sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Dilma ainda não sabe para que serve a imprensa

19/09/2014 às 18:05

A Procuradoria-Geral da República se negou a fornecer ao governo as informações da delação premiada de Paulo Roberto Costa. E fez bem. Dilma deve ter se esquecido de que o Ministério Público é um órgão independente. Não está subordinado a nenhum dos Poderes da República. A presidente agora diz que vai apelar ao STF. E fez uma afirmação, digamos, muito típica, com toda a falta de jeito que a caracteriza.

“Pedirei ao ministro Teori a mesma coisa: quero ser informada se no governo tem alguém envolvido. Não tenho por que dizer que tem alguém envolvido, porque não reconheço na revista “VEJA” e nem em nenhum órgão de imprensa o status que tem a PF, o MP e o Supremo. Não é função da imprensa fazer investigação, e sim divulgar informações. Agora, ninguém diz que a informação é correta. Não prejulgo, mas também não faço outra coisa: não comprometo prova. Porque o câncer que tem nos processos de corrupção é que a gente investiga, investiga, investiga e ainda continua impune.”

A exemplo de Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbbo, pergunto: “Cuma, presidente?”. De fato, VEJA, felizmente, não é um órgão oficial, a exemplo da PF, do MP e do Supremo. Felizmente, não! E a revista não espera — e o mesmo vale para o resto da imprensa — que as suas apurações substituam inquéritos.

Agora, quanto ao papel da imprensa, é evidente que Dilma está errada. A ela cabe mais do que informar. Ela também investiga, sim! Não com o objetivo de passar informações ao estado, mas com o propósito de informar a sociedade.

Dilma deve sonhar com a imprensa cubana. Só informa. E só informa o que pode.

Por Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Anvisa interdita lotes de alimentos com pelo de roedor e fragmentos de vidro

19/09/2014 - Brasília
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Armando Cardoso

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou hoje (19) a interdição cautelar, por 90 dias, do lote L6 do extrato de tomate da marca Knorr–Elefante, fabricado pela empresa Cargill Agrícola S.A., com sede em Goiânia (GO).

O lote tem validade até 21 de maio de 2015 e obteve resultados insatisfatórios de rotulagem e de matéria estranha macroscópica e microscópica. Nas análises, técnicos da Anvisa descobriram fragmentos de pelo de roedor acima do limite de tolerância estabelecida, de 1 fragmento em 100g.

Também por 90 dias, foi interditado o lote L04501, do alimento Suspiro Duplo, marca Doces Arapongas Prodasa, fabricado por Produtos Alimentícios Arapongas S.A – Prodasa, em Arapongas (PR). Com validade até 28 de novembro de 2014, os resultados foram igualmente insatisfatórios nas análises de rotulagem e de matéria estranha macroscópica e microscópica. Nele, confirmaram a presença de fragmentos de vidro no produto.

Nos dois casos, a Anvisa considerou os laudos de análise fiscal emitidos pelo Instituto Octávio Magalhães da Fundação Ezequiel Dias e as notificações feitas pela Vigilância Sanitária de Minas Gerais.

As determinações foram publicadas na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União

A Agência Brasil entrou contato com as empresas Cargill Agrícola e a Prodasa e aguarda posicionamento.

Jovem preso portava pistola com 14 cartuchos intactos

19/09/2014 - Juiz de Fora 
Imagem ilustrativa
Rua Açaí- Amazônia 

Nessa quinta-feira(18), policiais militares registraram a prisão de um jovem, 20, e a apreensão de uma arma de fogo.

C.P.V, 20, tentou fugir na condução de um automóvel, mas devido a velocidade que imprimiu, perdeu o controle direcional do carro e atingiu um barranco.

O suspeito havia arremessado um objeto em um matagal e durante as buscas foi localizada uma pistola que estava com a numeração raspada, calibre .40, com quatorze cartuchos no carregador.

O veículo automotor também foi apreendido.

Tentativa de homicídio no bairro São Bernardo, em JF.

19/09/2014 - Juiz de Fora
Imagem ilustrativa

Rua Maranhão - São Bernardo 

Nessa quinta-feira (18), por volta de 21:00 h, policiais militares registraram a ocorrência de tentativa de homicídio. 

Dois jovens,22 e 23 anos de idade, foram vítimas de disparos de arma de fogo.

De uma motocicleta ocupada por dois indivíduos partiram os tiros que foram efetuados pelo carona. 

A vítima,22, foi atingida no ombro esquerdo e no abdômen, sendo encaminhada pelo SAMU ao Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, permanecendo internada.

No local da ação criminosa foram recolhidos oito cartuchos deflagrados e quatro munições (projeteis) de calibre 380.

Um dos suspeitos da ação criminosa foi reconhecido e seus dados pessoais foram inseridos na ocorrência.

O fato segue para investigação da Polícia Civil. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Programa Gente em Primeiro Lugar: Encontro de Artes Urbanas acontece neste sábado

JUIZ DE FORA - 18/9/2014 - 17:48
Notícias de: FUNALFA

Com o objetivo de propiciar aos alunos a vivência com todos os elementos da cultura hip-hop, o Programa “Gente em Primeiro Lugar” promoverá o Encontro de Artes Urbanas no próximo sábado, 20, das 14 às 18 horas, no Parque Halfeld (Centro). O programa é uma iniciativa da Prefeitura de Juiz de Fora, através da Funalfa e da Associação Cultural Arte e Vida (Acav), e faz parte das ações do projeto “JF+Vida”, que é um plano municipal integrado de combate ao crack, álcool e outras drogas.

O Encontro de Artes Urbanas agregará a Batalha de Danças Urbanas e a Mostra de Graffiti. A primeira tem como público-alvo as crianças das oficinas de danças urbanas, que participarão da IV Batalha de Breaking Kids e da II Batalha de Hip-Hop. Durante a tarde, os alunos se apresentarão para uma banca de jurados e os melhores serão selecionados em etapas até a final, que acontece ao término do evento. Uma premiação simbólica será entregue aos vencedores.

Já a Mostra de Graffiti conta com a participação dos alunos das oficinas de artes visuais, que produzirão obras em 15 lonas, de 2 x 1,5 m, distribuídas em torno do Parque Halfeld durante o evento.

É a primeira vez que o evento acontece em praça pública. A ideia é aproximar as pessoas e levar esta manifestação cultural essencialmente urbana para seu local de origem. Para permitir a interação e a troca entre as turmas do Programa Gente em Primeiro Lugar, aproximadamente 420 alunos estarão presentes no Encontro de Artes Urbanas. Participantes dos bairros Retiro, Olavo Costa, Jardim Esperança, Ponte Preta, Barbosa Lage, Linhares, Caiçaras, Alto dos Passos, Sagrado Coração, Furtado de Menezes, Náutico, Vila Esperança, Vila Montanhesa, Três Moinhos, Carlos Chagas, além do Centro Cultural Dnar Rocha e do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, que atendem crianças de vários bairros, poderão mostrar sua arte em pleno coração de Juiz de Fora.

O programa

O “Gente em Primeiro Lugar”, desenvolvido pela Prefeitura de Juiz de Fora, com coordenação da Funalfa no eixo Cultura e Cidadania, oferece a crianças e adolescentes de diversos bairros e comunidades o acesso a atividades de cultura. O programa mantém oficinas de dança (jazz, sapateado, hip-hop, balé clássico e dança contemporânea), teatro, artes visuais (grafite e artesanato), capoeira e música (percussão, flauta e violão). Atualmente são atendidas cerca de quatro crianças e adolescentes.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044. Contato: Gente em Primeiro Lugar: 3690-2015.
Portal PJF

1º Fórum de Segurança de Juiz de Fora quer redução de atos violentos na cidade

JUIZ DE FORA - 18/9/2014 - 17:22
Notícias de: SECRETARIA DE GOVERNO


Acontece nesta sexta-feira, 19, o 1º Fórum de Segurança de Juiz de Fora. A abertura oficial do evento será feita às 8h30 pelo prefeito Bruno Siqueira na presença de diversas autoridades, entidades empresariais e representantes da sociedade civil, na sede da 4ª Região Integrada de Segurança Pública (4ª Risp), localizada no Bairro Santa Lúcia. O intuito é buscar alternativas para conter o avanço da violência na cidade, com a contribuição de especialistas, lideranças e representantes da população. Durante o encontro, serão promovidas sete oficinas temáticas que debaterão temas relacionados à redução da criminalidade. Um documento com os problemas e as soluções apontados no fórum será apresentado à sociedade e aos veículos de comunicação na próxima terça-feira, 23, e encaminhado a autoridades estaduais e federais, além dos candidatos a governador. 

As propostas levantadas por cada Grupo Temático (GT) resultarão em uma carta que evidencie as prioridades e aponte caminhos para reduzir os problemas na área da defesa social. Este documento tem a intenção de garantir ações efetivas de reforço da segurança em Juiz de Fora. Os participantes das oficinas já vêm se reunindo para estruturação dos temas. Eles foram escolhidos previamente de acordo com o vínculo entre sua área de atuação e o assunto analisado no GT.

Os sete eixos temáticos são: “O tráfico e o consumo de drogas em Juiz de Fora e o impacto da violência”; “Adolescente em conflito com a lei e a reincidência juvenil”; “Medo do crime e sensação de insegurança”; “Impunidade”; “Déficit do Sistema Prisional e Alternativas Penais”; “Reincidência criminal” e “Ações Imediatas Integradas”.

A abertura oficial acontece com palestra do juiz presidente do Tribunal do Júri de Juiz de Fora, José Armando da Silveira, com o tema “Segurança Pública em Juiz de Fora: Panorama Atual e Desafios”. 

A realização do 1º Fórum de Segurança é da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através da Secretaria de Governo (SG), em parceria com as polícias Civil (PC) e Militar (PM); Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CB); Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais – Subseção de Juiz de Fora (OAB/MG), Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (Acejf), Sindicato do Comércio (Sindicomércio); Câmara dos Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL/JF); Centro Industrial de Juiz de Fora (CI); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região (ADJFR); Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe Sudeste-MG); Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Juiz de Fora (SHRBSJF).

* Informações com a Assessoria da Secretaria de Governo pelo 3690-7245.

Portal PJF

Filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho vai disputar indicação ao Oscar

18/09/2014 - São Paulo
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Talita Cavalcante

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho é escolhido para disputar indicação ao Oscar Divulgação Oficial

O filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, dirigido por Daniel Ribeiro, foi escolhido pelo Ministério da Cultura para concorrer a uma vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2015. A ministra Marta Suplicy anunciou hoje (18) a escolha, na Cinemateca Nacional, na capital paulista. A produção concorreu com 17 longa-metragens nacionais.

O filme conta a história de Leonardo, um adolescente cego que precisa lidar com as limitações e a superproteção da mãe. A chegada de Gabriel, um novo aluno em sua escola, desperta sentimentos até então desconhecidos pelo personagem.

Marta considerou positiva a mudança de temática do filme escolhido para representar o país, tratando do amor homossexual entre os jovens. “Esse é um filme universal, no sentido de um sentimento de um adolescente surpreso por se descobrir sexualmente e tratado com uma leveza, que raramente se vê na questão da homossexualidade. Entra numa faixa etária que é muito difícil levar [o tema] com sofisticação, sem entrar em clichê. [É] um filme extremamente positivo.”

A academia norte-americana definirá em janeiro o nome do longa estrangeiro que concorrerá ao Oscar, marcado para fevereiro, em Los Angeles. No dia 7 de novembro, o filme brasileiro estreia nos Estados Unidos.

A produtora do filme, Diana Almeida, considerou positivo que a temática seja levada às telas internacionais. “Espero que o filme possa ser visto por muito mais gente. Acho que só esse anúncio hoje vai criar mais curiosidade em relação ao filme. Isso é muito positivo."

Agência Brasil

O dia dos Símbolos Nacionais é comemorado em 18 de setembro.

Símbolos do Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Os Símbolos do Brasil são símbolos nacionais que representam a nação brasileira. Atualmente, o Brasil possui quatro símbolos oficiais. 
São eles:

Além disso, pela lei nº 5700, de 1º de setembro de 1971, são consideradas cores nacionais o verde e o amarelo, que podem ser usadas sem quaisquer restrições, inclusive associadas a azul e branco.

O dia dos Símbolos Nacionais é comemorado em 18 de setembro.

Mais ainda, sob o decreto de 3 de outubro de 2002, o sabiá-laranjeira foi tornado a ave-símbolo do Brasil , figurando no emblema oficial da Copa das Confederações de 2013, a ser realizada no país.

Ver artigo principal: Bandeira do Brasil

A Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto número quatro, de 19 de novembro de 1889. Tem por base um retângulo verde, com um losango amarelo e, dentro deste, um círculo azul representando uma esfera celeste; no meio dessa esfera está atravessada uma faixa branca com o lema nacional, "Ordem e Progresso", além de vinte e sete estrelas brancas, que representam os estados e o Distrito Federal. Foi projetada por Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes e desenhada por Décio Villares. O desenho foi inspirado na bandeira do império, que foi desenhada pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret, onde, no lugar da coroa imperial, foi colocado o círculo azul, com a faixa branca, o lema nacional e as estrelas. O verde representa as matas; o amarelo os minérios, as riquezas do Brasil; o azul o céu da cidade do Rio de Janeiro visto às 8h30 de 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais), data da proclamação da república; e o branco representa a paz.

Desde a sua adoção, a bandeira sofreu algumas alterações, todas elas associadas à inclusão de estrelas para representar novos estados; sempre deve ser atualizada quando ocorrer a criação ou extinção de algum estado.

A inscrição "Ordem e Progresso", colocada na cor verde no meio da faixa branca, é uma forma abreviada do lema político positivista cujo autor é o francês Auguste Comte: O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim.

Ver artigo principal: Hino Nacional Brasileiro

Hino Nacional Brasileiro:

O Hino Nacional tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada e música de Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865) e foi adquirido por cinco contos de réis à propriedade plena e definitiva da letra do hino pelo decreto n.º 4 559 de 21 de agosto de 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5 700, de 1971. É executado em continência à Bandeira Nacional e ao presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como em outros casos determinados pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional. Sua execução também é permitida na abertura de sessões cívicas, cerimônias religiosas de caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais.

Armas Nacionais
Ver artigo principal: Brasão de armas do Brasil
Armas Nacionais

As Armas Nacionais foram adotadas no mesmo dia em que a bandeira, as armas nacionais ou o brasão de armas do Brasil foram idealizadas pelo engenheiro Artur Zauer e desenhadas por Luís Gruder sob encomenda de Deodoro da Fonseca, primeiro presidente brasileiro após a proclamação da república. Representam a glória, a honra e a nobreza brasileiras. É formada por um circulo redondo azul-celeste, com cinco estrelas de prata, na forma da constelação do Cruzeiro do Sul e a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número idêntico ao de estrelas existentes na bandeira nacional; sobre o escudo, está uma estrela partida-gironada de dez peças de sinopla e ouro, bordada de uma tira interior de goles e de uma exterior de ouro; o todo brocante sobre uma espada, em pala, empunhada de ouro, guardas de blau, com exceção da parte do centro, de goles e contendo uma estrela de prata, está sobre uma coroa formada de um ramo de café frutificado, à destra, e de outro de fumo florido, à sinistra, ambos da própria cor, atados de blau, ficando o conjunto sobre um resplendor de ouro, cujos contornos formam uma estrela de vinte pontas; há ainda, brocante sobre os punhos da espada, um listel de blau, com a legenda República Federativa do Brasil, no centro, e as expressões 15 de novembro, na extremidade destra, e de 1889, na sinistra.

Ver artigo principal: Selo Nacional do Brasil

O Selo Nacional foi adotado junto com a bandeira e as armas nacionais, o selo nacional é formado por um círculo representando uma esfera celeste, idêntica à da bandeira nacional, tendo em volta as palavras "República Federativa do Brasil". Seu uso é obrigatório para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.
Selo Nacional (versão em preto e branco).
Selo Nacional (versão em cores).

http://pt.wikipedia.org

Silêncio de delator na CPI diz muito sobre o país

18/09/2014 

SILÊNCIO DE DELATOR NA CPI DIZ MUITO SOBRE O PAÍS

Josias de Souza


“O senhor sabe que, hoje, o nome que o senhor falar está morto”, disse o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) a Paulo Roberto Costa. Ele chegara à CPI da Petrobras havia quase três horas. Desde o início da sessão, invocara o seu direito constitucional ao silêncio. Mas Mabel queria que o petrodelator ao menos retirasse da fogueira os nomes que ardem no noticiário como beneficiários de propinas.

Entre esses nomes, há dois caciques do partido de Mabel: Renan Calheiros e Henrique Alves, presidentes do Senado e da Câmara. “Ninguém sabe se o senhor falou ou não os nomes dessas pessoas”, lamuriou-se o deputado. O ex-diretor da Petrobras não se deu por achado: “Desculpe, mas reitero minha posição, me permito ficar calado.”

Correligionário do ex-presidenciável Eduardo Campos, incluído depois de morto na lista de supostos alvos da delação de Paulo Roberto, o deputado Júlio Delgado voltou à carga: “…Vou tentar mais uma vez: o senhor confirma esses nomes todos que já foram citados nos órgãos de imprensa? Confirma a participação deles em algum esquema da Petrobras?” E o delator: “Desculpe, mas nada a delcarar.”

O silêncio do delator era previsível. Se abrisse o bico, ele correria o risco de perder os benefícios judiciais que reivindica como prêmio no acordo de delação que firmou com a Procuradoria da República. Contra esse pano de fundo, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), cujo nome também foi lançado na fogueira de uma lista, animou-se a inquirir o não-depoente.

Eduardo Cunha soou inespecífico: “Quero saber se o depoente confirma a divulgação de nomes que supostamente teriam sido citados. E, se confirma, qual é a condição e qual é o fato?” Paulo Roberto manteve-se impassível: “Nada a declarar”.

A CPI andava esvaziada. Mas teve quórum máximo nesta terça-feira. Era grande a expectativa quando Paulo Roberto entrou na sala, pouco depois das 14h30. Em torno do seu rosto, um halo de glória se desenhava. Estava leve. Era como se a delação tivesse refinado anos de óleo pesado que ele carregava na alma.

O frisson dava a sensação de que algo estava se movendo na CPI, quando nada se movia. Houve propina em Pasadena?, indagou o relator petista Marco Maia (RS) “Eu vou permanecer calado.” O projeto original da refinaria Abreu e Lima foi alterado? “Senhor relator, desculpe, não tenho nada a declarar.” Confirma o acordo de delação com a PF e o Ministério Público? “Com todo o respeito, nada a declarar.”

Os lábios de Paulo Roberto mal conseguiam esconder um sorriso de orgulho. Ele agora exibe sob o nariz um bigode que evoca a figura de um bandoleiro de filme mexicano. Trocou a delicadeza do cinismo negacionista pela revolucionária admissão de culpa. Virou uma espécie de harakiri da máfia política que o bajulava. Fez isso na ante-sala das eleições gerais.

O silêncio de Paulo Roberto no Congresso diz muito mais sobre o Brasil do que sua loquacidade anterior. No dia 10 de junho, ele estivera numa outra CPI da Petrobras, mais governista, composta apenas de senadores. “Eu me sinto constrangida, humilhada”, disse a senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), ao relembrar, diante do agora delator, as respostas que ele lhe dera há três meses.

Olhando para o ex-loquaz, Vanessa prosseguiu: “Perguntei ao doutor Paulo Roberto, de uma forma muio simples: a imprensa toda diz que o senhor é um homem-bomba. O senhor é um homem-bomba? Tem a mesmo a capacidade de estremecer a República? O senhor discorreu um rosário, dizendo que não se considerava um homem-bomba.”

Vanessa manuseava a transcrição do depoimento que a delação deixou velho. “Está aqui o seu depoimento, doutor Paulo Roberto. É do dia 10 de junho. O senhor disse: ‘Não me considero um homem-bomba. Os contratos de grande valor não é um diretor que aprova, são todos os diretores…”

A senadora tinha razões para decepcionar-se. Vanessa é uma destacada integrante da infantaria governista. A deserção de Paulo Roberto obrigou-a a se reposicionar no front. Como muitos outros membros da falange do Planalto, ela não sabe bem o papel que irá assumir.

Depois de fazer pose de humilhada, a senadora voltou ao normal: “O que esse Brasil precisa é de profundas reformas políticas. Enquanto um deputado, um vereador, um prefeito, um governador, um presidente e um senador precisar de dinheiro de empresário para fazer sua campanha, essas coisas se repetirão.” Onde se lê “essas coisas”, leia-se roubalheira.

Vanessa prosseguiu: “A cada eleição, a gente começa a discutir reforma política. E por que não aprovamos até hoje…?”. A oradora deixa a interrogação no ar. Não se anima a responder. Mas, minutos antes, ela dirigira ao delator Paulo Roberto uma frase que talvez ajuda a explicar: “Tudo indica que o dinheiro saía [das arcas da Petrobras] para campanha, mas saía também para enricar alguns poucos.”

Como se vê, o silêncio de Paulo Roberto na CPI diz muito sobre o Brasil.

O silêncio do delator confirma que, entre 2004 e 2012, período em que comandou a diretoria de Abastecimento da Petrobras, realizaram-se na maior estatal brasileira tenebrosas transações.

O silêncio do delator esclarece que o modelo político ainda em vigor é o presidencialismo de cooptação, não de coalizão.

O silêncio do delator informa que o empreendimento político que desgoverna o país não aprendeu nada com o envio da cúpula do PT para a penitenciária da Papuda.

O silêncio do delator repete que o sistema eleitoral brasileiro apodreceu.

De resto, o silêncio do delator grita que, se não tomar cuidado, você continuará frequentando o picadeiro vestido de palhaço.

Transcrição do Blog Besta Fubana - http://www.luizberto.com/

18/09 -Fundação da CIA (Central Intelligence Agency).Inauguração da TV Tupi em São Paulo. Foi a primeira emissora de televisão do Brasil.

18/09/2014

1947 - Fundação da CIA (Central Intelligence Agency).
1950 - Inauguração da TV Tupi em São Paulo. Foi a primeira emissora de televisão do Brasil. 

Wikipédia