quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Conheça o valor do salário de um deputado e demais verbas parlamentares

O salário mensal dos parlamentares é de R$ 26.723,13. Para o exercício do mandato, os deputados federais utilizam mensalmente:

. Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap): o valor depende do estado de cada deputado, devido ao preço da passagem aérea. Representantes do Distrito Federal ficam com a menor quantia (R$ 27.977,66). Já os de Roraima recebem a maior: R$ 41.612,80.

A cota pode ser usada para despesas com:
- passagens aéreas, telefonia e serviços postais (vedada a aquisição de selos);
- manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, compreendendo gastos com locação de imóveis, condomínio, IPTU, serviços de energia elétrica, água e esgoto, locação de móveis e equipamentos, material de escritório e informática, acesso à internet, TV a cabo e assinatura de publicações;
- hospedagem (exceto do parlamentar no Distrito Federal);
- locação ou fretamento de transporte (aeronave, embarcação e automóveis, limitado a 10% do valor do veículo de acordo com a tabela Fipe),
- combustíveis e lubrificantes até o limite de R$ 4,5 mil por mês,
- serviços de segurança prestados por empresa especializada até R$ 4,5 mil por mês,
- contratação de consultorias e trabalhos técnicos, permitidas pesquisas socioeconômicas, e
- divulgação da atividade parlamentar.

. Verba destinada à contratação de pessoal: o valor, que hoje é de R$ 78 mil por mês, destina-se à contratação de até 25 secretários parlamentares (cuja lotação pode ser no gabinete ou no estado do deputado), que ocupam cargos comissionados de livre provimento. A remuneração do secretariado deve ficar entre R$ 845 e R$ 12.940.

. Auxílio-moradia: R$ 3.800, concedidos aos parlamentares que não moram em residências funcionais em Brasília.

. Despesas com saúde: o deputado tem todas as despesas hospitalares relativas a internação em qualquer hospital do País integralmente ressarcidas, caso não haja atendimento no serviço médico da Câmara.

Além disso, se quiser, ele poderá aderir ao plano de saúde dos funcionários da Câmara, pagando R$ 249 por mês, com direito a rede conveniada nacional e a filhos e cônjuge como dependentes. Caso não seja reeleito, continuará fazendo parte do plano de saúde, mas sua mensalidade passará para R$ 868,02.

. Aposentadoria: a lei do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC - Lei 9.506/97) prevê aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de mandato. Nesse caso, os proventos serão calculados à razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de mandato. No entanto, é obrigatório preencher os requisitos de 35 anos de contribuição e 60 anos de idade.

. Cota gráfica e de periódicos
- Cotas gráficas destinadas à divulgação da atividade parlamentar: cada parlamentar tem direito à cota de reprodução de documentos (até o limite de 120 mil cópias por semestre, em preto e branco, no formato A4); à papelaria oficial, como papel timbrado e pasta personalizada (até 10 mil por semestre, em policromia); e material de expediente, como bloco de rascunho e envelope.

- Cada parlamentar dispõe ainda de uma cota de assinatura de cinco periódicos, entre jornais e revistas, que são fornecidos durante o período de funcionamento do Congresso Nacional, em dias úteis.

PT ACIRRA GUERRA SUJA NA INTERNET CRIANDO FALSO SITE DE MÉDICOS


Carlos Newton

Reportagem publicada no Yahoo mostra que está tendo resultado a estratégia do PT de criar falsos sites na internet. A matéria denuncia que uma comunidade de quase 100 mil usuários numa rede social, que se declaram profissionais da classe médica brasileira, se tornou palco de uma guerra de classes no entorno da corrida presidencial.

Nem passou pela cabeça da autora da matéria, Carolina Macedo, que pudesse ser uma criação de marqueteiro para desconstruir a candidatura do tucano Aécio. A jornalista do Yahoo denuncia que, com o título de “Dignidade Médica”, as postagens do grupo pregam “castrações químicas” contra nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, como recepcionistas de consultório e enfermeiras, e propõe um “holocausto” entre os eleitores da petista.

“Médicos, professores e estudantes de medicina estão entre os 97.901 membros da comunidade na rede social Facebook. Entre postagens de revolta com a situação da econômica do País e xingamentos a nordestinos, os participantes confessam que fazem campanha pró-Aécio até dentro do próprio consultório – público ou privado – convencendo os seus pacientes. Eles dizem que colocam “a recepcionista no lugar dela” com ameaças de que perderia o emprego com a reeleição de Dilma”, diz a ingênua repórter, acrescentando:

“O discurso de ódio com conta com frases de “nível de conversa que pobre entende” e ameaças de expulsão do grupo caso o usuário se manifeste contra os ideais da página. Um usuário protesta: “70% de votos para Dilma no Nordeste! Médicos do Nordeste causem um holocausto por aí! Temos que mudar essa realidade!“, salienta a jornalista do Yahoo.

É impressionante como jornalistas possam cair num golpe tão primário, aplicado através de um site supostamente formado por 97.901 pessoas absolutamente anônimas, sem a menção do nome de uma só delas. E não somente a repórter acreditou nessa história, como também seu chefe de reportagem e outros integrantes de destaque do Portal Yahoo. É inacreditável, inconcebível e, ao mesmo tempo, detestável e abominável.

Se é desse jeito que o PT pensa que ganhará a eleição, seus articuladores estão inteiramente enganados. Ninguém pode aceitar esse baixo nível de retaliação política. A resposta acabará sendo a desmoralização do PT, e não do PSDB.

http://www.tribunadainternet.com.br/

Mercedes fecha linha de montagem em Minas

Gigante. A fábrica da Mercedes, em JF, foi inaugurada em 1999 e, desde então, tem enfrentado dificuldades para manter a produção.

PUBLICADO EM 08/10/14 - 03h00
HELENICE LAGUARDIA

A Mercedes-Benz comunicou nesta terça aos funcionários da fábrica de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, que vai encerrar a produção do caminhão leve Accelo em 2016 e do extrapesado Actros em 2018. Ela será levada para a planta de São Bernardo do Campo (SP). Assim, encerrará a produção na unidade. A informação é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, João César da Silva. Procurada, a montadora disse que vai divulgar comunicado sobre o assunto na sexta.

A fábrica de Juiz de Fora fará apenas a montagem bruta (estrutura das cabines) e pintura de veículos. Com 750 empregos diretos e outros 600 indiretos, Silva tem certeza de que muita gente vai perder o emprego. “Eles (Mercedes) não falam quantos empregados vão ficar”.

Os funcionários fizerem protesto nesta terça, na porta da fábrica, com a paralisação das atividades, e, nesta quarta realizam assembleia para definir os rumos do movimento. O sindicato também entrou em contato com o governador eleito, Fernando Pimentel, que pediu ao ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, para discutir o assunto com a direção da fábrica.

Arrecadação. O presidente da Fiemg Regional Zona da Mata, Francisco Campolina, contou que é a fabricação dos caminhões que dá a arrecadação para o município e o Estado. “Não sei se o Pimentel vai aceitar essa transferência”. Isso porque, de acordo com Campolina, o faturamento com a produção dos caminhões da Mercedes é de R$ 3 bilhões com a fabricação de 12 mil a 15 mil caminhões por ano. “E 18% disso é para o ICMS”.

Mas, segundo Campolina, muito mais do que a arrecadação do ICMS, perde-se imposto de importação para as peças de caminhão. Prejudica também seis empresas de componentes instaladas no cinturão da fábrica. Sem contar o centro de logística, com 50 mil m² de depósito para fazer a distribuição e logística, que emprega 300 pessoas. “Não estamos falando de lojas de R$ 1,99, mas de uma cadeia imensa. Vão jogar tudo isso fora para atender trabalhador de São Bernardo do Campo?”, questiona.

Campolina contou que houve um acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo com a diretoria da Mercedes garantindo a empregabilidade. E, para isso, toda a produção da fábrica de Juiz de Fora será transferida para a unidade paulista. “Lá, a fábrica é antiquada e obsoleta. Nós temos a fábrica da Mercedes mais moderna do mundo”, criticou.

Campolina disse que está tentando trazer a fábrica de automóveis da Mercedes para Juiz de Fora. “A Mercedes vai montar um automóvel sedã no interior de São Paulo, e, de repente a gente consegue transferi-la para cá”.

A Fiat – que terá o segundo Centro de Distirbuição de Veículos, Peças e Componentes em Juiz de Fora –, foi procurada pela reportagem para saber se tem interesse na fábrica de 5 milhões de m² da Mercedes-Benz. Mas a Fiat informou que, neste momento, “não tem nenhum interesse manifesto na fábrica porque as suas necessidades de expansão da produção estão sendo providenciadas em Betim”.

Breve histórico
Após anos de negociações, quase sempre veladas, em abril de 1996, Juiz de Fora foi escolhida para receber a fábrica

A Mercedes chegou com promessa de investir R$ 800 milhões, criar empregos e aumentar a arrecadação tributária da cidade

A montadora foi inaugurada em 1999.

http://www.otempo.com.br/capa/economia/mercedes-fecha-linha-de-montagem-em-minas

Preço da passagem de ônibus em Juiz de Fora é reajustado para R$ 2,25

08/10/2014 10h05 - Atualizado em 08/10/2014 13h26

Rafaela Borges
Do G1 Zona da Mata

Audiência foi realizada nesta quarta-feira (8)
(Foto: Rafaela Borges/G1)

A passagem do transporte coletivo em Juiz de Fora vai passar de R$ 2,05 para R$ 2,25 na próxima quarta-feira (15). O reajuste de 9,76% foi anunciado na manhã desta quarta-feira (8) pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) durante audiência pública na Câmara Municipal de Juiz de Fora.

O valor foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte nesta terça-feira (7) com base em cálculo de valores fixos e variáveis. Agora, falta apenas a assinatura do prefeito Bruno Siqueira no decreto para que o novo valor entre em vigor. A expectativa é de que o documento seja assinado nos próximos dias, já que o prefeito está em Belo Horizonte e retorna à cidade na sexta-feira (10). Em abril de 2014, o valor havia sido aprovado e publicado no Atos do Governo. Porém, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) negou o requerimento de reajuste.

“Naquele momento, nós chegamos a um valor de R$ 2,26. Passado isso, quando nós apresentamos a planilha, recebemos a comunicação do Ministério Público (MP) dizendo que não poderia ser adotado o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) como metodologia para o cálculo. Então, começamos a responder os questionamentos que nos eram feitos. Fornecemos toda a documentação necessária para o TCE, dentre comprovantes, e-mail, decretos e, mesmo não concordando, aceitamos a sugestão de que não fizesse parte da planilha a utilização de dois elementos: Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) e pro-labore, que são valores referentes à remuneração de autônomos contratados e da diretoria. Porém, mesmo sem esses itens, chegamos a um valor semelhante ao anterior. Então, na prática, o resultado é o mesmo, que é o valor de R$ 2,25”, explicou o secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello.

De acordo com o secretário, todos os valores utilizados para o cálculo da passagem foram levantados em março de 2014. “Não houve atualização de março para cá. Se essa atualização tivesse sido feita, o processo voltaria à estaca zero”, disse. Entre os valores variáveis adotados para o cálculo, ou seja, que mudam de acordo com a quilometragem, estão combustível, rodagem, lubrificantes e óleos, peças e assessórios. Já os fixos são depreciação e remuneração, valor do veículo, salários, encargos sociais, cesta básica, auxílio saúde, reposição salarial, despesas administrativas, entre outros.

Na audiência, o secretário informou ainda que 8,6 milhões de passageiros pagantes custeiam o sistema de transporte coletivo mensalmente e mantém 589 veículos circulando cerca de 4,5 milhões de quilômetros por mês. “Sob a perspectiva do usuário, o ideal seria não aumentar. Não gostaríamos de estar passando por essa situação. Porém, não podemos ser irresponsáveis e provocar um colapso no transporte coletivo por não conseguir cobrir os custos do sistema”, enfatizou.

Licitação

Segundo informações da assessoria da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), pela primeira vez na história a cidade contará com um processo de licitação do transporte público. Desde outubro de 2013, um estudo de reestruturação do sistema de transporte, visando à reformulação do modelo operacional, está sendo realizado para identificar as exigências necessárias. De acordo com o secretário de Comunicação Social, Michael Guedes, antes os contratos com as empresas de transporte eram prorrogados. A previsão é que o estudo seja encerrado ainda neste semestre e que o processo licitatório ocorra no primeiro semestre de 2015.

Melhorias

De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, no ano 2013, por força da ação do Ministério Público (MP), não foi possível acrescentar nenhum veículo novo à frota nem fazer a renovação dos existentes. No entanto, algumas melhorias já foram realizadas e ainda estão previstas, como o uso de GPS. "Estamos, a princípio, realizando ajustes localizados, estudando cada linha e tentando otimizar a operação. O sistema de GPS também será disponibilizado em breve ao usuário, para que ele acesse do celular ou do computador e veja por onde o ônibus está passando e que horas ele vai chegar", comentou.

Tortoriello informou também que há um interesse em trabalhar com o sistema integrado. "Talvez não do mesmo modelo que já foi implantado uma vez, mas um que vá evoluindo e considere todo o sistema", concluiu.

O grande benzedor * Causo que consta no livro “Festas de Carros de Boi”

08/10/2014

ROGÉRIO CORRÊA – BRASÍLIA-DF

O grande benzedor *

Seu Miguel Paneleiro era a salvação da lavoura e dos animais, por assim dizer. Não se admire quando eu disser que antigamente não se tinham muitas cercas. Verdade. Também não tínhamos chaves nas portas. No interior era quase que só a boa tramela, uma peça de madeira que girava em torno da porta e meramente a mantinha encostada. Uma brincadeira para os gatunos de hoje.

Pois é, os tempos eram outros. Não tínhamos cercas, mas tínhamos muito respeito pela propriedade alheia, por isso, soltávamos o gado à larga e os deixávamos por lá, por vários dias, sem ninguém tomando conta. Geralmente tudo acabava bem, ninguém mexia, ninguém os roubava, assim como as tramelas nas portas eram suficientes para sinalizar a diferença entre acesso permitido e proibido.

Um dia, ao campear os bois carreiros para uma carreada, faltou um deles, cujo nome era Soberbo. Como eu disse, os tempos eram outros, e ao contrário do que de imediato se possa supor, e hoje seria bem provável, Soberbo não foi roubado. Encontrei-o, mas notei que o pelo dele estava arrepiado e que ele babava muito. Tentei tocá-lo para que a boiada ficasse reunida; ele não quis andar.

Ao chegar à fazenda com apenas onze bois, fui a Vazante, procurar seu Miguel Paneleiro. Contei a ele o que estava acontecendo com o boi, e seu Miguel Paneleiro, grande benzedor em toda região, pegou um copo d’água, concentrou-se e disse para eu beber a água no lugar do boi, quando ele falasse bebe Soberbo. Obedeci. Ainda me arrepia, a lembrança disso.

Após eu haver bebido a água, Miguel Paneleiro disse que teria de ir ver o boi, caso contrário, o animal morreria. Ao se aproximar do boi, o grande benzedor deu três voltas em torno dele, e a cada volta, jogava o chapéu em cima do Soberbo. Por fim, ordenou que se preparasse chá de casca de Imburana e feito com que o boi bebesse. Isso também foi executado.

Seu Miguel Paneleiro indicou uma trilha que, indo por ela, ia-se chegar à aguada, onde deveria haver um toco de árvore com um grande cupinzeiro e ao lado uma moita de Gravatá. Segundo ele advertiu, naquele buraco do cupinzeiro, morava uma grande cobra cascavel, que estava picando os animais, quando passam na trilha. No pastinho que fica ao pé da serra, ele disse, mora outra cascavel, em uma toca de tatu, ao lado de uma trilha; essa também gosta de picar os animais.

Ao seguir as orientações do grande benzedor, os homens da fazenda voltaram trazendo as duas cascavéis, conforme Miguel Paneleiro havia indicado.

Poucos dias depois, o boi estava recuperado e de volta a sua labuta costumeira.


* Causo que consta no livro “Festas de Carros de Boi

http://www.luizberto.com/ Jornal da Besta Fubana 

Guido Mantega, o ministro defunto, faz terrorismo eleitoral e ainda corta pela metade a taxa de juros reais da era PT. É mesmo um espanto!

08/10/2014 às 6:35

Guido Mantega é o primeiro caso da história de ex-ministro da Fazenda no cargo. Nunca antes na história deste mundo. Nessa condição, ele poderia ao menos ficar caladinho. Mas ele fala. Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, o narrador se diz “um defunto autor”, não um “autor defunto”. Como analista de política e de economia, Mantega é um “ministro defunto”, não um “defunto ministro”. Convenham: ninguém mais dá bola para o que diz, a não ser para escarnecer.

Nesta terça, o homem que erra previsões sobre economia mais do que institutos de pesquisa antevendo os votos de Aécio, veio a público para fazer um pouco de terrorismo eleitoral. Sabem como é… A desocupação é a morada do capeta. Eu, por exemplo, tenho três empregos. Ninguém me surpreende fazendo fofoca ou revelando nas redes sociais o que acabei de comer ou de ouvir. Não tenho tempo. Mas Mantega, sem nada para fazer, anda com tempo ocioso. Afirmou sobre Armínio Fraga, que será ministro da Fazenda de Aécio Neves se o tucano for eleito presidente:

“Me preocupa muito que o mesmo gestor da política monetária possa voltar e vá querer derrubar inflação com choque monetário, como foi feito no passado”.

Em primeiro lugar, quem disse que o Armínio, se ministro, dará um “choque monetário”? Isso é uma ilação maliciosa de um desocupado. Em segundo lugar, o ministro fala como se a taxa de juros no Brasil estivesse baixa, não é mesmo? É a maior do mundo em termos reais. A convergência maldita, senhor Mantega, é outra: os juros já estão lá na ponta do pavio, o crescimento na ponta oposta, e a inflação roçando o teto da meta. De fato, a gente não precisa de choque monetário, mas de outro governo, como até a presidente Dilma reconheceu, não é mesmo? É por isso que ela garantiu que, se reeleita, governará com ideias novas e pessoas novas. Estava, na verdade, mais uma vez, a afirmar que o senhor não fará parte da equipe. Então, ex-ministro, tenha a bondade de não fazer um papelão.

Continuando na sanha do terrorismo eleitoral, Mantega afirmou que a média das taxas de juros reais era de 15% no governo FHC, enquanto no governo petista, teria sido de 3,5%:
“Uma taxa de juros dessa magnitude acaba com o mercado de construção, o setor imobiliário, porque ninguém vai querer investir em imóveis se pode ter um lucro tranquilo em aplicações em títulos. Vai ser uma maravilha, ninguém vai precisar trabalhar — quem tem dinheiro. Você vai provocar uma recessão na economia.”

Em primeiro lugar, a taxa média de juros reais do governo petista entre 2003 e 2013 foi de 6,99%, o dobro do que disse Mantega. Com que dados trabalho? Vejam nota no pé da página (*). Em segundo lugar, é preciso saber que tipo de dificuldade viveu FHC e que tipo de dificuldade viveram os governos petistas. A tarefa de acabar com a hiperinflação ficou com o tucano. Os petistas, como sabemos, tentaram acabar com o Plano Real. Em terceiro lugar, um ministro da Fazenda deveria ter o bom senso de não se meter em terrorismo eleitoral.

Mantega, com a clareza habitual, ainda tentou fazer outra graça sobre o fato de os mercados terem reagido com euforia à notícia de que Aécio vai disputar o segundo turno: “Os mercados são muito espertos, mais do que você imagina. Eles buscam ganhar sempre, em todas as condições. Faz parte. Esse é, por definição, o objetivo. Se ele puder causar turbulência que favoreça a ele, ele vai.”

Que sutil esse Guido Mantega! Quando os mercados aplaudiam Lula, os petistas exibiam em suas páginas os elogios que lhe eram dirigidos por publicações especializadas. Que bom que o ministro reconhece que os mercados querem “ganhar sempre”. Estranho seria se quisessem perder. Ocorre, ex-ministro Mantega, que aquilo a que chamam, muitas vezes, de “especulação” é só um movimento defensivo dos agentes econômicos para se proteger de governos irresponsáveis.

Faço uma pergunta ao ex-ministro Mantega, não ao cabo eleitoral: “Por que não se cala?”
*
(*) Para chegar à taxa média de juros reais dos anos petistas trabalhei com os seguintes dados: 2003 (9,4%); 2004 (11,2%); 2005 (11,4%); 2006 (7,9%); 2007 (7,7%); 2008 (6,9%); 2009 (9,8%); 2010 (6,2%); 2011 (4,5%); 2012 (1,8); 2013 (4,09%). Eles representam a taxa nominal (swap de 360 dias), deflacionada pela mediana da expectativa de inflação para os 12 meses seguintes. Período: 2003 a 2013, no dia 31 de dezembro de cada ano.
Texto publicado originalmente às 22h36 desta terça

Por Reinaldo Azevedo

Cinco homens são enforcados por estupro coletivo no Afeganistão

     08/10/2014 09h09 - Atualizado em 08/10/2014 09h09
Da France Presse

Cordas usadas para enforcar cinco homens acusados de estupro coletivo são vistas em Cabul, no Afeganistão, nesta quarta-feira (8), momentos antes de acusados serem enforcados (Foto: Wakil Kohsar/AFP)

Cinco homens foram enforcados nesta quarta-feira (8) em Cabul pelo estupro coletivo de quatro mulheres, apesar dos protestos de organizações de direitos humanos, informou uma fonte judicial local.

Um condenado por sequestro também foi executado ao mesmo tempo, declarou Rahmatula Nazari, adjunto do promotor-geral afegão.

O crime provocou uma onda de indignação no país.

Os cinco homens foram considerados culpados de estupro e roubo em Paghman, leste de Cabul.

Um grupo de mulheres retornava a Cabul em 23 de agosto após um casamento quando foram atacadas por homens vestidos com uniformes da polícia e armados com rifles. Eles as espancaram, roubaram e estupraram, de acordo com a justiça, que julgou o caso em poucas horas no início de setembro.

Os sete réus foram inicialmente condenados à morte. A justiça afegã manteve a pena de morte para cinco deles, enquanto os outros dois vão permanecer 20 anos na prisão sob a acusação de roubo.

Os direitos das mulheres fizeram progressos no Afeganistão desde 2001, mas a condição de vida feminina continua a ser precária, de acordo com a Rede de Mulheres Afegãs.

Tanto a Anistia Internacional quanto a União Europeia instaram as autoridades afegãs a reconsiderar o uso da pena de morte, uma prática habitual do regime talibã entre 1996 e 2001.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/10/cinco-homens-sao-enforcados-por-estupro-coletivo-no-afeganistao.html

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Horário de verão começa no próximo dia 19

07/10/2014 18h50
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

O horário brasileiro de verão 2014/2015 começa no dia 19 deste mês, quando os relógios serão adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida, adotada para economizar energia no horário de maior consumo, vai até o dia 22 de fevereiro do ano que vem.

Horário de verão começa no próximo dia 19 Arquivo/Agência Brasil

Pelo decreto que instituiu o horário de verão, a medida deve ser iniciada sempre no terceiro domingo de outubro e encerrada no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. Mas, no ano em que houver coincidência com o domingo de carnaval, o fim do horário de verão deve ser no domingo seguinte. Como em 2015 o carnaval será no dia 17 de fevereiro, o horário de verão deverá acabar no dia 22 de fevereiro. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, alguns esqueçam de ajustar os relógios.

O horário de verão, instituído pela primeira vez em 1931, é adotado sempre nesta época do ano para aproveitar melhor a luminosidade natural do dia e reduzir o consumo de energia, que cresce naturalmente por causa do calor e do aumento da produção industrial às vésperas do Natal. Com o horário de verão é possível reduzir a demanda por energia no período de suprimento mais crítico do dia, entre as 18h e as 21h, quando a coincidência da utilização de energia elétrica por toda a população provoca um pico de consumo. Com a redução, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, nos últimos anos a redução média da demanda de energia tem sido em torno de 5% nas regiões onde foi aplicado o horário de verão. “As análises também demonstram que a redução da demanda de ponta tem evitado novos investimentos, da ordem de R$ 2 bilhões por ano, na construção de usinas geradoras de energia. A economia no consumo de energia, em megawatt-hora, em torno de 0,5%, é considerada como ganho decorrente, ou marginal, mas não pode ser desprezado”, informa o ministério.

Agência Brasil

Marina já decidiu: vai apoiar Aécio; família de Eduardo Campos faz o mesmo movimento. É a frente contra os “fantasmas do presente”

07/10/2014 às 7:19

Nesta segunda, Antônio Campos — irmão de Eduardo Campos, filiado ao PSB e primeiro membro da família do então presidenciável do partido a declarar apoio a Marina Silva depois da tragédia — anunciou no Facebook seu apoio à candidatura do tucano Aécio Neves à Presidência. Deixou claro que era uma posição pessoal — como fez, de resto, quando ungiu Marina à condição de sucessora do irmão na chapa. Mas parece evidente que, dada a forma como os Campos têm se comportado depois da morte do líder político, atrás do apoio de Antônio, virão o de Renata, a viúva do ex-governador, e o dos filhos, que se transformaram em personagens políticos importantes em Pernambuco. Se alguém tiver alguma dúvida, basta ver a razia que o clã promoveu nas ambições petistas no Estado.

Pernambuco se mostrou um prodígio de alinhamento com a memória de Eduardo Campos. Paulo Câmara, dias antes do acidente que matou o candidato do PSB à Presidência, amargava 13% nas intenções de voto para o governo do Estado. Com o apoio do PT, Armando Monteiro (PTB), indicavam as pesquisas, seria eleito no primeiro turno. O petista João Paulo mantinha liderança folgada para o Senado. Um pouco mais de um mês e meio depois, Câmara bateu Monteiro no primeiro turno por impressionantes 68,08% a 31,07%, e João Paulo foi derrotado por Fernando Bezerra na disputa pelo Senado por 64,34% a 34,8%. Marina, uma estranha no ninho até a morte de Campos, bateu Dilma no Estado 48,05% a 44,22%.

A adesão da família Campos certamente facilitará a decisão já tomada de Marina de apoiar Aécio. Ela vai, sim, apresentar, uma agenda mínima ao tucano, que contempla o fim da reeleição, um compromisso com a educação integral e a adoção de medidas em favor da sustentabilidade — nada que seja estranho ao conjunto de valores que ele tem expressado em sua campanha. De qualquer modo, a decisão da Rede já está praticamente tomada, e quem a sintetiza, em conversa com a Folha, é João Paulo Capobianco, um dos coordenadores do futuro partido de Marina e de sua campanha: “A avaliação é que não dá para ter mais quatro anos desse governo. Isso é ponto pacífico. O nosso compromisso é com o movimento de mudança”.

Marina preferiria que o movimento fosse feito em conjunto com o PSB, hoje presidido por Roberto Amaral, um lulista fanático. O coração de Amaral bate por Dilma Rousseff, mas ele tentará arrancar do partido uma posição de neutralidade — e olhem que Márcio França, seu correligionário, é o vice-governador eleito de São Paulo, na chapa encabeçada por um tucano. Como os petistas são quem são, emissários do partido têm tentado se aproximar de Marina, mas o esforço, consta, será inútil.

Pessoas que conhecem a líder da Rede afirmam que ela realmente não esperava que o PT a atacasse com tanta violência; achava que a campanha seria dura, sim, mas não desleal. Parte de seu abatimento, que ficou muito evidente nas duas semanas que antecederam a disputa, se deveu à brutalidade da investida. Ela contava com oposição firme a algumas de suas propostas, mas não esperava que tentassem desconstruir a sua imagem e a sua biografia. Talvez ela desconhecesse a alma profunda do partido no qual ficou tanto tempo.

Marina e os Campos juntos, formam, sim, um apoio importante à candidatura de Aécio Neves, que terá de enfrentar uma pauleira. Nesta segunda, o tucano já respondeu à investida da adversária, Dilma Rousseff, segundo quem o país não pode andar para trás, rumo aos “fantasmas do passado”. O presidenciável do PSDB devolveu: o problema dos brasileiros, hoje, são os fantasmas do presente.

Por Reinaldo Azevedo

Segundo turno para governador ocorrerá em 13 estados e no DF


Treze estados mais o Distrito Federal terão segundo turno para a escolha de governador em 26 de outubro, após a conclusão dos resultados das eleições de domingo (5). O segundo turno ocorre quando nenhum dos candidatos a governador atinge mais da metade dos votos válidos nas eleições. Nesta situação, os dois candidatos mais votados no primeiro turno vão para o segundo turno.

Depois de 24 horas a partir do término da votação de domingo (17h pelo horário local), os candidatos que concorrem ao segundo turno já podem fazer propaganda eleitoral.

Horário eleitoral gratuito

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, relativa ao segundo turno, pode começar 48 horas após a proclamação dos resultados do primeiro turno e vai até o dia 24 de outubro. A data-limite para o início do horário eleitoral em segundo turno é dia 11 de outubro.

O horário gratuito ocorrerá em dois períodos diários de 20 minutos (tanto para os candidatos a governador quanto para os que concorrem a presidente), inclusive aos domingos, dividido o tempo igualmente entre os candidatos em disputa (dez minutos para cada um).

No estado onde houver segundo turno para governador – definido também o segundo turno para presidente da República no país –, a propaganda gratuita no rádio e na TV dos candidatos a governador virá imediatamente após a propaganda eleitoral dos candidatos à Presidência.

No caso, as propagandas de segundo turno (iniciando sempre pelos horários gratuitos dos candidatos a presidente) começam às 7h e às 12h, no rádio, e às 13h e às 20h30, na televisão, pelo horário de Brasília (DF).

Confira aqui os candidatos que disputarão o segundo turno nos 13 estados e no DF:

Acre – Tião Viana (PT) x Márcio Bittar (PSDB)

Amapá – Waldez Góes (PDT) x Camilo Capiberibe (PSB)

Amazonas – José Melo (Pros) x Eduardo Braga(PMDB)

Ceará – Camilo (PT) x Eunício (PMDB)

Distrito Federal – Rodrigo Rollemberg (PSB) x Jofran Frejat (PR)

Goiás – Marconi Perillo (PSDB) x Íris Rezende (PMDB)

Mato Grosso do Sul – Delcídio (PT) x Reinaldo Azambuja (PSDB)

Pará – Helder Barbalho (PMDB) x Simão Jatene (PSDB)

Paraíba – Cássio Cunha Lima (PSDB) x Ricardo Coutinho (PSB)

Rio de Janeiro – Luiz Fernando Pezão (PMDB) x Marcelo Crivella (PRB)

Rio Grande do Norte – Henrique Eduardo Alves (PMDB) x Robinson Faria (PSD)

Rio Grande do Sul – Tarso Genro (PT) x José Ivo Sartori (PMDB)

Rondônia – Confúcio Moura (PMDB) x Expedito Júnior (PSDB)

Roraima – Suely Campos (PP) x Chico Rodrigues (PSB)

EM/LC

http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2014/Outubro/segundo-turno-para-governador-ocorrera-em-13-estados-e-no-df