quarta-feira, 2 de outubro de 2013

UFV- Abertas matrículas para Curso de Extensão em Língua Brasileira de Sinais

01/10/2013

Está aberto, até 4 de outubro, o período de matrícula para o Curso de Extensão em Língua Brasileira de Sinais (Celib). Ela deverá ser realizada, presencialmente, na casa 12 da Vila Giannetti, nos seguintes horários:

Terça e quinta-feira: das 14h às 18h
Quarta e sexta-feira: das 8h às 12h

Vale lembrar que o curso é oferecido aos estudantes e servidores da UFV e à comunidade de Viçosa e região. O interessado deverá apresentar o CPF durante a matrícula.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3899-1931 e pelo e-mail celib.ufv@gmail.com.

(Fonte: Isabella Alves Peçanha)

PM foi atropelado no Morro da Glória

02 de Outubro de 2013 - 11:35


Um policial militar de 32 anos, que estava de folga, foi atropelado por um carro na Avenida dos Andradas, no Morro da Glória, por volta das 10h30 da manhã desta quarta-feira (2).
O acidente aconteceu no momento em que ele tentava atravessar a via e foi atingido por um Honda Civic, com placa de Belo Horizonte, que seguia sentido bairro/Centro. 
Uma motolância e uma ambulância do Samu fizeram o resgate. 
A suspeita é de que ele tenha sofrido ferimentos na cabeça e fratura na costela mas, no momento do atendimento, estava lúcido e orientado.
Ele foi encaminhado para o Hospital Monte Sinai.

Animal Farm/ O Porco Triunfante/ O Triunfo dos Porcos/ A Quinta dos Animais (PT) /A Revolução dos Bichos, podendo chamá-la de A Fazenda (BR)

02/10/2013
Animal Farm
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Capa da primeira edição do livro
Género Sátira
Lançamento 17 de agosto de 1945
Páginas 112
ISBN 0-452-28424-4

Animal Farm (A Revolução dos Bichos (Brasil) ou O Porco Triunfante/​O Triunfo dos Porcos/​A Quinta dos Ani­mais (em Portugal)) é um romance satírico do escritor inglês George Orwell, publicado no Reino Unido em 17 de agosto de 1945 e apontado pela revista americana Time entre os cem melhores da língua inglesa. A sátira feita pelo livro à União Soviética comunista obteve o 31º lugar na lista dos melhores romances do século XX organizada pela Modern Library List.

O livro narra uma história de corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e demolir o "paraíso comunista" proposto pela Rússia na época de Stalin. A revolta dos animais da quinta contra os humanos é liderada pelos porcos Bola-de-Neve (Snowball) e Napoleão (Napoleon). Os animais tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleão, seduzido pelo poder, afasta Bola-de-Neve e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos.

Para o autor, um socialista democrático e membro do Partido Trabalhista Independente por muitos anos, a obra é uma sátira à política stalinista que, segundo sua ótica, teria traído os princípios da revolução russa de 1917.

Enredo
Sentindo chegar sua hora, Major, um velho porco, reúne os animais da fazenda para compartilhar de um sonho: serem governados por eles próprios, os animais, sem a submissão e exploração do homem. Ensinou-lhes uma antiga canção, bichos da Inglaterra (Beasts of England), que resume a filosofia do Animalismo, exaltando a igualdade entre eles e os tempos prósperos que estavam por vir, deixando os demais animais extasiados com as possibilidades.

O idoso Major (vulgo Casca Grossa) faleceu três dias depois, tomando a frente os astutos e jovens porcos Bola-de-Neve e Napoleão, que passaram a se reunir clandestinamente a fim de traçar as estratégias da revolução. Certo dia Sr. Jones, então proprietário da fazenda, se descuidou na alimentação dos animais, fato este que se tornou o estopim para aqueles bichos. Sob o comando dos inteligentes e letrados porcos, os animais passaram a chamar a Quinta Manor de Quinta dos Animais pt / Granja ou Fazenda dos Bichos br, e aprenderam os Sete Mandamentos, que, a princípio, ganhava a seguinte forma:
1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.

Para os animais menos inteligentes, os porcos resumiram os mandamentos apenas na máxima "Quatro pernas bom, duas pernas ruim" que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas. Após a primeira invasão dos humanos, na tentativa frustrada de retomar a fazenda, Bola-de-Neve luta bravamente, dedica todo o seu tempo ao aprimoramento da fazenda e da qualidade de vida de todos, mas, mesmo assim, Napoleão o expulsa do território, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam por toda história, mesmo após o desaparecimento de Bola-de-Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação para os animais para catástrofes, criando-se um mito em torno do porco que, a partir daí, é considerado um traidor.

Napoleão se apossa da idéia de Bola-de-Neve de construir um moinho de vento para a geração de energia, mesmo havendo feito duras críticas à imaginação do companheiro, e inicia a sua construção. Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, apontando essa idéia como mais uma invenção de Bola-de-Neve. Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:
4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

O hino da Revolução é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando. Napoleão é declarado líder por unanimidade. As condições de trabalho se degradam, os animais recebem novo ataque humano e já não se lembram se na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era mesmo pior, mas lembravam-se da liberdade proclamada, e eram sempre lembrados por sábios discursos suínos, principalmente os proferidos por Garganta, um porco com especial capacidade persuasiva. Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Quinta dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. O que se assiste é um arremedo grotesco da sociedade humana.

O slogan das ovelhas fora modificado ligeiramente, “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”, pois agora os porcos andavam sobre as duas patas traseiras. No final, os animais, ao olhar para dentro da casa antes pertencente a Jones e onde os porcos agora vivem em considerável luxo em relação aos demais animais, vêem Napoleão e outros suínos jogando carteado com Frederick e Pilkington, senhores das granjas vizinhas, e celebrando a prosperidade econômica que seus acordos proporcionam para suas quintas. Numa visão confusa, os animais já não conseguem distinguir os porcos dos homens.
Referências

Fascistas invadem de novo a Reitoria da USP de marreta na mão. E um pouco de didatismo com uma diretora do DCE que resolveu privatizar a universidade

02/10/2013  às 7:19

Vejam agora esta foto de Danilo Verpa, da Folhapress.

Sabem o PSOL, aquele partido de doces de coco como o deputado federal Jean Wyllys (RJ), o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o deputado estadual Marcelo Freixo (RJ), todos eles tornados verdadeiros bibelôs de parte considerável do jornalismo? Então… O partido manda no DCE da USP. E o faz com tal graça e apuro democrático que, em 2011, na iminência de perder a eleição “para a direita”, os valentes deram um golpe, adiaram o pleito e prorrogaram o próprio mandato. Huuummm… Ninguém pode acusá-los de querer democracia, não é? Eles são, afinal de contas, socialistas!
Muito bem! Voltemos à foto. São estudantes — ou que nome tenham, já que não vejo livros ali — da USP quebrando a porta da Reitoria da universidade com uma marreta. Cerca de 400 deles invadiram o prédio nesta terça e prometem manter a ocupação, sem prazo para sair. As paredes internas foram pichadas. São todos amantes do pensamento…
Os invasores, liderados pelo DCE, querem que a eleição do reitor, prevista para o fim do mês, seja direta. Informa a Folha:
“No fim da tarde, a USP divulgou mudanças nas eleições. A escolha caberá a uma Assembleia Universitária, formada pelo Conselho Universitário, por conselhos centrais (das unidades), conselhos dos institutos e museus e outros. O processo também passou de dois turnos para turno único e haverá uma consulta em caráter apenas informativo à comunidade da USP (o que inclui alunos e funcionários). A lista tríplice –um dos pontos de crítica dos alunos– não sofreu alterações. Nesse sistema, os nomes dos três candidatos mais votados passam pelo Conselho Universitário, que os envia ao governador do Estado. Ou seja: cabe ele a escolha do reitor. O atual, João Grandino Rodas, era o segundo na lista de 2008.”
Pois é…
Luísa Davola, estudante de Letras e diretora do DCE, achando que estava tendo uma grande sacada, resolveu falar ao jornal: “A gente escolhe até o presidente da República, por que não podemos escolher o reitor da USP, que é pública?”.
A pergunta é triste porque expressa uma deficiência de formação e informação democráticas cuja cura não é simples nem é rápida. Requer leitura, estudo, reflexão, bibliografia, coisas para as quais os socialistas de hoje não têm tempo, ocupados que estão em ter ideias e invadir prédios…
Vamos ver se consigo ser didático com a moça. Justamente porque a USP é pública, moça, ela não é privada — e isso quer dizer que não pertence aos estudantes, aos professores e aos funcionários. Os “donos” da USP são todos os moradores do estado de São Paulo, que aqui trabalham e recolhem seus impostos.
As democracias delegam ao conjunto dos cidadãos a escolha dos governantes e do Poder Legislativo justamente porque os países, a exemplo das instituições públicas, pertencem a todos e não pertencem a ninguém em particular. Atenção, dona Luísa Davola! O colégio eleitoral do estado de São Paulo tem 31 milhões de eleitores, que escolhem aquele que governa mais de 40 milhões de pessoas. Quando os votantes vão às urnas, estão escolhendo também o homem que vai indicar o reitor das três universidades públicas que lhes pertencem.
É a senhora, dona Luísa, que está tentando usurpar um direito; é a senhora que está tentando cassar de 40 milhões, representados pelos 31 milhões com direito a voto, a competência legal para cuidar dos destinos das instituições universitárias. A USP deve ter perto de 100 mil alunos, 15 mil funcionários e uns 6 mil professores. Esse colégio é inferior ao número total de votos obtidos pelos dois vereadores mais votados da cidade de São Paulo — faço essa lembrança só para lhe dar uma noção de grandeza.
Uma universidade, moça, não é uma corporação, um modelo muito próprio dos regimes fascistas — sim, eu sei que a diferença entre o fascismo e o socialismo é só de inflexão, não de essência. Outra foto de Danilo Verpa, da Folhapress, chamou a minha atenção. Vejam.
“Quem tem medo da democracia”? Não se trata de medo, mas de ódio. Os que recorrem à marreta como argumento certamente a odeiam. Os que querem cassar de 41 milhões um direito em nome dos interesses de uma minoria certamente a odeiam.
Ah, sim: os 400 invasores também decretaram uma “greve geral”. Isto mesmo: 400 decidiram que mais de 120 mil pessoas vão parar. Não vão, é claro! É só a minoria barulhenta se aproveitando do excesso de tolerância da maioria silenciosa. É só a truculência dos maus ocupando o espaço deixado pela omissão dos bons.
Por Reinaldo Azevedo

Toque de recolher /Cruzeiro / Atlético/ EB / Contraventor dorminhoco

Arrombamentos em série assustam comerciantes

02/10/2013 - Juiz de Fora


PC deteve quarteto, apreendeu arma e 300 pedras de crack

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Em carta a funcionários, Obama diz que paralisação nos EUA é injusta

01/10/2013 
Do G1, em São Paulo

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (1º) aos funcionários públicos federais dos EUA que a paralisação do governo era "completamente evitável" e que ele vai tentar convencer o Congresso a retomar as operações o mais breve possível.
Funcionário mostra cartaz em frente ao Capitólio, em Washington: "Faça o seu trabalho para que eu possa fazer o meu" (Foto: Larry Downing/Reuters)

Em uma carta publicada no site do Departamento de Energia, Obama elogiou os trabalhadores federais por seu serviço, e afirmou que "vocês fazem tudo isso em uma clima político que, muitas vezes nos últimos anos, tem tratado vocês como um saco de pancadas". Veja a íntegra.

"Essa paralisação era totalmente evitável. Isso não deveria ter acontecido", disse Obama na carta, em que colocou a culpa pela paralisação na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos.

Democratas e republicanos não chegaram a um acordo, e grande parte do setor público dos Estados Unidos será "paralisado" a partir desta terça-feira (1º). O Congresso precisava aprovar, até a meia-noite (1h de terça-feira no Brasil), um Orçamento para permitir os gastos federais, o que costuma ser feito com antecedência – mas o prazo terminou nesta segunda.

Sem esse orçamento, o governo federal vinha tendo seus gastos garantidos por permissões temporárias, chamadas de “resoluções continuadas”. A última, aprovada em março, expirou nesta segunda.

Com isso, os serviços considerados não essenciais devem ser paralisados, até que um acordo seja alcançado. Cerca de 800 mil trabalhadores federais serão colocados em licença não remunerada.

A medida tende a provocar, entre ouras consequências, o fechamento de museus e parques nacionais, prejudicar a emissão de passaportes, o processamento de impostos, o pagamento de benefícios os pagamentos de subsídios agrícolas e as concessões de empréstimos, entre outros. Nesta manhã, a Estátua da Liberdade, em Nova York, está fechada, bem como os museus de Washington.

Pouco antes da meia-noite, o Escritório de Administração e Orçamento do governo federal emitiu um memorando orientando as agências a executar planos para o fechamento ordenado dos serviços por falta de recursos.

Na conta do Capitólio no microblog Twitter, um aviso já informa que a mesma não será mais atualizada por falta de fundos.

Negociações
O impasse na aprovação do orçamento ocorreu porque os republicanos, que controlam a Câmara, se recusaram a aprovar uma nova permissão de gastos se não forem atendidos dois pedidos: adiar em um ano a entrada em vigor da lei de assistência à saúde do presidente Obama – o chamado “Obamacare” – e eliminar um imposto criado para financiar a cobertura de pessoas sem plano de saúde.

Essas pessoas devem começar a ser cadastradas nesta terça-feira. Os democratas, por sua vez, não querem mudanças no projeto de saúde.

O “confronto” entre os dois partidos durou até os últimos minutos. Por volta das 23h (horário dos EUA), o Senado, de maioria democrata, rejeitou o terceiro projeto temporário de Orçamento, aprovado 40 minutos antes na Câmara. Mais cedo, o Senado já havia rejeitado proposta semelhante, aprovada pela Câmara durante o final de semana.

Durante a tarde, o presidente dos EUA, Barack Obama, chegou a fazer um apelo nesta para que o Congresso impedisse a "paralisação" do governo americano. Segundo ele, o Congresso está agindo "no limite da irresponsabilidade".

"Isso não precisa acontecer", disse. "Deixe-me repetir. Isso não precisa acontecer”. "Manter o governo do povo funcionando não é uma concessão a mim. É a sua responsabilidade básica", acrescentou.

Obama lembrou que o governo federal é o maior empregador do país e que o fechamento iria ter consequências na economia.

Um grupo de republicanos dissidentes na Câmara chegou a colocar em votação um projeto que eliminava as exigências referentes à lei de assistência à saúde, que deveria ser bem recebido no Senado, mas a proposta falhou.

Nas últimas horas do embate, a maioria da Câmara chegou a oferecer a formação de um grupo de negociação, mas a proposta foi rejeitada pelos senadores.

A última vez que o governo dos Estados Unidos passou por uma paralisação semelhante foi em 1995/1996, quando os serviços não essenciais foram suspensos uma semana antes do Natal, por 26 dias, durante o governo do também democrata Bill Clinton.

Os serviços não essenciais devem permanecer paralisados até que o Congresso aprove um orçamento ou uma nova "resolução continuada", que forneça uma licença temporária para os gastos federais.

Militares
À espera da paralisação, Obama assinou, já durante a noite, uma medida para garantir que os membros das Forças Armadas sejam pagos.

Em mensagem gravada para as tropas, Obama afirmou que os militares continuarão com seus trabalhos normalmente.

"Nossas operações militares continuarão. Sei que os dias à frente podem ser mais incertos", afirmou. "Vocês e sua família são melhores que essa disfunção que estamos vendo no Congresso".

"Como nação, enfrentamos decisões orçamentárias difíceis", disse o presidente.

Polícia Militar teve de agir, cumprindo o seu papel. Apenas a ação dos depredadores merece ser classificada de “violência”; a polícia tentou foi impor a ordem

01/10/2013  às 5:43

Black blocs, os novos ídolos de Caetano, botam pra quebrar no Rio. E um texto espantoso publicado no “Globo Online”. Será que chegará o tempo em que teremos de fazer “mea-culpa” pelo apoio dado à democracia?

Os ídolos de Caetano Veloso botaram para, literalmente, quebrar no Rio, nesta segunda. Já chego lá. Antes, algumas considerações.
A greve dos professores da rede municipal há muito ultrapassou o limite de qualquer racionalidade, de qualquer razoabilidade. Já não há mais estratégia de negociação, a não ser o “quanto pior, melhor”, que é o horizonte escatológico dos grupelhos de esquerda que aparelham sindicatos, especialmente o de algumas categorias ligadas ao serviço público. As entidades representativas de professores, Brasil afora, costumam ser porosas a esse tipo de militância. A categoria se considera, antes de mais nada, agente de “conscientização” — seja lá o que isso signifique. O resultado é um desastre, também educacional. Na capital fluminense, os grevistas se tornaram uma espécie de grupo de resistência daquele movimento “fora Cabral” — absurdo nos próprios termos e antidemocrático. Ele foi eleito. Não chegou ao poder por meio de um golpe. Tenho de lembrar aqui que, durante uns bons anos, fui dos poucos, pouquíssimos, na imprensa a criticar com dureza o governador do Rio, especialmente a sua política de segurança pública, que caiu nas graças de alguns deslumbrados — parte deles, diga-se, agora desama Cabral. Saiu de moda. Virou sapato velho. Mas o meu ponto agora é outro.
O pau comeu nesta segunda porque os black blocs, aqueles que, segundo Caetano Veloso (ele não vai se desculpar?), “fazem parte” (de quê, “velho baiano”?), resolveram ser o braço armado do protesto dos professores — na verdade, do grupo da viração composto de militantes do PSOL, do PSTU e do PT e que falam em nome da categoria. Cada um escreva o que bem entender. Eu leio o que está escrito e digo o que acho. O Globo Online publica umareportagem espantosa a respeito. Depois que o jornal tornou público aquele mea-culpa sobre o apoio das Organizações Globo à ditadura militar, parece que até as fronteiras entre o legal e o ilegal, entre o violento e o pacífico, entre o certo e o errado se esvaneceram. Leio, por exemplo, o que segue (em vermelho). Prestem atenção ao que vai em destaque:
(…)
Policiais militares e cerca de 200 manifestantes entraram em confronto constantemente, provocando violência dos dois lados e depredação nas ruas e avenidas do entorno, começando os principais incidentes em torno das 20h30m na Avenida Rio Branco. Depois de participarem de um comício, um grupo de 300 pessoas saíram (sic) em passeata pela Rio Branco. Em frente ao Theatro Municipal, uma agência do banco Itaú teve vidraças quebradas, culminando no estopim (sic) para a confusão.
Os PMs correram para prender os manifestantes que apedrejaram o banco, masforam cercados por uma multidão e foram impedidos. Houve uma briga generalizada, com militares usando cassetetes nos manifestantes, que revidaram com pedras, paus e socos. Pelo menos um manifestante foi preso durante o tumulto, e o Batalhão de Choque da PM na Avenida Rio Branco usou uma bomba de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que estavam na Avenida Almirante Barroso.
(…)
Comento
Então ficamos sabendo que houve “violência dos dois lados”. Que feio! Mas, segundo o texto, o que “culminou no estopim” foi a depredação de uma agência bancária. Posso estar errado, mas parece que a “violência dos dois lados” poderia ser mais bem traduzida assim: vândalos resolveram depredar patrimônio privado e público (como se verá), e a Polícia Militar teve de agir, cumprindo o seu papel. Apenas a ação dos depredadores merece ser classificada de “violência”; a polícia tentou foi impor a ordem — uma das razões por que é paga pelo contribuinte fluminense. Mais: ainda cumprindo a sua obrigação, os PMs seguiram no encalço dos vândalos, mas “foram cercados”, não é isso? Em nenhuma democracia do mundo, policiais são tratados desse modo sem reagir. Se acontece, então é porque se vive na anarquia. Não vou explicar aqui os motivos. Quem não souber a razão que vá cantar lá na freguesia do PSOL ou do PSTU. Policiais não “usam cassetetes em manifestantes”. Não sei que diabo é isso. Segundo o relato, eles estavam cercados, e isso quer dizer que poderiam até ser linchados. Assim, por óbvio, os ditos “manifestantes” não estavam “revidando com pedras, paus e socos”, mas atacando os policiais — se revide havia, era dos PMs.
Não estou pegando no pé dos repórteres que redigiram o texto, não! Ocorre que o que vai acima é menos do que um relato, do que uma reportagem, do que sinal do espírito do tempo. Há textos que estão escritos antes mesmo de os fatos acontecerem. Isso é cada vez mais presente na imprensa brasileira, onde a Polícia Militar costuma estar errada, muito especialmente quando está certa. Em que democracia do planeta policiais são cercados por uma multidão e atacados com paus e pedras sem que haja consequências funestas? A que propósito atende esse tipo de abordagem? Sigo com um pouco mais do texto do Globo Online.
Antes de dispersar, o grupo ateou fogo em sacos de lixo e houve focos de incêndio na esquina da Rua México com a Almirante Barroso, e também na Avenida Graça Aranha. Em seis caminhonetes, o Batalhão de Choque saiu em busca dos arruaceiros, no Centro da cidade. O Corpo de Bombeiros apagou os fogos em todos os sacos de lixo. Por volta das 21h15, policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo e manifestantes correram na direção do Cine Odeon. Os PMs fizeram um cordão de contenção ao redor do prédio. Enquanto o comércio era fechado, quem estava nos bares e no Odeon gritava palavras de ordem e chamavam os policiais no local de covardes. A partir das 22h, a Avenida Rio Branco foi liberada em toda a extensão.
Em seguida, os black blocs se refugiaram na Rua Alcindo Guanabara, onde os professores estavam concentrados para aguardar a assembleia da categoria, marcada para as 10h desta terça-feira. A polícia lançou uma bomba de gás contra os black blocs, intoxicando e dispersando os professores. Um rapaz que atirou pedras contra policiais foi detido, mas logo em seguida foi liberado. Ele carregava consigo uma pequena quantidade de maconha. Advogados da OAB no local argumentaram que não havia provas dele ter sido o responsável pelas pedras e que a quantidade de entorpecente não era suficiente para efetuar uma prisão.
Comento
Um dia, quem sabe?, advogados da OAB do Rio ainda comparecerão à manifestação para proteger também os policiais, não é? Afinal, oito deles saíram feridos dos confrontos em razão da, como é mesmo?, “violência dos dois lados”. O maconheiro — ooops! Perdão, Excelência Usuário de Substância Considerada Entorpecente e Ilegal pelo Estado Autoritário — que jogou pedra contra os PMs logo foi protegido por um dos doutores de plantão, que decidiram, sabe-se lá com base em que bibliografia e em que noção de direito, que seu papel é proteger arruaceiros. Se o dito-cujo, então, porta uma quantidade de mato, aí, meus caros, a chance de ele ser elevado à condição de herói aumenta enormemente.
Espero que não chegue o tempo em que tenhamos de fazer um mea-culpa pelo apoio dado à democracia. Já estamos quase lá.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Espionagem? Sempre houve e sempre haverá, desde sempre.


Humberto Guedes

A respeito do chamado Marco Regulatório da Internet, em discussão na Câmara, com a devida vênia dos apreciadores do controle e da prevenção, a experiência ensina que os expertos, ah! esses sempre burlam, fraudar é sua índole, sua tara mesmo. E, numa palavra, inexiste bunker inexpugnável.

Deixando de lado o geral do marco civil, o quase nada que vi parece dar uma ar calvinista e produtivista à rede, cuja virtude maior é abrir espaço à mais estonteante atuação da inteligência, capaz de renovar a civilização, ao arrepio das mentalidades organizadas, institucionalizadas, esclerosadas, apodrecidas com suas velhas receitas.

Cumpre, sim, preservar o cidadão contra o Estado. Mas espionagem sempre houve e haverá, desde os chimpanzés – ou antes, a espreitada do predador, o olhar indiscreto do vizinho, enfim… O problema é deixarmos de ser idiotas e de externar nossa histeria, acreditando poder acabar com “o mal”. O outro sempre existirá. Veja-se os EUA do fim do século XVIII, quem diria tornar-se o que se tornou já em meados do século XIX?

CONQUISTAS DIÁRIAS

É preciso ter em mente que liberdade e segurança são coisas conquistadas diariamente, e não, tão-somente, garantidas por leis, elas têm valor diminuto no processo civilizatório.

Ora, ora, se querem proteger seus dados de variado valor estratégico, não os exponham numa rede vulnerável a crianças, aos nerds. Pais querem proteger seus filhos, não lhes deem acesso a computadores antes de idade para compreenderem os riscos. Não querem ter sua intimidade exposta, não posem para fotos íntimas, pois poderão acabar na rede etc…

INEVITÁVEL

O mundo lá fora pode ser muito mau, sim, ou bom, conforme a preferência, isso é inevitável.

Aos doutores e pós-doutores que não olham além de seus próprios modelitos, pois foram adestrados neles, o nicho do mundo que lhes coube no esquartejamento cartesiano, sob os nefastos princípios do especialismo e do racionalismo (logicismo formalista de viés matemático, quando não puramente matemático, com todo o embuste que o marca), ou seja duplamente idiotizados, e que se pensam protegidos pela militarização do cotidiano, somente resta convidá-los para os sábios “viva e deixe viver” e te cuide que a vida não pode ser baile de debutantes.

Pretender um mundo asséptico é o mesmo que querer as luzes sem sombras, alimentos sem esterco, não passa de delírio arrogante, fundo de paranóia e maniqueísmo. É preciso saber conviver com o outro, ele é complementar do real.

Melhor sem lei, pois a prova é meramente virtual, fragilizando sobremaneira a defesa de algum perseguido, ou bode expiatório, suprimindo a um magistrado a capacidade de avaliação do fato, senão do que técnicos lhe apresentem. Isto é perigosíssimo.