anos com Inezita, esteve nesta manhã no velório. “Inezita era sensacional. Muito talentosa. Tinha muito conhecimento, muito amor pelo povo, pela terra, pela arte. Ela tinha um carinho muito grande com os poetas caipiras. Era uma faculdade para nós”, contou o músico. “Ainda pequena estudou piano. Depois ela teve interesse em começar a pesquisar sobre música ao ver as rodas de violeiros nas fazendas”, observou.

A dupla sertaneja Lourenço e Lourival lamentou a morte de Inezita. Eles disseram ter gravado no domingo uma homenagem pelos 90 anos da apresentadora. "Eu não sei agora pra fazer show como é que a gente vai fazer sem a Inezita anunciar no programa dela. É uma peça que quebrou e não tem reposição", disse Lourival.

Inezita Barroso. (Foto: Reprodução)
Inezita Barroso no programa 'Viola, Minha Viola, na TV Cultura. (Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo)

Ignez Magdalena Aranha de Lima, nome de batismo de Inezita Barroso, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana, passou a infância cercada por influências musicais diversas, mas foi na fazenda da família, no interior paulista, que desenvolveu seu amor pela música caipira e pelas tradições populares. Começou a cantar e a estudar violão aos 7 anos.

Formada em Biblioteconomia na Universidade de São Paulo (USP), Inezita foi uma grande pesquisadora da música caipira brasileira. Por conta própria, percorreu o interior do Brasil resgatando histórias e canções. Reconhecida por este trabalho, foi convidada a dar aulas sobre folclore em uma universidade paulista. Pelo seu trabalho como folclorista, e por ser uma enciclopédia viva da música caipira e do folclore nacional, recebeu o título de 'doutora Honoris Causa em Folclore' pela Universidade de Lisboa.

Foi a primeira mulher a gravar uma moda de viola e era considerada a grande dama da música de raiz.

Na televisão, sua carreira começou junto com a TV Record, onde foi a primeira cantora contratada. Depois, passou pela extinta TV Tupi e outras emissoras, até chegar à TV Cultura para comandar por mais de 30 anos o "Viola, Minha Viola".

Assaltante levou cadeirada, fugiu, mas foi detido por populares

Rua Severiano Belfort - Manoel Honório - Juiz de Fora 

Nesta segunda-feira (9), por volta de 01:50 h, policiais militares registraram uma ocorrência de roubo.

A vítima,73, narrou que um indivíduo adentrou em seu estabelecimento comercial com uma mochila na mão.

O indivíduo simulou estar armado, se deslocou à caixa registradora e apoderou-se de R$20,00 em moeda corrente, ainda subtraiu um capacete e foi na direção da motocicleta da vitima.

Ato contínuo a vítima arremessou-lhe uma cadeira, tendo o autor deixado cair ao solo a mochila e o dinheiro furtado, fugindo em desabalada carreira

A vítima e mais um familiar passaram a rastrear o fujão e na Rua Eugênio Fontainha,bairro Manoel Honório, o autor foi detido por populares até a chegada da PM.

Felipe Henrique,22, recebeu voz de prisão em flagrante delito, necessitou ser encaminhado ao HPS.

Após receber a alta hospitalar foi conduzido à delegacia e teve o flagrante ratificado.

Lenda do porco-espinho - Veja um filhote

Lenda do porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. 

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. 
E assim sobreviveram.

Moral da História 
A melhor amizade não é aquela que une pessoas perfeitas, mas aquela onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
(Autor Desconhecido)

Você já viu um filhote de porco-espinho?


Por Marcelo Alexandre Marchi, jornalista do blog Surpresas Animais

domingo, 8 de março de 2015

Homem agride motorista e assume direção de ônibus em Juiz de Fora

08/03/2015 12h04 - Atualizado em 08/03/2015 12h05

Do G1 Zona da Mata

Um homem de 41 anos foi preso na manhã deste domingo (8), depois de invadir um ônibus em Juiz de Fora. Durante a ação, ele deu uma facada no motorista, de 42 anos. A vítima está internada no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, com quadro estável.

De acordo com as primeiras informações divulgadas pela Polícia Militar (PM), ônibus escolhido pelo autor do crime é o da linha 103, que percorre o Bairro Filgueiras. O veículo estava parado na Avenida Juiz de Fora, perto do número 815, no Parque Guarani.

Segundo relato de testemunhas à polícia, o suspeito se aproximou do motorista, que lanchava, perguntou que linha aquele ônibus fazia e, em seguida, desferiu facadas. Assustado, o funcionário da empresa de transporte teria reagido e os dois brigaram. Na sequência, o homem assumiu a direção do veículo. Alguns passageiros conseguiram desembarcar. Nenhum deles ficou ferido.

Depois de circular por cerca de 15 minutos, o ônibus foi parado por policiais. O agressor recebeu voz de prisão em flagrante e foi levado para o pronto-socorro da cidade, aonde permanece acompanhado por militares. Sem ferimentos pelo corpo, ele permanece em observação para que seu quadro psicológico possa ser avaliado. Quando for liberado pela equipe médica, ele será levado para a delegacia da Polícia Civil.

De acordo com informações obtidas pelo G1 no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, o paciente foi submetido a uma cirurgia. Quando o procedimento terminar, ele será transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
X xxx 
O motorista / vítima foi esfaqueada no tórax e nos braços.

Fábio erra feio, e Damião empata em clássico mineiro de pouco brilho

08/03/2015 18h19 - Atualizado em 08/03/2015 18h50

Por Marco Antônio Astoni
Belo Horizonte

O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG neste domingo, no Mineirão, foi marcado muito mais pela transpiração do que pela inspiração. O empate por 1 a 1 - gols de Rafael Carioca para o Galo, e Leandro Damião para a Raposa - foi justo pelo equilíbrio e pelo futebol apresentado por ambos. O jogo, válido pelo Campeonato Mineiro, não foi um primor de técnica, longe disto. Mas, sempre que os dois grandes rivais do futebol mineiro se encontram, a emoção toma o lugar da razão, e os corações de cruzeirenses e atleticanos bateram forte, principalmente nos últimos 20 minutos, quando os dois gols saíram.

Se no primeiro tempo as duas equipes criaram poucas chances de perigo, no segundo deram mais mobilidade ao jogo. E o clássico, que caminhava para ter poucas emoções, no final ficou emocionante, com os gols marcados e lances perigosos. Fábio falhou feio aos 26 minutos, ao tentar chutar uma bola que poderia pegar com as mãos. O arremate bateu nas costas de Patric e serviu como assistência para Rafael Carioca marcar. Damião empatou aos 37 e aumentou para nove jogos a sequência invicta diante do rival.

O público pagante foi 34.412, com 35.390 presentes. A renda foi R$ 1.368.285. O resultado manteve o Cruzeiro na liderança, com 14 pontos. O Atlético-MG vem logo atrás, com 13. Os dois times voltam a campo no meio da semana. O Cruzeiro joga na quarta-feira, às 22h (de Brasília), contra o Villa Nova-MG, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O compromisso do Atlético-MG é um dia depois, às 19h30, no Ronaldão, em Poços de Caldas, diante da Caldense. 

O jogo
O jogo começou estudado e com cautela excessiva dos dois lados, como é de praxe nos clássicos. A bola ficou rodando entre as duas intermediárias, e os goleiros foram meros espectadores da partida até os 25 minutos. Os armadores de Cruzeiro e Atlético-MG estavam muito bem marcados, o que deixava a criação das jogadas para os volantes, que abusavam dos lançamentos diretos.

Na metade final da primeira etapa, os times afrouxaram um pouco a marcação, e os lances de perigo surgiram com frequência maior. Primeiro foi o Cruzeiro, numa jogada de Arrascaeta pela direita, não aproveitada pelos atacantes de área. A resposta atleticana foi numa cabeçada à queima-roupa do zagueiro Jemerson, defendida espetacularmente por Fábio. Ainda que o jogo tenha ficado mais aberto, o ímpeto dos rivais não foi suficiente para tirar o 0 a 0 do placar antes do intervalo.

Quando a bola rolou para o segundo tempo, nem parecia o mesmo jogo do primeiro. A velocidade, a disposição e o ânimo dos times eram outros. A partida ganhou muito em qualidade e emoção. Os dois técnicos mexeram nos seus times, colocando em campo Alisson e Judivan de um lado e Maicosuel e Danilo Pires de outro.

Léo disputa bola com Dodô no clássico. Partida teve muita marcação e pouco espaço para os times (Foto: Douglas Magno)

O jogo, entretanto, voltou a cair de produção e a ser muito estudado. Até que, aos 26 minutos, o goleiro Fábio falhou feio, e o Atlético-MG abriu o placar. Perto da vitória, os jogadores do Galo começaram a ganhar tempo, caindo no campo e chamando o atendimento médico a cada dividida. Cedo demais para isto. O Cruzeiro chegou ao empate, aos 37 minutos, com Leandro Damião. O atacante recebeu na área, girou e bateu rasteiro para vencer Victor e deixar tudo igual no Mineirão. O time azul ainda tentou o gol da virada, nos minutos finais, e quase conseguiu, mais uma vez com Damião.

E A PETROBRAS VAI À TV GASTAR DINHEIRO EM PROPAGANDA…

08/03/2015 - Tribuna da Internet


Eugênio Bucci
Época

Enquanto sua cúpula despencava estrondosamente, na mais devastadora crise de sua história, a Petrobras finalmente descobriu o que devia fazer: propaganda. Enquanto os telefones do Palácio do Planalto operavam sem descanso na busca de voluntários que topassem substituir os diretores caídos, enquanto o valor das ações da empresa mergulhava rumo ao fundo do poço, a Petrobras veio a público mostrar a saída para sua agonia: uma campanha publicitária ufanista, oca e perdulária. Não satisfeita em desperdiçar fortunas no que não devia, por descaminhos que até hoje não explicou direito, a maior empresa do Brasil, a estatal cujo faturamento corresponde, em tempos normais, a algo como um décimo de todo o PIB, resolveu agora desperdiçar dinheiro também em publicidade. Pelo menos alguma coerência lhe restou: a coerência da gastança.

Os anúncios estão aí, em toda parte, oferecendo ao país a grandiloquência dos inimputáveis megalomaníacos. Na TV, o espetáculo ganha uma narrativa épica. Por pouco não surgem anjos soprando trombetas douradas em torno do próprio Deus, que, com um cajado verde e amarelo, abençoa os escombros morais como se fossem um prodígio colossal da engenharia, da ciência e do melhor governo da Terra.

Na tela, vemos imagens de superprodução hollywoodiana que promovem um desfile hiperbólico de plataformas com ares de estações espaciais da mais ousada ficção científica. Ao fundo, a voz do locutor, mais que patriótico, bíblico, proclama os feitos heroicos da companhia, que culminaram, por certo, com a gloriosa descoberta do pré-sal. Depois, vem a moral da história: “Hoje, os desafios são outros. Por isso estamos aprimorando a governança e a conformidade da gestão. Seja qual for o desafio, a nossa melhor resposta sempre será aquela que nos acompanha desde o começo. Superação. Esta é a Petrobras. Ontem, hoje e sempre, superando desafios. Todos eles”.

FINAL FELIZ

Pronto. Que final feliz! Tudo está bem e nada haverá de quebrar nossa querida Petrobras. Ao fim, vêm os carimbos das marcas que garantem a autenticidade daquelas palavras tão peremptórias. Como numa assinatura, sucedem-se na tela dois selos inconfundíveis. Primeiro, o logotipo da Petrobras, com seu bordão: “O desafio é a nossa energia”. Em seguida, o logotipo do segundo governo Dilma, com o dístico “Pátria Educadora”.

Levemos isso a sério. Já que temos sido oficialmente conclamados a ser uma “Pátria Educadora”, tratemos de ler as coisas da Pátria com a devida atenção. Divergências à parte, ninguém há de discordar que saber ler é essencial em matéria de instituições “educadoras”. Apliquemo-nos, então, num exercício de leitura. Dediquemos alguns minutos a ler a mensagem que a Petrobras, com sua delicadeza mastodôntica, atira contra nossos olhos e nossos ouvidos. Vamos lá.

Com seu bordão publicitário, “O desafio é a nossa energia”, a companhia quer nos convencer de uma dupla virtude. Primeiro, ela está preparada para vencer o desafio de produzir energia para o Brasil. Depois, ela sabe extrair motivação (energia interior) dos mais duros desafios que encontra pela frente. Entendeu a sacada publicitária? O slogan tem dois sentidos, sentidos espelhados, que se reforçam reciprocamente. A Petrobras é realmente magnífica: ela vence os desafios e adora enfrentar desafios. Fantástico, não é mesmo?

GOVERNANÇA…

E não é só. Em se tratando de Petrobras, o genial slogan publicitário resume uma filosofia de vida. Por que ela agora está “aprimorando” a “governança”? Ora, é simples. Para vencer o desafio desse pessoal que ficou lá roubando sem parar, mas, também, e principalmente, para vencer esse outro pessoal que fica falando mal da empresa. Entendeu? Nada poderá deter a Petrobras. “Seja qual for o desafio, nossa melhor resposta sempre será aquela que nos acompanha desde o começo. Superação.” Traduzindo: podem cair todos os dirigentes da companhia, que não deram conta de calcular o tamanho do rombo, a empresa pode estar hoje sendo investigada pelo mundo afora, pode estar sendo criticada na imprensa, tudo bem, não há de ser nada, ela vai superar tudo isso. Afinal de contas, “esta é a Petrobras. Ontem, hoje e sempre, superando desafios. Todos eles”.

O que se espera do povo brasileiro com essa campanha tão edificante? Que respire aliviado e acredite. “Todos” os desafios serão superados, em todos os tempos. Nessa passagem, a campanha da Petrobras ressuscita uma expressão que fez escola na comunicação oficial da ditadura militar: “Ontem, hoje e sempre”. Hoje, como ontem, o poder pede que o brasileiro simplesmente bata palmas. Se bater continência, melhor ainda.

Tribuna da Internet

Aprovação do feminicídio é avanço na luta das mulheres, dizem especialistas

08/03/2015 10h11
Brasília
Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil 
Edição: Denise Griesinger

Em desfile na Lapa, integrantes do Bloco Arrastão Feminista defendem os direitos das mulheres e protestam contra a violência  Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil

A aprovação pela Câmara dos Deputados, na terça-feira (3), do Projeto de Lei 8305/14 do Senado, que tipifica o feminicídio como homicídio qualificado e o inclui no rol de crimes hediondos, é considerada um avanço na luta pelos direitos das mulheres por especialistas ouvidas pela Agência Brasil. O texto modifica o Código Penal para incluir o crime – assassinato de mulher por razões de gênero – entre os tipos de homicídio qualificado. O projeto aguarda sanção presidencial.

Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, a aprovação do projeto de lei representa um avanço político, legislativo e social. “Temos falado há muito tempo da importância em dar um nome a este crime. Essa aprovação coloca o Brasil como um dos 16 países da América Latina que identifica este crime com um nome próprio”, disse.

Segundo Nadine, a tipificação do feminicídio poderá aprimorar procedimentos e rotinas de investigação e julgamento, com a finalidade de coibir assassinatos de mulheres. “Essa lei dá uma mensagem muito clara para os perpetradores de que a sociedade está identificando o feminicídio como um fenômeno específico. Esse tipo de lei tem caráter preventivo”.

A proposta aprovada estabelece que existem razões de gênero quando o crime envolver violência doméstica e familiar, ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher. O projeto foi elaborado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher.
Vagão exclusivo para mulheres no metrô de Brasília 
Arquivo/Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As penas podem variar de 12 anos a 30 anos de prisão, a depender dos fatores considerados. Além disso, se forem cometidos crimes conexos, as penas poderão ser somadas, aumentando o total de anos que o criminoso ficará preso, interferindo, assim, no prazo para que ele tenha direito a benefícios como a progressão de regime

O projeto prevê ainda aumento da pena em um terço se o crime acontecer durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto, se for contra adolescente menor de 14 anos ou adulto acima de 60 anos ou ainda pessoa com deficiência e se o assassinato for cometido na presença de descendente ou ascendente da vítima.

A diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, destacou que o feminicídio é motivado pelo ódio, pelo desprezo e pelo sentimento de perda da propriedade sobre a mulher em uma sociedade machista e marcada pela desigualdade de gênero. “O lugar mais inseguro para a mulher é dentro de casa onde ela deveria estar mais protegida. Os assassinos e agressores são parceiros e ex-parceiros que se aproveitam da vulnerabilidade da mulher pelo fato de conhecerem sua rotina e saberem como invadir sua propriedade”, disse.

Segundo Jacira, a aprovação do projeto de lei é um recado claro de que a sociedade e a Justiça não toleram a violência de gênero e terá repercussão importante para a redução desse tipo de crime. “É uma vitória do movimento feminista em aliança com a bancada feminina. No Brasil afora, o homem não suporta que a mulher queira sair de uma relação violenta. Essa tipificação pode intimidar fortemente os agressores que ainda veem como um crime menor”.

Na justificativa do projeto, a CPMI destacou o homicídio de 43,7 mil mulheres no Brasil de 2000 a 2010, sendo que mais de 40% das vítimas foram assassinadas dentro de suas casas, muitas pelos companheiros ou ex-companheiros. Além disso, a comissão afirmou que essa estatística colocou o Brasil na sétima posição mundial de assassinatos de mulheres.

A aprovação do projeto era uma reivindicação da bancada feminina e ocorreu na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

A secretária-geral da Comissão da Mulher Advogada na Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Aline Hack, considera a tipificação do feminicídio um novo marco na busca dos direitos da mulher. Segundo ela, a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, foi a primeira conquista da luta feminina para a redução da violência de gênero.

A advogada destacou, no entanto, que outros desafios da luta feminina persistem e destacou o combate ao machismo. “Essa conscientização deveria ocorrer nas escolas e nos meios de comunicação. A mídia ainda retrata a mulher como um objeto. Isso atrapalha a atuação da lei e tudo pelo que nós estamos lutando: a igualdade de gênero e o reconhecimento da mulher”.
Ativistas defendem direitos das mulheres durante marcha na Praia de Copacabana Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil

A representante da ONU Mulheres Brasil também acredita que o machismo existente no país tem que ser questionado e transformado em diversas áreas: educação, cultura, políticas públicas e mídia. “Há ainda muitos desafios. O Brasil tem leis e programas que estão sendo implementados, mas os serviços de atendimento à mulher precisam ser expandidos”.

A diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão também avalia que a violência doméstica e a desigualdade de gênero devem ser tratados no âmbito da família, da escola e nos meios de comunicação. “A rede de atendimento à mulher no Judiciário, nos serviços de saúde e nas delegacias não corresponde a 10% da demanda, está muito aquém. É preciso ter políticas públicas e orçamento público à altura em todas as instâncias: federal, estadual e municipal”, acrescentou.

Agência Brasil

E se a lista criar novos delatores?

08/03/2015 

E SE A LISTA CRIAR NOVOS DELATORES?


Pronto. A tão esperada lista dos políticos envolvidos na roubalheira da Petrobras veio a público na noite de sexta-feira. Com algumas estranhezas, como a fartura de 32 integrantes do PP, a relação, de imediato, pouco mexeu na acelerada pulsação do Congresso. Mas a taquicardia por lá, e também no Planalto, continuará fora de controle. Até porque com mais gente na mira abrem-se fartas possibilidades de traições e novas trincheiras para se percorrer a trilha da dinheirama.

Como em qualquer caso de polícia, os caminhos do dinheiro unem os criminosos aos beneficiários do crime – os que mandam executar e nunca sujam as próprias mãos.

Os rastros costumam valer mais do que o número de gente metida na encrenca. Percorrê-los tem sido a obsessão dos investigadores da Operação Lava Jato. E passam a ser agora tarefa primeira das investigações e diligências autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do STF.

A lista fala mais pelo que não diz. Aponta quem recebeu propina e esquece-se de quem mandou pagá-las.
O PT até ensaiou comemorar a inclusão do tucano Antônio Anastasia (MG), mas não teve fôlego. Afinal, além de dois deputados – José Mentor (SP) e Vander Loubet (MS), e do já enrolado ex-líder Cândido Vacarezza (SP), estão no rol os senadores Humberto Costa (PE), ex-ministro de Lula, o cara-pintada que liderou movimentos Fora Collor, Lindbergh Farias (RJ), e a aguerrida Gleisi Hoffmann (PR), ex-ministra da presidente Dilma Rousseff. Além do ex-ministro e tesoureiro da campanha de Dilma, Antônio Pallocci, hoje sem foro privilegiado.

Collor de Mello, hoje senador, foi o único do PTB, partido de Roberto Jefferson, principal delator do mensalão. Os outros seis são do PMDB, o grupo mais parrudo, com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL) e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), com ex-ministros de José Sarney, Lula e Dilma – Valdir Raupp (RO), Romero Jucá (RR) e Edison Lobão (MA) -, além do deputado Anibal Gomes (CE) e da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

E os demais partidos da coalizão governista? Ficaram de fora das benesses ou só da lista?

Em um governo que faz o diabo para segurar o poder na unha, é difícil crer que desvios da fenomenal quantia de R$ 10 bilhões da Petrobras, segundo as primeiras estimativas da Polícia Federal, tenham ocorrido apenas para rechear bolsos de uns e outros. Só para se ter uma ideia do poder de fogo e da enormidade disso, a milionária campanha de reeleição de Dilma declarou ter gasto R$ 318 milhões.

Dono da caneta há 12 anos e responsável pela nomeação daqueles que coordenaram as falcatruas, o PT sabe que não tem como esconder que é o maior beneficiário dos desvios na Petrobras. Seja para o partido ou, indiretamente, para aliados.

Com a popularidade de Dilma ladeira abaixo, a economia em frangalhos e pressão intensa interna e de aliados que lhe puxam o tapete, o PT não confia na fidelidade nem dos mais próximos. Todo mundo é um delator em potencial.

E se um dos nossos ou uma magoada Roseana Sarney resolver falar? E se um dos 32 do PP, partido apoiador de primeira hora que lidera a lista, se sentir na berlinda e abrir o bico?

Esta foi só a primeira lista. Inclui apenas a Petrobras e as primeiras delações. Outras virão, com a construção da usina de Belo Monte encabeçando o rol. Nelas, os beneficiários dos crimes são por demais conhecidos. Boa parte dos demais bandidos também.

O mapa do assalto está aí. Basta imprimi-lo.

Mas nada disso terá qualquer valia sem a coragem de se chegar até onde o caminho leva, com punições aos que estimulam e lucram com o crime. Que o Supremo seja supremo.

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