08/03/2015 18h19 - Atualizado em 08/03/2015 18h50
Por Marco Antônio Astoni
Belo Horizonte
O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG neste domingo, no Mineirão, foi marcado muito mais pela transpiração do que pela inspiração. O empate por 1 a 1 - gols de Rafael Carioca para o Galo, e Leandro Damião para a Raposa - foi justo pelo equilíbrio e pelo futebol apresentado por ambos. O jogo, válido pelo Campeonato Mineiro, não foi um primor de técnica, longe disto. Mas, sempre que os dois grandes rivais do futebol mineiro se encontram, a emoção toma o lugar da razão, e os corações de cruzeirenses e atleticanos bateram forte, principalmente nos últimos 20 minutos, quando os dois gols saíram.
Se no primeiro tempo as duas equipes criaram poucas chances de perigo, no segundo deram mais mobilidade ao jogo. E o clássico, que caminhava para ter poucas emoções, no final ficou emocionante, com os gols marcados e lances perigosos. Fábio falhou feio aos 26 minutos, ao tentar chutar uma bola que poderia pegar com as mãos. O arremate bateu nas costas de Patric e serviu como assistência para Rafael Carioca marcar. Damião empatou aos 37 e aumentou para nove jogos a sequência invicta diante do rival.
O público pagante foi 34.412, com 35.390 presentes. A renda foi R$ 1.368.285. O resultado manteve o Cruzeiro na liderança, com 14 pontos. O Atlético-MG vem logo atrás, com 13. Os dois times voltam a campo no meio da semana. O Cruzeiro joga na quarta-feira, às 22h (de Brasília), contra o Villa Nova-MG, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O compromisso do Atlético-MG é um dia depois, às 19h30, no Ronaldão, em Poços de Caldas, diante da Caldense.
O jogo
O jogo começou estudado e com cautela excessiva dos dois lados, como é de praxe nos clássicos. A bola ficou rodando entre as duas intermediárias, e os goleiros foram meros espectadores da partida até os 25 minutos. Os armadores de Cruzeiro e Atlético-MG estavam muito bem marcados, o que deixava a criação das jogadas para os volantes, que abusavam dos lançamentos diretos.
Na metade final da primeira etapa, os times afrouxaram um pouco a marcação, e os lances de perigo surgiram com frequência maior. Primeiro foi o Cruzeiro, numa jogada de Arrascaeta pela direita, não aproveitada pelos atacantes de área. A resposta atleticana foi numa cabeçada à queima-roupa do zagueiro Jemerson, defendida espetacularmente por Fábio. Ainda que o jogo tenha ficado mais aberto, o ímpeto dos rivais não foi suficiente para tirar o 0 a 0 do placar antes do intervalo.
Quando a bola rolou para o segundo tempo, nem parecia o mesmo jogo do primeiro. A velocidade, a disposição e o ânimo dos times eram outros. A partida ganhou muito em qualidade e emoção. Os dois técnicos mexeram nos seus times, colocando em campo Alisson e Judivan de um lado e Maicosuel e Danilo Pires de outro.
Léo disputa bola com Dodô no clássico. Partida teve muita marcação e pouco espaço para os times (Foto: Douglas Magno)
O jogo, entretanto, voltou a cair de produção e a ser muito estudado. Até que, aos 26 minutos, o goleiro Fábio falhou feio, e o Atlético-MG abriu o placar. Perto da vitória, os jogadores do Galo começaram a ganhar tempo, caindo no campo e chamando o atendimento médico a cada dividida. Cedo demais para isto. O Cruzeiro chegou ao empate, aos 37 minutos, com Leandro Damião. O atacante recebeu na área, girou e bateu rasteiro para vencer Victor e deixar tudo igual no Mineirão. O time azul ainda tentou o gol da virada, nos minutos finais, e quase conseguiu, mais uma vez com Damião.
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