sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

PM faz grande apreensão de drogas na Zona Norte de JF

Rua Júlia Dias da Silva - Santa Cruz - Juiz de Fora 
Nesta sexta-feira(5), por volta de 11:40 h, policiais militares registraram a ocorrência de tráfico de drogas.
Do interior do porta malas do veículo GM/ Monza, 1985, cor preta, LJExxxx, JF/MG, um forte odor, semelhante ao aroma de "maconha".
Eli Clemente F, 44, recusava a abrir o porta malas e foi acionado um chaveiro que efetuou a abertura do compartimento.
Foi localizada uma bolsa de tecido de cor verde que continha cinco barras de crack e no interior de uma caixa de papelão havia cinco barras de maconha.
O auto socorro removeu o automóvel para o pátio e a droga arrecadada seguiu para a delegacia. 

Rua Acácio Alves Alvim - Marilândia
Por volta de 17:55 h, foi registrada a ocorrência de associação ao tráfico de drogas.
Em cumprimento a um Mandado de busca e apreensão os policiais localizaram três pés de maconha, uma balança de precisão e um tablete de maconha. 
Uma mulher e dois homens foram flagrados no local.

Rua José Alexandre Teixeira de Melo - Santa Cruz 
Por volta de 09:00 h, policiais registraram a apreensão de um pé de maconha.
O arbusto era cultivado no quintal da residência,onde Eduardo,30, foi abordado.

Todos os envolvidos receberam voz de prisão em flagrante delito e foram encaminhados à delegacia.

Atualização em 06/12/2014

PLANALTO LANÇA PORTAL MEMÓRIAS DA DITADURA

05 de Dezembro, 2014 - 14:24 ( Brasília )
Reprodução da Capa do Portal Memórias da Ditadura.

Foi lançado nesta sexta-feira (5), em Brasília, o portal Memórias da Ditadura. A iniciativa será o maior repositório virtual de informações sobre a ditadura civil-militar (1964-1985) e foi produzido pelo Instituto Vladimir Herzog em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Entre outros dados, o portal apresenta informações sobre a história da Ditadura e dos movimentos que resistiram a ela, documentários, livros, mapas, depoimentos e uma área de apoio a educadores, com planos de aula, material didático e sugestões diversas sobre o ensino do tema.

Além de conter informações sobre o período para consultas do público, a nova página na internet também tem caráter didático e subsidia professores com matérias sobre o tema.

O objetivo é que o professor conte com matérias diferentes dos usuais para serem usados na sala de aula e que o aluno possa ser protagonista nas situações educativas.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, lembrou de companheiros da época e da situação vivida pelo País e por quem resistia ao movimento.

Segundo ela, os materiais servem para que as pessoas tenham uma ideia do que aconteceu na época, aprendam e evitem que novos episódios como esse aconteçam no futuro.

"Este portal é um instrumento mais vivo e mais concreto para que a memória não se apague. Porque quando se apaga a memória, se apaga a história de uma juventude e um País e muitos não estão aqui para contar essa história", disse.

A ministra ainda ressaltou os momentos de sofrimento que teve quando lutava contra a ditadura e a importância de iniciativas como essa para o desenvolvimento e construção do Brasil.

"Este portal, não só pelo que conta, mas pelo que significa neste momento da história do Brasil onde temos 50 anos do golpe militar, nos dá a força para continuar sobrevivendo e lutando pelo País", comentou.

Elementos para reflexão

A ministra de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, também esteve presente no evento. Para ela, o lançamento do portal é mais um passo importante, que se iniciou com a criação da Comissão Nacional da Verdade, e que dá ao País a oportunidade de confrontar sua história recente.

“Se trata de acontecimentos que muitos viveram e viveram de diferentes formas. É oportuno o lançamento também porque vivemos hoje um momento de reorganização na qual a ideia de que o tempo da ditadura era um tempo melhor pro Brasil tem sido usada com mais frequência. Trazer essas memórias dá a sociedade os elementos para poder refletir sobre a época”, analisou.

Segundo Luiza Helena, o novo site consegue mostrar e descrever o envolvimento e sofrimento de todas as classes sociais do Brasil durante o período.

“A ditadura foi um movimento que atingiu toda a sociedade brasileira. O portal tem uma preocupação de ver o quanto diversos setores da sociedade foram afetados e como deram respostas a essas situações”, disse.

Também presente no local, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos Ideli Salvatti, reforçou o compromisso do governo com a verdade e a justiça.

Para ela, iniciativas como a do portal dão continuidade ao processo de defesa de direitos humanos e serve para lembrar dos resquícios da época ainda vistos nos tempos atuais: “A ditadura teve 21 anos, mas as suas manifestações ainda estão presentes em inúmeros espaços da sociedade brasileira. No sistema penitenciários, na repressão a grupos organizados, a população jovem e no conservadorismo da sociedade brasileira”, disse.

Link do Portal Memórias da Ditadura

Nota DefesaNet

Uma mudança muito sutil mas de profunda significação é o novo jargão usado pelo Governo . O conceito de "ditadura civil-militar (1964-1985)"

http://www.defesanet.com.br/dita/noticia/17656/Planalto-Lanca-Portal-Memorias-da-Ditadura/

Operação Brasil Integrado mobiliza forças de segurança em todo o país

05/12/2014 17h45
Brasília
Marcelo Brandão Edição: Jorge Wamburg

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou hoje (5), em Brasília, a realização da Operação Brasil Integrado, que, pela primeira vez, terá a participação das forças de segurança de todos os estados do país. A intenção de Cardozo é iniciar um processo de integração permanente das polícias – militar, civil, rodoviária e federal –, tendo como ponto central a utilização dos Centros de Comando e Controle criados para a Copa do Mundo e montados em cada uma das 12 cidades-sede.

“Na Copa do Mundo deu certo, porque todos trabalharam em absoluta sintonia. Com base nessa experiência do torneio, com os Centros de Comando e Controle, iniciamos o projeto de consolidar o processo de integração”, explicou Cardozo. Segundo ele, o trabalho da segurança pública no país inaugura um novo capítulo.

“Independente de quem esteja nos governos no próximo período, essa é uma cultura que veio para ficar. Sabemos que o estado brasileiro começa a mudar o patamar de segurança pública. Tenho absoluta certeza de que começamos a fazer história na segurança pública do Brasil”. Cardozo disse ainda que o trabalho integrado de segurança em todo o país provocará “profundos abalos” na estrutura do crime organizado, que terá mais dificuldades para arrecadar recursos e transportar drogas e armas.

A Operação Brasil Integrado envolve 20 mil agentes de diversas forças de segurança. Ela começou no início da madrugada de hoje, à meia-noite, e durará 24 horas. A meta da operação, que é tratada como uma primeira experiência de integração de forças de segurança de todo o país, é combater o crime organizado, fiscalizando fronteiras, estradas, portos e aeroportos. Os números finais da operação serão divulgados na próxima segunda-feira (8).

Atualmente, existem 12 Centros de Comando e Controle em nível regional – cada um em uma cidade-sede da Copa do Mundo – e dois em nível nacional, em Brasília e no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça explicou, no entanto, que a meta é que todos os estados tenham um centro para realizar o trabalho integrado. A expectativa dele é que os novos centros comecem a ser entregues a partir do final de 2015.

Está prevista para o início do ano que vem uma reunião entre os atuais secretários de Segurança Pública dos estados com os próximos ocupantes do cargo nos governos que se iniciam em 1º de janeiro, para dar continuidade à estratégia de integração. Cardozo ressaltou que o ministro da Justiça, a partir do próximo ano, “independente de quem seja”, deverá promover essa reunião.

Agência Brasil

Cemig orienta sobre a instalação de enfeites luminosos para o Natal

Os enfeites luminosos podem oferecer riscos à segurança das pessoas, se instalados incorretamente, reforçam especialistas da companhia
Divulgação/Cemig
Riscos podem ser evitados ao optar-se por produtos de boa qualidade, com bom nível de isolamento

O Natal se aproxima e as pessoas já decoram residências, lojas e ruas para a celebração cristã do final do ano. No entanto, quando a decoração inclui enfeites luminosos, elas devem estar atentas aos riscos da eletricidade. Por isso, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alerta sobre os cuidados a serem tomados na instalação de ornamentos luminosos, para garantir seu funcionamento seguro até o término do período natalino.

Os enfeites luminosos podem oferecer riscos à segurança das pessoas, se instalados incorretamente. Segundo o engenheiro de tecnologia e normalização da Cemig, Demétrio Venício Aguiar, isso pode ser evitado ao optar-se por produtos de boa qualidade, com o melhor nível de isolamento elétrico possível. A recomendação é que sejam utilizados somente enfeites aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), submetidos a testes que garantem o bom funcionamento dos dispositivos.

Além disso, recomenda-se evitar as “gambiarras”, como a instalação de muitos enfeites em uma mesma tomada, utilizando adaptadores e multiplicadores popularmente conhecidos como T ou benjamim. “Esses dispositivos provocam sobrecarga e, consequentemente, o mau funcionamento dos aparelhos, podendo causar choque elétrico e princípio de incêndio”, explica Demétrio Aguiar. O engenheiro afirma que filtros de linha podem ser utilizados, desde que seu dispositivo interno de proteção esteja operante e não tenha sofrido alterações.

Outro aspecto a ser observado é que as luzes natalinas são muito atraentes e aguçam a curiosidade das crianças, sendo, portanto, necessário orientá-las a evitar o contato e a aproximação das instalações elétricas. Ainda segundo Demétrio Aguiar, é importante ressaltar que existem enfeites antigos incompatíveis com o novo padrão de plugues e tomadas, o que demanda o uso de adaptadores. No entanto, esses aparelhos oferecem os mesmos riscos de Ts e benjamins.

Recomendações em geral:

– Para a instalação de lâmpadas decorativas em fachadas, muros, jardins e árvores deve-se respeitar a distância mínima de 1,5 metro em relação à rede elétrica.

– Não instale as lâmpadas decorativas utilizando os postes e pontaletes de padrão da Cemig como forma de fixação das mesmas.

– Não utilize enfeites luminosos próximos a piscinas a fim de evitar que um contato acidental da instalação elétrica com a água possa ocasionar um acidente grave.

– Muitas árvores de Natal são feitas de arame e os enfeites têm de estar isolados para impedir a energização acidental.

– Todos os enfeites devem ser bem afixados, para que o vento não os projete contra a fiação da rede elétrica, provocando acidentes graves.

– Desligar os enfeites luminosos antes de dormir ou sair de casa pode contribuir para a redução do valor da conta de energia e evitar acidentes.

– O conjunto da tomada de energia deve ser desligado ao substituir lâmpadas. Nunca execute esse procedimento puxando a tomada pela fiação.

– Evite deixar a instalação em área sujeita a chuva ou alagamento.

– Proteja os pontos das conexões elétricas e as tomadas adequadamente.

– Não instale o conjunto de lâmpadas decorativas em estrutura metálica ou pontiaguda.

– Após a instalação, corrija os pontos de aquecimento. Siga corretamente as instruções do catálogo do fabricante.

– Dê preferência aos enfeites impermeáveis. Eles são mais seguros e duram mais.

– Dê preferência às lâmpadas de LED. Além de mais econômicas, não geram aquecimento e são mais brilhantes.

Recomendações para a instalação de conjuntos luminosos para fachada de prédio com potência mais elevada:

– Contrate o serviço de um engenheiro, técnico ou eletricista para dimensionar a fiação e a proteção do circuito de acordo com a carga a ser ligada.

– Verifique a proximidade com a rede de energia da Cemig, pois, no caso de chuva forte com vento, a iluminação decorativa instalada pode vir a tocar a rede elétrica e provocar curtos-circuitos.

– Evite choques elétricos, observando a distância mínima da rede elétrica ao instalar a decoração de fachadas ou áreas externas.

Acidentes

A Cemig orienta que, no caso de ocorrências em instalações elétricas dentro do imóvel, deve-se acionar um eletricista particular. Em caso de ocorrência com a rede elétrica externa, basta ligar imediatamente para a central de atendimento ao cliente Fale com a Cemig – 116.

http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/cemig-orienta-sobre-a-instalacao-de-enfeites-luminosos-para-o-natal/

Procon/JF divulga lista de sites não recomendados para compras online

JUIZ DE FORA - 4/12/2014 - 18:07
Notícias de: PROCON

A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou uma relação de sites considerados não confiáveis, como alerta ao consumidor, para não ter problemas nas compras de produtos ou nas aquisições de serviços.

“A montagem da lista de sites não confiáveis teve como base as reclamações registradas em órgãos de defesa do consumidor, o número de reclamações e a reincidência dos problemas”, disse o superintendente do Procon/JF, Nilson Ferreira Neto. Segundo ele, os consumidores devem ficar atentos a vários fatores, que podem passar despercebidos, mas são de grande importância na realização da compra”.

O primeiro passo é verificar a idoneidade da empresa em órgãos de defesa do consumidor, em buscadores online e por meio de indicações de amigos e familiares. É importante também observar se no site constam todos os dados do fornecedor e desconfiar, caso apresente somente o celular.

Outra dica para o consumidor é ter conhecimento quanto ao prazo de entrega e às medidas adotadas pelo fornecedor para garantir privacidade das informações prestadas, principalmente carteira de identidade, ou registro geral (RG) e cadastro de pessoas físicas (CPF). O Procon/JF recomenda também guardar todos os dados das compras: número do protocolo, confirmação do pedido, mensagens trocadas com o fornecedor e outras informações que ajudem a comprovar a compra e que podem ser utilizados pelo Procon na defesa dos direitos dos consumidores.

Confira a lista de sites considerados não confiáveis (ANEXO).

Caso o consumidor tenha alguma dúvida ou queira fazer reclamação sobre serviços ou produtos, a orientação é procurar o Procon/JF, na Avenida Itamar Franco, 992, no Centro. A agência funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. Já o horário de atendimento ao público é das 8h30 às 17h30.

* Informações com a Assessoria de Comunicação do Procon/JF pelo telefone 3690-8439.


Portal PJF

Veículos registrados a partir de 2016 terão placas no padrão Mercosul

04/12/2014 16h38
Brasília
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Armando Cardoso
Nova placa de veículos para veículos emplacados a partir de 2016 
 Divulgação/Ministério das Cidades

Os veículos registrados no Brasil a partir de janeiro de 2016 passarão a adotar placas no padrão Mercosul, com fundo branco, quatro letras e três números. O objetivo é facilitar a visualização e leitura das placas pela fiscalização eletrônica, além de dificultar, com a ajuda de alguns dispositivos de segurança, eventuais clonagens.

A nova placa terá margem azul superior, com o emblema do Mercosul à esquerda e o nome do país ao centro. A bandeira nacional ficará à direita da placa, que terá, ainda, linhas onduladas horizontais e marcas d’água com a logo do Mercosul, gravadas na película refletiva. Ela valerá para o Brasil, o Uruguai, o Paraguai, a Argentina e a Venezuela.

De acordo com o Ministério das Cidades, é alto o número de placas veiculares clonadas no Brasil. Segundo a pasta, normalmente a clonagem é feita por quadrilhas especializadas em roubo de veículos e muitos proprietários, para evitar multas, usam placas frias para driblar a fiscalização eletrônica.

Em nota, o ministério informou que, futuramente, será possível uma integração entre os dados dos países do Mercosul, o que permitirá controle mais rigoroso do transporte de cargas e de passageiros, além dos carros particulares. A resolução do Conselho Nacional de Trânsito, que estabelece o novo sistema de placas de identificação de veículos foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (4).

Agência Brasil

Franco atirador deixa duas vítimas no Bairro Barbosa Lage, Juiz de Fora.

Rua Paraíso de Alcântara - Barbosa Lage

Atualização 10:50 h.

Nesta quinta-feira, por volta de 21:25 h, policiais militares registraram a ocorrência de tentativa de homicídio.

As vitimas, 14 e 16, transitavam pelo escadão do Bairro Cidade do Sol quando foram baleadas, sendo encaminhadas para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus.

O autor dos disparos da arma de fogo estaria em um matagal e não foi visualizado.

A solicitação de viatura ocorreu na Rua Paraíso de Alcântara.

Um adolescente foi atingido no pé direito, o outro foi alvejado no abdômen e no braço direito.

Não houve comentários sobre o calibre das munições.

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

Dupla assalta caminhoneiro. Um autor e um revólver foram apreendidos.

Rua São Sebastião - Centro - Juiz de Fora

Nesta quinta-feira(4), por volta de 12:05 h, policiais militares registraram uma ocorrência de roubo a caminhão de transporte.

A vítima,48, relatou que efetuava a entrega de mercadorias e foi surpreendida por dois indivíduos, sendo que um deles portava um revólver. Foi roubada a quantia de R$ 4.023,00 em moeda corrente. Os autores fugiram em um táxi.

Durante o rastreamento um dos suspeitos foi localizado e portava a quantia de R$ 3.549,00, bem como um revólver da marca Taurus, calibre 38 com a numeração raspada. 

M.L.F.S,17, foi reconhecido e recebeu voz de apreensão por haver cometido, em tese, ato infracional análogo ao crime de roubo.

O comparsa não foi localizado.

Na delegacia também foi lavrado o T.C.O.

PM apreendeu caminhão "clonado". Um homem foi preso.

Rua Diva Garcia - Linhares - Juiz de Fora

Nesta quinta-feira(4), por volta de 08:25 h, policiais militares registraram a ocorrência que envolvia um caminhão com a placa clonada.

O caminhão de cor branca, modelo GMC/7110, estava estacionado e o proprietário apresentou o CRVL do exercício de 2012

Durante a fiscalização a numeração do chassi não foi localizada e a numeração dos vidros divergia da documentação, bem como a placa. 

Ficou constatado que o caminhão estava em nome de uma empresa de transportes que possuía um caminhão com a mesma placa do veículo vistoriado.

Antônio M. G. O, 37, recebeu voz de prisão em flagrante delito e foi conduzido à delegacia, sendo autuado. 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Dança e música, kuduro é vitrine de uma nova Angola, diz pesquisadora

04/12/2014 05h45
Brasília
Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil 
Edição: Lílian Beraldo
Nascido de uma mistura de música eletrônica com ritmos tradicionais angolanos, o kuduro surgiu em Luanda, capital de Angola, nos anos 1990. Logo se espalhou por Angola e pela África e ganhou as pistas de dança da Europa, a partir de Portugal. O kuduro é dança, música e estilo de vida da juventude angolana e representa importante movimento cultural urbano que mostra ao mundo um país contemporâneo que, apesar dos problemas sociais, cresce e se moderniza.

“É uma música que vem se espalhando pela sociedade angolana. Foi escolhida para mostrar essa Angola nova, vibrante, que tem crescido rapidamente depois [do fim] da guerra [civil, em 2002]. Quer mostrar que o país não é só tradição, mas é moderno, contemporâneo, que agrega gêneros musicais de outros lugares. O kuduro é a vitrine dessa nova Angola que quer ser vista de outra forma”, destaca a cientista social pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Debora Costa de Faria.

O kuduro é uma fusão da batida rápida e frenética da música eletrônica com gêneros locais, como a música de carnaval angolana.

Segundo o professor de antropologia do departamento de ciências sociais da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Frank Nilton Marcon, o estilo é também uma dança que movimenta muito as pernas e é marcada por movimentos inusitados e acrobacias. O professor coordena um projeto sobre o kuduro produzido em Lisboa.

“Em meados da década de 1990, essas batidas de música eletrônica acabaram reunindo pessoas em festas ou na rua. Nesse momento, surgiu um músico, o Tony Amado, que também é produtor e dançarino, que inventou uma dança que, segundo ele, seria inspirada nos filmes de luta norte-americana do [Jean-Claude] Van Damme. Ele acabou dando o nome de kuduro, que quer dizer bunda dura, para essa dança com quadril preso em que o movimento maior está nas pernas.”

Outro pioneiro do estilo é o produtor de festas MC Sebem, autor dos primeiros sucessos do ritmo. “Em cima dessas batidas de música eletrônica, ele começa a fazer a agitação das festas”, disse o professor.

Marcon ressalta que os kuduristas são jovens com um estilo de vida próprio. “Eles usam roupas coloridas, com muitos adereços, como brincos, correntes, pulseiras, relógios, tênis coloridos, têm corte de cabelo diferente. O ideal é ter o seu estilo.”

De acordo com o professor, o kuduro é um estilo de música e dança ligado à população dos bairros pobres que assumiu o ritmo como referência musical. “É na periferia que [o ritmo] vai ganhando mais notoriedade e influência e as pessoas vão se envolvendo muito rapidamente, principalmente a população mais jovem. O estilo nasce como forma de expressão de uma população que tinha dificuldade de ter lazer, de se divertir e teve que criar os seus próprios meios para isso”.

Assim como no funk brasileiro, as letras falam sobre o dia a dia da periferia, das relações de amizade e das festas e são marcadas pelas batidas eletrônicas rápidas e pela sensualidade da dança.

A cientista social Debora Costa de Faria acredita que outro ponto em comum entre o funk e o kuduro é o fato de as músicas serem produzidas em estúdios caseiros e a divulgação ocorrer sem passar por grandes gravadoras.

Débora – que fez mestrado sobre a relação entre o kuduro e o funk brasileiro - conta que o gênero produzido nos musseques angolanos (bairros pobres comparados às favelas brasileiras) tem se espalhado por outras classes sociais nos últimos anos. O kuduro é tocado nas rádios do país e há programas de televisão especificamente dedicados ao gênero.

Como exemplo de que o kuduro virou símbolo da cultura nacional angolana, ela lembra que o nome da novela Windeck, que começou a ser veiculada em novembro pela TV Brasil, e o tema de abertura do folhetim foram retirados de uma música do Cabo Snoop, um dos atuais expoentes do kuduro.

Em 2005, com o surgimento do grupo luso-angolano Buraka Som Sistema, nascido na periferia de Lisboa, o kuduro deixou de ser um fenômeno restrito a Angola e às comunidades de imigrantes africanos em Portugal e conquistou as pistas de dança da Europa.

No Brasil, o kuduro chegou mais timidamente por meio das festas dos imigrantes africanos e pelo carnaval baiano, com os shows que o cantor angolano de kuduro Dog Murras fez a convite de grupos de axé.

Em Salvador, o DJ Raiz promove a festa Socakuduro todo segundo sábado do mês, desde março de 2013. Ele explica que, nesse dia, toca vários ritmos de música africana, mas o que prevalece é o kuduro. Outros sons da festa são o semba e a kizomba, ritmos do carnaval angolano. “Em Salvador, tem uma comunidade grande de africanos, [a gente] toca mais esses estilos porque eles dizem que nessa festa se sentem em casa, na terra deles, e dançam muito”.

Além de músicas de Cabo Snoop e Dog Murras, DJ Raiz brinda o público com sons produzidos por cantores e grupos conhecidos em Angola como Nagrelha, a transexual Titica e o grupo de mulheres Noite e Dia.

Segundo ele, a maioria dos imigrantes angolanos na Bahia é composta por estudantes.

Desde o início de novembro, a TV Brasil transmite, de segunda a sexta-feira, às 23h, a novela Windeck – Todos os Tons de Angola. A trama, ambientada em Luanda, é centrada nos bastidores da redação de uma revista chamada Divo. A novela é transmitida com áudio original, ou seja, os atores falam português de Angola. Com 140 capítulos, Windeck foi a primeira novela produzida no país africano. A exibição recebe o apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

Agência Brasil