Avenida Francisco Alvares de Assis - Barão de Retiro
Nessa noite de domingo(12), a vítima, 22, relatou aos policiais militares que um indivíduo conhecido pela alcunha de "Igor de Quete" teria efetuado vários disparos de arma de fogo em sua direção.
Três projeteis da arma de fogo atingiram a vítima, no ombro, anti-braço e punho, sendo encaminhada ao HPS pelo SAMU.
O projetil que atingiu o ombro da vítima ficou alojado nas proximidades da coluna cervical.
O autor da tentativa de homicídio não foi localizado,a ocorrência foi registrada na delegacia e a Polícia Civil se encarregou das investigações.
Produtor flagrou o momento da ocorrência(Foto: Maurício Oliveira/G1)
Na noite deste sábado (11) um incêndio foi registrado no Centro de Juiz de Fora, no terraço de um edifício. O produtor da TV Integração Maurício Oliveira passava pelo local e regisrou o momento em que as chamas podiam ser vistas de longe. O edifício fica na Avenida Sete de Setembro, no cruzamento com a Rua Cesário Alvim, próximo ao Bairro São Bernardo.O fogo começou por volta das 21h e os motivos são desconhecidos. A Defesa Civil pediu a retirada dos moradores enquanto avalia o imóvel. Uma vistoria será feita também pelos bombeiros de Juiz de Fora.
Um homem foi atropelado por volta das 7h deste sábado (11) na linha férrea do Bairro Barão do Retiro, em Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), o maquinista, de 54 anos, contou que seguia de Barra do Piraí (RJ) para Juiz de Fora, quando se aproximou do local e a vítima já estava deitada entre os trilhos. Ainda segundo a polícia, havia respingos de sangue desde uma casa até o corpo. Porém, ainda não se pode afirmar que tenham relação com o fato. Ele não resistiu aos ferimentos. O corpo ainda não foi identificado e foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
Em nota enviada ao G1, a MRS Logística, empresa que administra o trecho, afirmou que assim que o maquinista avistou o corpo sobre a linha férrea, imediatamente acionou o freio de emergência da composição. Porém, de acordo com a empresa “os trens, em função de seu peso, exigem até 500 metros até a parada completa, o que fez com que o contato não pudesse ter sido evitado”.
A MRS informou ainda que a equipe de segurança acompanhou o trabalho da polícia e da equipe dos peritos. “Nossos agentes de segurança encontraram manchas de sangue em uma rua que dá acesso à passagem de nível, em um ponto a aproximadamente 100 metros do local, favorecendo a hipótese de que o corpo tenha sido abandonado sobre a linha férrea”. A nota também informa que todos os procedimentos de segurança estavam sendo cumpridos e que a velocidade da composição era inferior à máxima permitida para o trecho.
Acidentes com trens
Este é o primeiro caso de acidente envolvendo trens em 2014 em Juiz de Fora. No ano passado, foram registradas 16 ocorrências, sendo 14 de atropelamentos e duas de batidas. No município são 40 quilômetros de ferrovia e cerca de 90% dos acidentes estão concentrados em um trecho de dois quilômetros que corta a área central da cidade. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), até o dia 18 de novembro do ano passado, foram registrados em Minas Gerais 58 casos de atropelamento nas linhas férreas. E em todo o ano de 2014, foram 54.
A Secretaria de Estado da Saúde abriu uma seleção para preencher 53 vagas de nível superior. Além de Belo Horizonte, há vagas para cidades da região, como Juiz de Fora, Barbacena, Leopoldina, São João del Rei e Ubá.
Os canditados podem ter qualquer formação na área de saúde, desde que apresentem o registro em órgão de conselho de classe. As inscrições são de graça e devem ser feitas pelo site da Secretaria até às 16h da próxima terça-feira (14).
Um jovem de 18 anos foi assassinado com três tiros, na manhã desta quarta-feira (11), no Bairro Fábrica, na Zona Norte de Juiz de Fora. Jeferson Guerra de Oliveira, auxiliar de serviços gerais, estava trabalhando em uma loja de troca de escapamentos de veículos, na Rua Bernardo Mascarenhas, quando, por volta das 9h, um homem entrou no local e mandou outros dois funcionários irem para um cômodo na parte dos fundos do estabelecimento. O suspeito teria perguntado se uma pessoa estaria no local e, quando viu o jovem, efetuou os disparos, que atingiram pescoço, rosto e peito. Um projétil ficou alojado na cabeça da vítima, que morreu na hora.
O autor dos tiros fugiu a pé, mas teria ocupado uma motocicleta que o aguardava com um comparsa em um rua próxima. A dupla prosseguiu a fuga rumo à Zona Norte. De acordo com o cabo da 269ª Companhia da PM, Márcio Manoel da Silva, as informações colhidas no local davam conta de que o crime teria sido motivado por um acerto de contas em função da rivalidade entre gangues dos bairros Jardim Natal e Jóquei Clube. Jeferson era morador do Jóquei Clube e estava casado há cerca de dois meses e há um ano trabalhava na loja.
Ainda conforme o cabo, um projétil de calibre 38 foi localizado perto do local onde a vítima estava caída. A perícia da Polícia Civil fez os levantamentos e liberou o corpo para o IML. Logo após o crime, viaturas da PM iniciaram as buscas pelos suspeitos. Uma motocicleta, suspeita de ter sido utilizada na fuga, foi apreendida pelos policiais, depois de ser localizada na Rua Geraldo Vilela, na Vila Bejani, na divisa entre os bairros Jardim Natal e Jóquei Clube.
Brasília - O Ministério da Justiça prorrogou a permanência da Força Nacional em presídios localizados na região metropolitana de São Luís, no Maranhão, a pedido do governo do estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (8). O reforço policial chegou aos presídios no dia 24 de outubro de 2013 e continuará até 23 de fevereiro deste ano.
A Força Nacional conta com apoio dos órgãos de segurança pública do estado, para retomar a rotina nos presídios onde há confrontos entre facções criminosas.
A crise nos presídios começou em outubro do ano passado, quando houve uma rebelião no Complexo de Pedrinhas. Nove homens foram mortos e 20 saíram feridos.
A governadora Roseana Sarney decretou estado de emergência e pediu ao Ministério da Justiça o envio da Força Nacional para garantir a segurança no presídio.
São Paulo - O ano de 2014 começou com mais pressão sobre o bolso do consumidor, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que apresentou alta de 0,73% na primeira prévia do mês ante um aumento de 0,69% na última apuração de 2013. O levantamento feito nas principais capitais do país pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que três dos oito grupos pesquisados tiveram acréscimos.
A maior influência partiu do grupo educação, leitura e recreação que passou de 0,47% para 1,03%. Esse avanço foi puxado pelos cursos formais, com elevação de 1,41% ante 0,02%. Também ocorreram acréscimos nos grupos alimentação (de 0,93% para 1,04%), com destaque para as frutas (de 3,66% para 5,31%), e despesas diversas (de 0,38% para 0,70%), sob o efeito dos cigarros que ficam 1,26% mais caros ante um aumento anterior de 0,55%.
O IPC-S só não subiu mais porque o ritmo de remarcações foi mais contido nos grupos habitação (de 0,51% para 0,43%); vestuário (de 0,50% para 0,37%); comunicação (de -0,07% para -0,10%); saúde e cuidados pessoais (de 0,53% para 0,47%) e transportes (de 1,20% para 1,16%).
Os itens que mais contribuíram para o aumento do índice foram: gasolina (de 3,93% para 3,20%); aluguel residencial (de 1,15% para 1,07%); etanol (de 4,12% para 4,59%); refeições em bares e restaurantes (de 0,41% para 0,57%) e tarifa de táxi (de 8,34% para 5,87%).
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)
Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.