20/09/2014 - Rio de Janeiro
Flávia Villela – Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Para arrecadar doações para o Instituto Nacional do Câncer (Inca), três ultramaratonistas vão correr durante 13 horas seguidas hoje (20), na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. Os atletas Nilton Amaral, Sérgio Cordeiro e Marcio Villar participam da corrida solidária que busca arrecadar latas e pacotes de leite em pó integral para a Área de Ações Voluntárias Inca (Inca Voluntário). Ao todo serão 100 quilômetros (km) percorridos. A iniciativa partiu de Márcio Villar há quatro anos, depois que a mãe se curou de um câncer de mama.
“Essa foi a maneira que encontrei de retribuir o que eles [Inca] fizeram pela minha mãe. Primeiro corri 200 quilômetros, do Rio a Búzios [Região dos Lagos]. Depois fui até São Lourenço [Minas Gerais], 300 km, depois Rio-Paraty, um trecho de 280 quilômetros. No ano passado, corri ao redor da Lagoa durante 24 horas”, contou.
O maratonista explica que este ano diminuiu o número de horas, pois de madrugada a Lagoa não é tão segura e ninguém participa ou colabora com o evento. “Ano passado as pessoas correram com a gente e as doações aumentaram muito, por isso escolhemos a Lagoa, das 7h às 20h”, diz. “Não temos patrocínio de ninguém, então, quem for correr com a gente, não vai ganhar camisa, água, nada, vai apenas doar.”
Durante o evento, as doações poderão ser entregues, a qualquer hora, na tenda da Equipe Filhos do Vento, que está localizada próxima ao Parque dos Patins. Depois da corrida, as pessoas interessadas em fazer doações devem entrar em contato com o Inca Voluntário. A preferência é pelo produto em embalagens maleáveis (pacotes), o que facilita o transporte pelos pacientes e seus familiares.
De acordo com Villar, mais de 1,5 mil latas já foram doadas. A expectativa dele é chegar a 4 mil até o fim da corrida.
Ao 47 anos, Villar participa de provas acima de 200 quilômetros e em ambientes extremos. Em dezembro, ele fará o desafio de correr 320 quilômetros, de Belém a Paragominas (PA), para o projeto Juquinha, que ajuda na reabilitação de crianças com paralisia cerebral.
“Uno o útil ao agradável, faço o que amo e ajudo quem precisa”, destaca o atleta.
Agência Brasil