segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Seca e miséria nas cidades do Norte de Minas Gerais

07/10/2013 
A corrupção mata de sede o Norte de Minas, afirmou este jornal na edição deste domingo. Auditoria do Tribunal de Contas da União mostrou que mais da metade das famílias mais pobres nessa região semiárida não tem acesso à água potável. Não deveria ser assim. O governo federal destinou muito dinheiro ao programa Brasil sem Miséria, gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para ajudar famílias com renda per capita de até 70 reais por mês.

Se o dinheiro tivesse sido bem aplicado, teriam sido construídas cisternas para captação de água da chuva, e o problema na região seria menos grave do que atualmente, quando mais de 74% dos animais estão ameaçados de morrer por falta de água. Há três semanas, a Polícia Federal verificou que toda a verba destinada para tal finalidade no Norte de Minas havia sido desviada por uma quadrilha formada por criminosos de colarinho-branco.

No dia 9 de setembro último, 22 pessoas foram presas pela PF, suspeitas de desviarem em cinco anos R$ 400 milhões em dez estados – com destaque, porém, para o Norte de Minas. Entre os suspeitos, o ex-diretor do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), Walter Antônio Adão, e o presidente do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), Deivson Oliveira Vidal. Também prefeituras estariam envolvidas no esquema, como as de Januária, São João da Ponte, Coração de Jesus e Taiobeiras.

Essa foi mais uma, numa sucessão de operações policiais visando punir corruptos no Norte de Minas. Dois meses antes, na Operação Violência Invisível, que apurava fraudes em licitações públicas, foram apontadas outras prefeituras envolvidas no crime: Janaúba, Montes Claros e Pirapora.

O problema é que os culpados quase nunca são punidos, o dinheiro desviado raramente é devolvido e a fome e a sede no Norte de Minas continuam. Para piorar, o dinheiro não alcançado pela corrupção não chega a seu destino por questões burocráticas, como mostrou também a reportagem deste domingo.

Neste mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciou mais uma operação de envio de arroz beneficiado do Programa de Ajuda Humanitária Internacional. Serão embarcadas 438 toneladas do grão para a Etiópia e 470 para Honduras. Mas a Conab não consegue entregar a produtores do Norte de Minas, na época necessária, o milho que eles compraram da estatal. Sem o alimento, o gado morre ou a produtividade despenca.

Como a polícia desvendou a trama de mentiras e suborno criada pelos PMs acusados de matar Amarildo

06/10/2013  - Rio de Janeiro
Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
Rio: reconstituição do caso Amarildo, na favela da Rocinha (Gabriel de Paiva/Agência O Globo)

No Brasil, um dos motivos para a decretação da prisão preventiva de alguém é o fato de algum dos investigados tentar interferir, de alguma maneira, na apuração da verdade. No fim da tarde da última sexta-feira, quando a juíza Daniella Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal do Rio de Janeiro decretou a prisão dos dez policiais militares suspeitos do desaparecimento e morte do pedreiro Amarildo de Souza, de 47 anos, a Justiça agiu para manter a normalidade no curso do processo. 

O pedido feito pela Divisão de Homicídios (DH) e endossado pelo Ministério Público ocorreu pelo fato de o major Edson Santos e seu grupo, que controlavam com mãos de ferro a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, terem usado de todo tipo de artifício para tentar atrapalhar a apuração dos investigadores, forjando conversas telefônicas, distribuindo dinheiro para testemunhas e, o pior, coagindo quando preciso. Uma dessas tentativas de intimidação ocorreu na tarde de 18 de setembro, quando dois agentes do Serviço Reservado (P2) da UPP foram até o trabalho de uma das principais testemunhas do caso para cobrar explicações pelo fato de ela ter mudado suas declarações dadas anteriores. Em resumo, a testemunha antes dizia que o tráfico era culpado pela morte de Amarildo, mas foi à polícia para rever seu depoimento e atribuir o crime a PMs.

O enredo de mentiras que tentou embaralhar o caso Amarildo se inicia ainda antes da DH assumir a investigação. O primeiro passo para montar a farsa foi dado na tarde do dia 16, quando os policiais da UPP encontram na localidade do Terreirão, no alto da Rocinha, um aparelho de telefone celular abandonado. No dia seguinte, o major Edson telefonou para o soldado Avelar. O jovem policial desempenhara papel importante na 'Operação Paz Armada', que resultara na prisão de 33 pessoas um dia antes do desaparecimento de Amarildo. 

Durante quatro meses, Avelar fez um trabalho de infiltração, passando-se por um policial corrupto que aceitava propinas pagas pelo tráfico. Tudo teatro. Mas, nesses encontros, Avelar passou a ter contato direto com o traficante Thiago da Silva Mendes Neris, conhecido como Catatau. Na ligação efetuada no dia 17, Edson queria saber de Avelar o número do telefone usado por ele para conversar com os traficantes durante o período de disfarce.

Às 11h16 do dia seguinte, 18 de julho, Avelar recebeu um telefonema ameaçador. Imediatamente procurou a 15ªDP (Gávea), responsável pela 'Paz Armada', para fazer um registro da ameaça. E declarou que a ligação teria partido do traficante Catatau. Na conversa, o suposto Catatau teria o xingado e dito que já havia "tombado o Boi" (apelido de Amarildo) e colocado a culpa em Avelar. Num primeiro depoimento à DH, o próprio Avelar disse ter reconhecido a voz de Catatau. Mas a perícia feita pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) comprovou que a voz não era do criminoso. "A voz não é dele. Tudo aquilo foi uma encenação, uma mentira", afirma o diretor da DH, delegado Rivaldo Barbosa. O telefonema chegou a ser divulgado como indício de que o tráfico tinha interesse e falava em eliminar Amarildo.

Outra informação descoberta pela Polícia Civil para desmontar o telefonema indica que, no momento da ligação ameaçadora, o usuário do aparelho estava no bairro de Higienópolis, na Zona Norte da cidade, ou seja, bem longe da Rocinha. Coincidência ou não, dois soldados da UPP que fizeram a abordagem de Amarildo - Douglas Vital, o Cara de Macaco, e Marlon Campos Reis - estavam na região de Higienópolis no período próximo ao da ligação feita para Avelar, segundo a quebra de sigilo de seus telefones.

Em sua denúncia contra os policiais da UPP, o promotor Homero das Neves afirmou que os dez PMs "inovaram artificiosamente, em processo criminal, estado de lugar, de coisa e pessoa, de modo a induzir em erro as autoridades policiais e judiciais (...)."

As tentativas de encobrir a realidade, de fato, prosseguiram. Em 9 de agosto, Edson prestou depoimento na DH e apresentou, junto às suas declarações, um termo prestado por uma moradora da Rocinha, Lucia Helena da Silva Batista, junto à promotoria da Auditoria Militar. Nele, a mulher informava que havia sido expulsa da favela da Rocinha pelo traficante conhecido como Catatau, num recado ameaçador, dizendo que faria com ele "o mesmo que havia feito com Amarildo". Ainda neste depoimento levado pelo major Edson, a mulher contou ser mãe de um adolescente que estava internado no Hospital Miguel Couto, na Gávea, sob escolta da UPP, após ser baleado num confronto.

Esse era o primeiro depoimento de Lucia, que dizia ter ouvido uma conversa em que dois traficantes comentavam que haviam matado Amarildo e que, após relatar o diálogo a policiais que faziam a custódia de seu filho, foi levada ao MP Militar. Naquele mesmo dia, a DH intimou Lucia para depor. E começaram, então, as contradições. A tal conversa em que bandidos comentavam a morte de Amarildo teria, segundo ela, sido travada entre os traficantes conhecidos pelos apelidos de Titica e Azar. Uma farsa mal combinada. Afinal, como poderiam comentar sobre a morte de Amarildo, ocorrida na noite do dia 14 de julho, se ambos haviam sido presos na manhã do dia 13, véspera do crime, quando a Operação Paz Armada foi deflagrada?

As incongruências indicaram que os investigadores deveriam monitorar mais de perto os passos de Lucia. E assim foi feito, com o pedido de quebra de sigilo de seu telefone. A interceptação telefônica autorizada pela Justiça revelou logo o fio da meada: a moradora estava sendo orientada e até corrompida pelos policiais da UPP a mando do major Edson. Numa das ligações, descobriu-se que Lucia tivera uma casa alugada fora da Rocinha, na Favela do Jordão, em Jacarepaguá, pelos PMs. Ela também havia recebido dinheiro de dois soldados conhecidos pelos nomes de Newland e Bruno. Sempre a mando do major.

As conversas flagraram ainda outro filho de Lucia reclamando e tentando entender os motivos de a mãe ter inventado a história de que havia sido expulsa da favela pelo traficante Catatau. A Polícia Civil conseguiu estabelecer a relação entre o filho adolescente de Lucia e os mesmos policiais de confiança do major Edson, Newland e Bruno, do setor de inteligência da UPP Rocinha. Ambos deverão ser investigados pela Corregedoria da PM por fraude processual. O contato direto com Edson também ficou evidenciado numa mensagem de texto em que o adolescente pede "dinheiro para comprar fraldas" para seu filho.

O zelo da equipe do major com o rapaz era tanto que, no dia em que ele recebeu alta do Hospital Miguel Couto, determinou que policiais o levassem para a casa do pai, em Angra dos Reis. A versão de Lucia e do filho adolescente durou até a noite do dia 12 de setembro, quando procuraram a 15ª DP (Gávea) para registrar o desaparecimento de outro filho que teria ido ao Morro do Cajueiro, em Madureira, buscar uma carga de maconha e nunca mais foi visto. De lá, mãe e filho foram levados para a DH, onde contaram o que a polícia já sabia: que o major Edson estava ajudando sua família financeiramente para que mantivesse a versão sobre a morte de Amarildo. Durante mais de duas horas, Lucia Helena desabafou e entregou a verdade. Contou a pressão que sofria, os presentes e as quantias de dinheiro que recebera, e ainda acusou um policial de nome Peter de ter-lhe dado 150 reais. O inspetor era o responsável pelas investigações da Operação Paz Armada. Todas as informações colhidas pela DH foram enviadas para a Corregedoria da Polícia Civil, que instaurou sindicância contra o agente.

Quando Lucia e o filho resolveram falar na DH e a história apareceu na imprensa, o major Edson se desesperou. Tenso, passou a cometer erros sucessivos. No dia 18, seis dias após o depoimento desmentindo a primeira versão, Lucia Helena recebeu um telefonema do soldado Newland. Eram 10h31 da manhã e o policial queria encontrá-la para "esclarecer algumas coisas". Ela estava no Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, onde trabalhava no serviço de limpeza, e avisou que não poderia encontrá-lo. Cinco horas mais tarde, às 15h40, Newland ligou novamente avisando que já estava no shopping. Lucia ficou nervosa e pediu que ele falasse o que queria pelo telefone. Newland foi direto: queria falar sobre o depoimento que ela mudou. Lucia desligou e não o atendeu mais.

Estava clara a intimidação da testemunha. A DH informou à 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) imediatamente, pedindo que eles intimassem o soldado Newland. Este foi chamado e se apresentou na unidade com o sargento Lacerda, também lotado no setor de inteligência da UPP. De lá, o major Fabio, da Corregedoria, decidiu encaminhar a dupla para a DH. Lá, os dois admitiram ter ido ao encontro de Lucia para "verificar os motivos de ela ter mudado o depoimento". Os policiais, no entanto, disseram que estavam de folga e não usaram veículos oficiais para tal missão. Para a Justiça, as ameaças estavam consolidadas. Mãe e filho foram incluídos no Programa Nacional de Testemunha e deixaram o Rio de Janeiro.

Comprimido do “Superman” é apreendido com traficantes de festas rave na Grande Curitiba

7 de outubro de 2013
Da Redação
Foto: Antônio Nascimento – Banda B

Uma dupla de traficantes foi presa na noite da última sexta-feira (4) com 2.700 comprimidos de ecstasy e dois quilos de maconha, que provavelmente seriam revendidos em festas rave do bairro Portão, em Curitiba. De acordo com o delegado Guilherme Rangel, somente a droga sintética, uma com a marca do Superman e outra com marca da Rainha, vale cerca de R$ 135 mil.

Segundo Rangel, o Peugeot 307 utilizado pelos marginais também foi apreendido. “Eles foram abordados no carro e alguns comprimidos foram encontrados. Então os policiais fizeram buscas nas casas dos traficantes e encontraram o restante do ecstasy e a maconha na casa de Alan. “Eles irão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico”, contou.

Alan Henrique da Silva, 29 anos, e Fernando Michel Corbani e Silva, 25 anos, foram capturados por policiais civis do Núcleo de Curitiba da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), que é comandada pelo delegado Alan Flore.

Rangel explicou que o ecstasy é uma droga sintética que causa excitação. “Uma das características apresentadas por quem consome ecstasy é a elevação da temperatura corporal até 42º C. Por isso, quem consome essa droga acaba tendo que beber muita água para reduzir esse efeito. Em alguns casos o usuário pode até morrer consumindo ecstasy”, concluiu o delegado.

SP: manifestantes colocam fogo em carro; explosão deixa 3 feridos

07/10/2013
Pelo menos três pessoas ficaram feridas após uma explosão em um protesto no bairro do Morumbi, região nobre de São Paulo, na manhã desta segunda-feira. O incidente ocorreu após um grupo, com aproximadamente 150 manifestantes que pediam moradia, bloquear a rua Doutor Luiz Migliano. Por volta das 7h, os manifestantes colocaram fogo em barricadas na altura da avenida Marechal Juarez Távora e, minutos depois, um automóvel foi atirado junto às chamas.

De acordo com o assistente social Fábio Rodrigues, representante dos moradores, o carro estava abandonado e era de um dos manifestantes. “Nós estamos em três comunidades e não tem como controlar todo mundo. Pelo que ficamos sabendo, esse carro é de um dos manifestantes, que perdeu tudo no incêndio que atingiu a comunidade da Vila Praia em 2010. O carro não tinha gasolina, mas acho que o que provocou a explosão foi o cilindro de GNV”, falou.

Fábio, que também era morador da favela Vila Praia, disse ao Terra que, entre os feridos, dois estavam em situação mais delicada. Eles foram encaminhados pelos próprios moradores ao Hospital Geral do Campo Limpo. 
Não há informações sobre o estado de saúde da vítimas.
Manifestantes bloqueiam rua na região do Morumbi, em São Paulo

Poucos instantes antes da explosão, o fotógrafo Bruno Santos, do Terra, registrou um manifestante com um galão com gasolina que, mais tarde, foi lançado na barricada incendiada, no mesmo local da explosão.

Enquanto membros do grupo se preparavam para virar uma caçamba de entulho, ocorreu uma explosão no local onde estava o galão e o carro.

Um galão com gasolina pode ter provocado a explosão no local
Protesto por moradia
O principal motivo da manifestação, de acordo com Fábio Rodrigues, é a insatisfação do grupo que aguarda o pagamento de parcelas atrasadas do auxílio-aluguel, fornecido pela prefeitura. Moradores que perderam tudo em incêndios nas comunidades Vila Praia, Olaria e da Viela da Paz protestam contra o auxílio de R$ 400 que, segundo eles, estaria defasado.

“O incêndio aqui na Vila Praia ocorreu no dia 1º de junho de 2010. No dia 20 de julho daquele ano a gente fez a primeira manifestação, porque muita gente perdeu tudo. Em agosto, passamos a receber R$ 300 reais de auxílio e esse valor foi aumentado para R$ 400 em 2011. Queremos que a prefeitura pague as parcelas atrasadas e aumente esse valor, que não e condizente com o mercado atual, principalmente aqui na região do Portal do Morumbi”, disse Rodrigues.

Atualmente morando no Jardim das Palmas, na região do protesto, o morador alega que muitos dos manifestantes precisam continuar na região por causa do emprego e das creches dos filhos.

‘Não vamos sair sem uma resposta’

Moradores alegam que foram “abandonados” pela prefeitura, que nunca marcou uma reunião para planejar uma recolocação das famílias prejudicadas pelo incêndio. Em um acordo firmado ainda em 2010, moradores da favela Vila Praia se comprometeram a não reocupar o terreno da comunidade, desde que a prefeitura pagasse o auxílio aluguel.

O grupo promete ocupar a via até que um representante da prefeitura seja enviado para negociar o pagamento das parcelas atrasadas. Viaturas da Polícia Militar foram enviadas para o local, mas não há registros de confrontos.

Policiais Civis de Porto Velho e Rolim prendem quadrilha dentro de banco

7 de outubro de 2013 
POLICIAIS CIVIS DE PORTO VELHO E ROLIM PRENDEM QUADRILHA DENTRO DE BANCO
Seis homens foram presos dentro de uma agência bancária em Rolim de Moura, acusados de roubo. A Polícia acredita que eles são responsáveis por assaltos em Porto Velho e Humaitá (AM). Vadson Gonçalves Peixoto, 25 anos; Rozeno Filho Gonçalves Lima, 23 anos; José Junho Torres Brito, 34 anos; Francisco das Chagas Costa das Neves, 31 anos e Cícero Antônio da Silva Pinto, 33 anos, além de um menor foram recambiados para a Capital. Todos são portovelhenses.

A prisão dos acusados aconteceu após intenso trabalho investigativo da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Porto Velho e policiais civis de Rolim de Moura. A quadrilha estava sendo monitorada. No sábado os policiais seguiram os suspeitos desde Porto Velho até Rolim, onde pretendiam cometer o crime. Já dentro da agência, eles já haviam desligado o sistema de alarmes e estavam com maçaricos. A quadrilha foi presa com dois veículos, um Fiat Siena prata e um Fiat Stilo vermelho. (Foto Alerta Rolim).

Fonte: RONDONIAGORA
Autor: RONDONIAGORA

À espera do Black Sabbath no Brasil/Relembre as passagens da banda e de Ozzy Osbourne pelo RS

07/10/2013 
Ozzy Osbourne se apresentou em Porto Alegre em março de 2011

Crédito: Bruno Alencastro / CP Memória 

Fãs aguardam ansiosamente a chegada do Black Sabbath ao Brasil nesta semana. A banda desembarca em Porto Alegre para um show nesta quarta-feira, que abrirá a passagem pelo País. Os músicos ainda subirão ao palco em São Paulo, no dia 11; Rio de Janeiro, dia 13; e Belo Horizonte, no dia 15 de outubro.

A apresentação promete ser épica, já que o grupo está em turnê com a formação quase original: Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), e Geezer Butler (baixo). A exceção é a ausência do baterista Bill Ward, substituído por Tommy Cufletos.

Os britânicos trarão ao público brasileiro a turnê mundial “Reunion”, com um repertório de clássicos e canções do mais recente álbum de estúdio “13” (2013), o primeiro de inéditas com o Príncipe das Trevas nos microfones desde "Never Say Die” (1978).

A nova turnê mundial do Sabbath começou em 21 de abril, na Nova Zelândia, de onde seguiu para Austrália e Japão. Entre julho e setembro, a banda percorreu os Estados Unidos e Canadá, antes de desembarcar na América do Sul, onde os músicos já se apresentaram no Chile e na Argentina.

Formada na periferia de Birmingham, na Inglaterra, em 1968, a banda mudou de formação ao longo das décadas, mas segue como uma das mais influentes da história do rock. O trabalho de estreia intitulado “Black Sabbath” foi lançado em 1970. Oito anos depois, o disco “Never Say Die!” (1978) chegou ao mercado para marcar a saída do vocalista. O reencontro só ocorreria mais de três décadas depois.

Porto Alegre já recebeu Sabbath e Ozzy em momentos diferentes
Black Sabbath e Ozzy Osbourne já estiveram em terras brasileiras, mas separados e em ocasiões bem diferentes. A primeira vez foi em 1985 – quando o Príncipe das Trevas, já em carreira solo, foi uma das principais atrações do Rock in Rio daquele ano. Com o recém-lançado álbum “Bark at the Moon”, o britânico até vestiu uma camisa do Flamengo, atirada no palco.

Após um encontro entre Ronnie James Dios, que assumiu os vocais da banda, e o baixista Geezer Butler em 1991, o Sabbath voltou a gravar um álbum com a mesma formação do disco "Mob Rules" (1981). Do trabalho, surgiu uma turnê, com quatro shows no Brasil: um em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Porto Alegre.

Na Capital gaúcha, a banda se apresentou em 1992, com Ronnie James Dio nos vocais. Era a excursão do disco “Dehumanizer”. O show foi em 1º de julho no Ginásio Gigantinho. O repertório contou com músicas clássicas como War Pigs e Iron Man, que devem ser repetidas na nova turnê (abaixo, o setlist do show).

Já o líder do grupo se apresentou sozinho em Porto Alegre em 30 de março de 2011, também no palco do Ginásio Gigantinho, como parte da turnê “Scream”. Os fãs do Sabbath, no entanto, não puderam reclamar: Ozzy Osbourne apresentou cinco músicas do quarteto, entre elas as já mencionadas “War Pigs”, “Iron Man” e um dos maiores sucessos, “Paranoid”, no fechamento do show.

Além disso, o roqueiro britânico protagonizou uma cena inusitada: recebeu uma bandeira do Grêmio e não hesitou em se enrolar nela. A gafe foi recebida com aplausos de uns e repúdio de outros, afinal o ginásio pertence ao Sport Club Internacional. O show contou também com Cuffletos, que será o baterista do Sabbath na quarta-feira.

Formação quase original da banda provoca ansiedade nos fãs
Mais do que apresentar um novo trabalho de estúdio após anos separados, a reunião da formação quase original do Sabbath é o que provoca a maior ansiedade entre os fãs – já que há pouco tempo um reencontro do quarteto em uma turnê mundial era algo quase impossível de acontecer. “A formação original certamente é a fase mais importante, mas eu gosto muito da fase do mestre Ronnie James Dio. E gosto muito da carreira solo do Ozzy”, contou o técnico em Mecatrônica, Marcus Vinicius Rodrigues, de 32 anos.

O gaúcho vai ver os ídolos pela primeira vez nesta quarta-feira. “Eu e um amigo achamos muito salgado o valor na época do show do Ozzy, aí decidi não comprar. Fiquei lá na frente escutando do lado de fora e extremamente arrependido do que fiz”, recordou. “Agora eu garanti o ingresso logo no início das vendas para não ter que reviver a mesma experiência de 2011”, revelou.

A opinião é compartilhada pelo empresário Almir Figueiredo, de 53 anos, morador de São Vicente, no interior de São Paulo, mas que esteve em três shows do Ozzy Osbourne no Brasil: em 1995, 2008 e 2011. “Eu considero a fase mais marcante a formação clássica até o final dos anos 70, Gosto do LP "Sabbath Bloody Sabbath" de 1973 destacando a canção “Sabbra Cadabra". Na verdade, não consigo separar, para mim Ozzy é Black Sabbath, é impossível escutar um sem lembrar do outro. Para mim, Ozzy só é Ozzy hoje por causa do Black Sabbath e vice-versa , um sem o outro não seria nada”, concluiu.

Confira o setlist do show do Black Sabbath em Porto Alegre em 1992:
“The Mob Rules” - “Computer God” - “Children of the Sea” - “Time Machine”
“War Pigs” - “Black Sabbath”  - “Master of Insanity” - “After All (The Dead)”
“Iron Man” - “Heaven and Hell” - “I” “Die Young” -  “Orchid” - “TV Crimes” - 
 “Sabbath Bloody Sabbath” -  “Neon Knights”


Confira o setlist apresentado por Ozzy Osbourne na Capital no show de 2011:
"Bark at the Moon" - "Let Me Hear You Scream" - "Mr. Crowley" - "I Don't Know" - "Fairies Wear Boots" - "Suicide Solution" - "Road to Nowhere" - "War Pigs" - "Shot in the Dark" - "Rat Salad"
"Iron Man" - "I Don´t Want to Change the World" - "Crazy Train"
Bis
"Mama, I’m Coming Home"
"Paranoid"

Assista a performance de “Iron Man”, gravada por fãs:

Mais uma morte violenta em JF. Facada nas costas em baile Funk

A Cerveja nacional tem muito milho, afirma pesquisa da USP

06/10/2012 
REINALDO JOSÉ LOPES

EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

Uma das análises químicas mais completas já feitas com marcas de cerveja do Brasil e do exterior dá peso a uma tendência que estudos menores já indicavam: as grandes marcas nacionais têm elevadas quantidades de milho em sua composição, embora a matéria-prima tradicional da bebida seja a cevada.

São os nomes mais conhecidos do público, como Antarctica, Brahma, Skol e Nova Schin (veja infográfico abaixo). A análise sugere que essas marcas estão no limite da porcentagem de milho como matéria-prima para cerveja que a legislação nacional determina (45%) ou podem até tê-lo ultrapassado.

As empresas produtoras questionaram a análise (leia texto abaixo). Por outro lado, o estudo indicou que algumas cervejas em pequena escala possuem o teor que se esperaria de uma bebida feita só com água, cevada e lúpulo, como reza a tradição alemã.

A pesquisa é assinada por cientistas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da USP de Piracicaba, e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O grupo piracicabano, coordenado por Luiz Antonio Martinelli, já estudou cervejas antes, além de verificar a presença de álcool de cana no vinho nacional.

"Ninguém aqui está dizendo que a cerveja é pior por ter milho --aliás, eu nem bebo cerveja, só vinho", diz Martinelli. Ele ressalta também que o trabalho tem margens de erro e que o propósito não foi denunciar que certas marcas não seguem a lei.

"A diferença de composição é muito pequena [no caso das que parecem ter muito milho]", diz a bióloga Sílvia Mardegan, orientanda de Martinelli e autora principal do estudo, que sairá na revista científica "Journal of Food Composition and Analysis".

Além disso, ela lembra que só uma unidade de cada marca foi estudada, e que existem variações por lote e por região do país. Por outro lado, a variedade de marcas (77, sendo 49 nacionais e 28 importadas) ajuda a dar um panorama amplo do mercado

BALANÇA DE ÁTOMOS
Em essência, o método da USP de Piracicaba é uma balança de átomos. Isso porque os átomos de carbono que os seres vivos usam em seu organismo existem em dois "pesos" principais, o carbono-12 e o carbono-13 (o segundo um pouco mais "gordo").

As plantas incorporam carbono o tempo todo em seu organismo durante a fotossíntese. Só que algumas têm um "paladar" diferenciado. São, por exemplo, as gramíneas tropicais, como o milho e a cana, que "preferem" uma proporção relativamente maior de carbono-13.

É essa assinatura que os cientistas usam para diferenciá-las de plantas como a cevada ou a uva, que têm menos apreço pelo carbono-13.

Os pesquisadores estabeleceram qual era o "perfil de carbono" da cevada e o do milho e fizeram a mesma análise na cerveja. Se a proporção das variantes do elemento químico na cerveja era intermediário, o veredicto só podia ser um: mistura.

O método tem algumas limitações. Teria mais dificuldade de flagrar o uso de arroz na cerveja, já que o perfil de carbono do arroz é semelhante ao da cevada.

Sady Homrich, especialista em cerveja e colunista do caderno "Comida", da Folha, diz que o consenso entre cervejeiros é que diminuir o teor de cevada acaba afetando a qualidade da bebida.

"A boa cerveja é a de puro malte de cevada, porque você pode explorar variações de sabor e aroma vindas da secagem e da torrefação da cevada", afirma Homrich.

Apesar do argumento de que o milho deixaria a cerveja mais leve, Homrich diz que a grande preocupação da indústria é diminuir o custo.

OUTRO LADO
Em comunicados, os fabricantes de cervejas com alto teor de milho apontado pela pesquisa defenderam a qualidade de seus produtos.

A Ambev, fabricante das marcas Caracu, Antarctica, Brahma, Bohemia e Skol, afirmou que "controlar a quantidade de malte de cevada é necessário para obter cerveja com características adaptadas ao paladar do consumidor brasileiro: leve, refrescante e de corpo suave".

"A indústria brasileira de cerveja possui tradição de mais de cem anos e tem orgulho de produzir bebidas de altíssima qualidade. A Ambev leva aos seus milhões de consumidores receitas seculares produzidas com os melhores insumos disponíveis em todo o mundo", continua o comunicado oficial.

A empresa disse ainda que seus produtos seguem à risca as determinações do Ministério da Agricultura e que está investindo na produção nacional de cevada e em quatro maltarias próprias.

Já a Schincariol, que produz a Nova Schin e a Glacial, diz que "respeita as iniciativas de pesquisas realizadas pela USP, mas ressalta que a metodologia utilizada no mencionado estudo não é a determinada pelo Ministério da Agricultura".

A empresa afirma que "está à disposição dos pesquisadores responsáveis pelo estudo para esclarecer possíveis dúvidas sobre seus produtos ou processos".

"É um trabalho interessante, mas discordamos dos resultados", disse à Folha Humberto de Lazari, gerente corporativo industrial do Grupo Petrópolis, das cervejas Itaipava e Crystal.

Ele afirmou que as imprecisões técnicas da pesquisa seriam discutidas de forma mais apropriada "num fórum técnico", mas ressaltou que a empresa usa menos do que os 45% de produtos não derivados de cevada em suas bebidas --disse não poder revelar a proporção exata.

A legislação não exige que as empresas declarem nos rótulos a composição exata das cervejas que produzem.

Lazari questionou a afirmação do estudo de que o milho aceleraria o processo de produção, cortando custos.

A Heineken, hoje responsável pela Kaiser, declarou em comunicado que "já possuía conhecimento da publicação, mas não encontrou relevância no artigo, pois a análise científica possui diversas inconsistências".

"Entre os vários equívocos da publicação, destacam-se os erros explícitos de amostragem estatística e o fato de o cientista não ter considerado o isótopo de nitrogênio. Com isso, como o próprio trabalho da USP reconhece, a utilização de arroz poderia influenciar nos números."

Martinelli, da USP, diz estar aberto a conversar com as empresas, mas afirmou confiar em sua metodologia.
Editoria de arte/Folhapress
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1164823-cerveja-nacional-tem-muito-milho-afirma-pesquisa-da-usp.shtml

Policial que matou a mulher e suicidou-se em Mário Campos, será enterrado em BH

07/10/13 
CAROLINA CAETANO

Será sepultado na manhã desta segunda-feira (7), em Belo Horizonte, o corpo do policial militar que matou a esposa e, em seguida, suicidou-se, em Mário Campos, na região metropolitana da capital, nesse sábado (5). O corpo da mulher será enterrado na cidade onde aconteceu o crime.

De acordo com a Polícia Militar, o cabo Ronald Martins Feliciano, de 42 anos, e a companheira, Regina de Jesus da Silva Belo Feliciano, de 40, passaram o sábado discutindo na residência onde moravam, na rua Presidente Melo Viana, no bairro Vila Tânia.

Por volta de 22h, o homem pegou a arma e disparou quatro vezes contra a vítima e, em seguida, atirou contra a própria cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o casal não resistiu aos ferimentos.

Ainda segundo a polícia, Feliciano e Regina estavam juntos há 13 anos, mas, nos últimos meses, iniciaram o processo de separação. Eles ainda viviam na mesma casa.

O cabo, que estava na corporação há 18 anos e era lotado no 48º Batalhão, será enterrado às 10h no Cemitério da Paz, na região Noroeste de BH. O corpo de Regina ficou em Mário Campos e vai ser sepultado no Cemitério Bom Jardim.

O casal deixa uma filha de 12 anos. 

07/10/2013 - Classificação atualizada do Brasileirão conforme http://globoesporte.globo.com/

brasileiro 
campeonatos
classificação atualizadaPJV
1Cruzeiro592618
2Grêmio482614
3Atlético-PR442612
4Botafogo432612