sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Capitão da PM usuário de drogas é suspeito de envolvimento em assaltos na capital

15/08/2013 22:37 Atualização: 16/08/2013 08:04

Entre segunda e quarta-feira desta semana, o Estado de Minas publicou as histórias de dez mineiros usuários de crack. Droga barata que avança sobre todas as classes sociais, destruindo famílias. E é o vício em crack que pode estar por trás do desvio de conduta de um capitão da Polícia Militar, detido em flagrante suspeito de envolvimento em pelo menos dois assaltos a padarias na capital mineira. A dependência química o afastou do trabalho na corporação e, agora, ele será investigado pela Corregedoria pelos roubos a mão armada.

Identificado apenas como capitão Malheiros, o militar foi detido na noite dessa quarta-feira na Região Noroeste de Belo Horizonte. Acompanhado por outro homem, cuja identidade não foi revelada, ele conduzia um carro que foi usado em um assalto a padaria ocorrido na terça-feira e outro na noite de quarta, horas antes do flagrante. Ambos os crimes ocorreram na Região de Venda Nova e as vítimas afirmaram que o carro dele, reconhecido formalmente, foi usado na fuga dos assaltantes nas duas ocasiões.

O capitão é lotado no Centro Integrado de Comunicações Operacionais (Cicop), mas, segundo a PM, ele está afastado do trabalho desde que foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar quando a corporação descobriu que ele é usuário de drogas. O afastamento se deu para que ele fizesse tratamento médico para se livrar do vício do crack.

A informação recebida pela reportagem do EM.com.br indica que o capitão foi flagrado em um ponto de venda e consumo de drogas. O chefe da assessoria de imprensa da PM, Coronel Alberto Luiz, nega. Segundo ele, o capitão estava dirigindo o carro, que estava sendo rastreado após o assalto dessa quarta-feira, quando foi abordado. O Coronel não divulgou mais detalhes da abordagem.

O capitão e o homem que o acompanhava foram levados para a Delegacia Seccional Noroeste. Segundo a PM, ambos foram liberados após registro da ocorrência porque as vítimas não os teriam reconhecido como autores do crime. Entretanto, uma fonte ouvida pela reportagem garante que a caixa da padaria o reconheceu, afirmando que ele a rendeu com arma em punho. A Polícia Civil, que registrou a ocorrência, disse não poder comentar o assunto, já que envolve policial da outra corporação.

Ainda segundo a PM, embora o capitão não tenha sido reconhecido pelas vítimas, apenas o carro usado nos assaltos, a Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar a suposta atuação dele em assaltos a estabelecimentos comerciais.
Daniel Silveira
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/08/15/interna_gerais,435852/capitao-da-pm-usuario-de-drogas-e-suspeito-de-envolvimento-em-assaltos-na-capital.shtml

Zoológico apresentou cachorro como Leão e foi fechado

'Reconstrução erétil é impossível', diz especialista sobre pênis decepado

16/08/2013 
Do G1 Santos

O homem de 28 anos que teve o pênis decepado pela própria esposa após uma traição continua internado em um hospital de Santos, no litoral de São Paulo. Mas, segundo um especialista da Sociedade Brasileira de Urologia, será impossível reconstruir o órgão com todas as funções e o homem não conseguirá mais ter relações sexuais. A agressão ocorreu na última semana e a mulher foi detida em flagrante.

O crime aconteceu após o homem ser flagrado na cama tendo relações sexuais com um outro homem. A mulher dele foi presa logo em seguida. A vítima chegou a ser atendida em uma unidade de saúde da cidade, mas o pênis não foi reimplantado. O paciente não corre risco de morte, está utilizando uma sonda, mas os médicos ainda não sabem qual será o procedimento que será adotado.

Paulo Tadeu Dib, médico urologista e membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e da Associação Americana de Urologia (AUA), acredita que o caso é praticamente irreversível. Segundo o especialista, o pênis poderia ser emendado, se a cirurgia fosse feita minutos depois do acidente porque, segundo ele, o pênis começa a necrosar em algumas horas. Mesmo assim, as chances do implante darem certo seriam pequenas. “Se desse certo, ele não voltaria a ter a função da ereção”, explica Dib.

No caso do jovem de Santos, não é possível realizar a cirurgia porque já se passou muito tempo do corte do órgão. O homem não conseguirá mais ter ereção e nem ter relações sexuais. “Reconstrução erétil é impossível. O nervo que causa a ereção foi lesado. Para readquirir a parte circulatória e do nervo é quase impossível”, afirma o médico. Já em relação à urina, o médico explica que de acordo com o comprimento da uretra ele vai urinar em pé ou sentado.

Mesmo não tendo a possibilidade de reconstrução do pênis, o homem tem uma alternativa apenas para melhorar a aparência já que as funções não voltarão. “Nesse caso tem que fazer o neo-pênis, feito por retalho de pele da região pélvica e do abdômen para construir, mas fica muito grosseiro, nunca vai ser parecido com o normal. Não tem função, é só para a aparência”, explica Dib.

Para ter filhos, a melhor opção seria consultar uma clínica de reprodução humana. Já que a única maneira de ter filhos é por inseminação, fazendo a fecundação in vitro ou inseminação em trompa, já que os testículos da vítima foram preservados.

O homem continua internado em um hospital de Santos. O urologista afirma que, já que o rapaz está recebendo atendimento médico há vários dias, não existe mais a possibilidade de vir a falecer. A preocupação, nesse momento, deve ser com algum tipo de infecção que pode ser adquirida no hospital e que poderia agravar o caso.

As religiões e os limites do marxismo

16/08/2013 -  
Vittorio Medioli

A humanidade se compõe de indivíduos das mais diferentes categorias, raças, espécies. Alguns acreditam num deus, outros negam o deus dos outros. Existem ainda aqueles que, em nome de uma religião, matam e se matam. Também se encontra quem não acredite em nada mais que matéria, tangível e pesada.

A morte para estes é o fim, mas para alguns é começo de nova e melhor vida, da imortalidade do espírito que se desprende do homem que habitou enquanto palpitava.

O marxismo provavelmente é o primeiro movimento assumidamente ateu na história. Nem no diabo acredita ou a ele se associa. O social-comunismo hegeliano para fundamentar o materialismo que nega o espírito adotou as teses do fisiólogo Ivan P. Pavlov, reduzindo assim o homem a um mamífero bípede mais evoluído que a besta, mas igualmente reagente às situações externas em conformidade com experiências vividas anteriormente.

O conceito é árido, cabe numa dúzia de palavras e incinera bibliotecas infindáveis que registram o esforço do homem para se elevar acima das brumas da ignorância. O ateísmo é geneticamente imoral, pois a moral se liga à religião, e a possibilidade de uma presença divina remete ao Bem pregado nas religiões.

Pavlov se notabilizou pelo exemplo do cão e da sineta. Quer dizer: pega-se um cão e joga-se um punhado de areia na boca dele, tocando ao mesmo tempo uma sineta; de imediato o cão reagirá com grande secreção salivar, babando, para se livrar do incômodo arenoso. Simples. Repita-se a dose por três dias seguidos, e no quarto dia, apenas ao toque da sineta, o cão passará a secretar baba como se tivesse sido atingido pela areia.

HOMEM PAVLOVIANO

O homem pavloviano não vive, mas reage conforme um conjunto de experiências anteriores que o determinam. Se alguém quer que outro não roube, será apenas punindo-o. Ele se absterá assim pelas pauladas que recebe no ato de roubar.

Negado o espírito, a morte dissolve o homem, e ele apenas sobreviverá na memória cerebral de quem ainda palpita. Ponto final.

Pavlov era fisiólogo, intuitivo, correto na análise do aspecto físico e na análise das reações comuns aos mamíferos que possuem glândulas salivares, apetites e desejos sexuais.

O marxismo nega o aspecto da psique superior, elo do físico com o espiritual, ou da parte mais sutil, elevada e intangível do ser humano. O ateu no homem não encontra espaço que possa ser entendido como “O Reino de Deus Está em Vós”, de Leon Tolstoi.

De certa forma, o marxismo acaba dando às religiões a função de enganar o homem e inventar uma esfera divina. Quem passou além do Muro de Berlim antes de 1989 notava como a ausência da tese divina empobrecia tremendamente o sistema, o fragilizava e ainda apagava o fogo da utopia do homem bom, substituindo-a pelo homem de partido, que respeita não por crença, mas por medo e conveniência.

As transgressões no sistema materialista não eram contra a lei divina, permanente e onipresente nas religiões, mas contra uma máquina estatal que se baseava no princípio de comuna. Podemos, assim, voltar a Pavlov e entenderemos que os limites do marxismo, que inspira muitos políticos, reduz absurdamente ao fascinante mundo em que o homem evolui “o Reino” em que avança passo a passo rumo ao infinito divino.

IMORALIDADE

Onde faltam pressupostos que elevam o homem a ser moral, não há restrição à imoralidade. O sistema que não tem em sua origem uma lei divina negará a honestidade como dever superior, apenas como forma restritiva eventual. Tente-se assim viver nesse sistema, e se sentirá quanto é sofrível.

Uma sociedade ateia, que alguns definem como laica, é uma sociedade na qual falta pressuposto de convivência moral. A moralidade não é sublimada por decretos, é uma condição que se liga à origem divina do homem e a uma consciência.

Precisaria explicar mais para as crianças que quem rouba, faz sofrer, dilapida e ainda quem desperdiça vive numa condição que antecede a outra bem superior. É um primitivo, que desconhece a moral como atributo de quem carrega uma parte de Deus em si.

Dizem os sábios que feliz é quem encontra a paz, e essa está em não desejar outra coisa que aquilo que temos em nós.

Assim, assumir a moralidade como condição de vida é como contrair casamento com uma mulher. Sócrates, a quem lhe perguntava se era melhor casar-se ou não, respondia: “Em ambos os casos, você se arrependerá”. (transcrito de O Tempo)

Charge de Pelicano- Genoino

16/08/2013 - Pelicano - Bom Dia São Paulo

Lewandowski e Barbosa quase saem no tapa por causa de um bispo…

16/08/2013  
 às 4:01

Lewandowski e Barbosa quase saem no tapa por causa de um bispo… Imaginem quando chegar a hora do recurso de Dirceu, o “papa”… Ou: De um lado, chicana, sim; do outro, destempero

Vocês viram, ou leram respeito, o bate-boca entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Vou começar por censurar quem estava com a razão técnica, embora isso tenha perdido relevo para o seu temperamento irascível. Eu, que escrevo sobre essas coisas, até posso afirmar que Lewandowski estava fazendo chicana — isto é, atuando com o intuito deliberado de retardar o julgamento. Mas Barbosa? Não lhe cabe dirigir esse tipo de acusação a um colega, por mais que discorde dele. O julgamento está sendo transmitido ao vivo, os jornais, sites e blogs estão aí, tudo está aos olhos de todo. Mas Barbosa é quem é. Mesmo quando no exercício da chefia do Poder — e isso recomenda especial contenção —, põe o homem acima da cargo. A atuação de Lewandowski, com a devida vênia, é mesmo exasperante, para ser delicado. Mas não cabe ao presidente do tribunal acusar um membro da corte de fazer chicana. Ainda que Lewandowski estivesse a fazer… chicana!
Qual é o busílis?
Os ministros discutiam um embargo de declaração do ex-deputado do PL Bispo Rodrigues. Ele foi condenado por corrupção passiva (3 anos) e lavagem de dinheiro (3 anos e seis meses). O Congresso endureceu a pena para corrupção em novembro de 2003, quando foi aprovada a Lei 10.763. A pena mínima passou de 1 para 2 anos, e a máxima, de 8 para 12. Muito bem: é direito do réu ser processado pela lei que vigia quando o crime foi cometido.
O que alega Rodrigues? Que os acordos financeiros entre o PL e o PT foram celebrados no fim de 2002, na vigência, portanto, da lei mais branda. Ocorre que os pagamentos foram efetivamente feitos quando já vigorava o novo texto. Antes que avance, uma nota: se Rodrigues não foi condenado à pena máxima, mas só a três anos, por que a reclamação? Porque a dosimetria é pensada tendo como base a pena mínima, a partir da qual se aplicam os agravantes e atenuantes. Sigamos.
Esse assunto já tinha sido debatido pela corte e, por unanimidade, escolheu-se, conforme súmula do próprio STF, aplicar a lei mais dura. REITERO: POR UNANIMIDADE, COM O VOTO DE LEWANDOWSKI! Ora, ainda que o acordo tivesse sido celebrado antes, se o dinheiro não tivesse sido repassado, nem mesmo teria havido o crime. Mas foi. E na vigência da nova lei. Assim, razão para Barbosa se exasperar, convenham, havia. Mas não poderia ter reagido como reagiu. Ele estrilou ao perceber que Lewandowski estava prestes a acolher o embargo — seria provavelmente voto vencido. Celso de Mello tentou contemporizar. Transcrevo o rebu:
Celso de Mello – Os argumentos são ponderáveis. Talvez pudéssemos encerrar essa sessão e retomar na quarta-feira. Poderíamos retomar a partir deste ponto específico para que o tribunal possa dar uma resposta que seja compatível com o entendimento de todos. A mim me parece que isso não retardaria o julgamento, ao contrário, permitiria um momento de reflexão por parte de todos nós. Essa é uma questão delicada.
Barbosa – Eu não acho nada ponderável. Acho que ministro Lewandowski está rediscutindo totalmente o ponto. Esta ponderação…
Lewandowski – É irrazoável? Eu não estou entendendo…
Barbosa – Vossa Excelência está querendo simplesmente reabrir uma discussão…
Lewandowski – Não, estou querendo fazer justiça!
Barbosa – Vossa Excelência compôs um voto e agora mudou de ideia.
Lewandowski – Para que servem os embargos?
Barbosa – Não servem para isso, ministro. Para arrependimento. Não servem!
Lewandowski – Então, é melhor não julgarmos mais nada. Se não podemos rever eventuais equívocos praticados, eu sinceramente…
Barbosa – Peça vista em mesa!
Celso de Mello – Eu ponderaria ao eminente presidente, talvez conviesse encerrar trabalhos e vamos retomá-los na quarta-feira começando especificamente por esse ponto. Isso não vai retardar…
Barbosa – Já retardou. Poderíamos ter terminado esse tópico às 15 para cinco horas…
Lewandowski – Mas, presidente, estamos com pressa do quê? Nós queremos fazer justiça.
Barbosa – Pra fazer nosso trabalho! E não chicana, ministro!
Lewandowski – Vossa Excelência está dizendo que eu estou fazendo chicana? Eu peço que Vossa Excelência se retrate imediatamente.
Barbosa – Eu não vou me retratar, ministro. Ora!
Lewandowski – Vossa Excelência tem obrigação! Como presidente da Casa, está acusando um ministro, que é um par de Vossa Excelência, de fazer chicana. Eu não admito isso!
Barbosa – Vossa Excelência votou num sentido, numa votação unânime…
Lewandowski – Eu estou trazendo um argumento apoiado em fatos, em doutrina. Eu não estou brincando. Vossa Excelência está dizendo que eu estou brincando? Eu não admito isso!
Barbosa – Faça a leitura que Vossa Excelência quiser.
Lewandowski – Vossa Excelência preside uma Casa de tradição multicentenária…
Barbosa – Que Vossa Excelência não respeita!
Lewandowski – Eu?
Barbosa – Quem não respeita é Vossa Excelência.
Lewandowski – Eu estou trazendo votos fundamentados…
Barbosa – Está encerrada a sessão!
Lewandowski, o reincidente
Não dá! Uma corte suprema não pode se dar a esses desfrutes. Isso é ruim para o tribunal e para o país.
Lewandowski, cumpre notar, é reincidente nesse tipo de prática. Lembram-se do primeiro dia do julgamento? Por duas vezes, no curso do processo, COM O SEU VOTO, o tribunal se recusou a desmembrar o processo. Negou-se, amparado na lei, a enviar para a primeira instância os réus que não tinham foro especial. E o que fez o ministro no primeiro dia do julgamento?
Votou a favor de um recurso preliminar de Márcio Thomaz Bastos para… desmembrar o processo! Vale dizer: também ali, a exemplo do que fez nesta quinta, Lewandowski votava contra Lewandowski. Seu voto, então, que deveria ser um improviso, já que, em tese, ninguém sabia que Bastos entraria com esse pedido, tinha… 70 páginas! Foram mais de duas horas votando sobre uma questão preliminar, acatando-a, que ele próprio já havia por duas vezes recusado.
Como presidente do TSE, o ministro fez uma das considerações mais duras que já li contra a Lei da Ficha Limpa. Tempos depois, ele se tornou o mais entusiasmado defensor dessa mesma lei.
O bate-boca de ontem, que quase chega a sopapos nos bastidores se deu por causa de um bispo… Imaginem quando chegar a vez de Dirceu, o “papa”…
Por Reinaldo Azevedo

Um dos criminosos mais procurados pela polícia japonesa é preso no interior de Minas Gerais

15/08/13 -  DA REDAÇÃO

A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde desta quinta-feira (15), o brasileiro Edilson Donizete Neves, 50, o homem mais procurado do Japão. O suspeito foi encontrado em um sítio na cidade de Bom Jesus da Cachoeira, na Zona da Mata Mineira.

Segundo a polícia, o homem não resistiu à prisão após ser abordado. Ele ficará na Superintendência da Polícia Federal e não será extraditado para o Japão por ser brasileiro.

Edilson é acusado de estrangular e matar a namorada Sônia Ferreira Sampaio Misaki, 41, e os filhos dela, Hiroaki, 15, e Hiroyuki, 10. O crime ocorreu em 2006 na cidade de Shizuoka. Um dia após as mortes, o homem viajou para o Brasil. Ele teria fugido do Japão para escapar da pena de morte naquele país.

Desde então, o nome dele estava na Difusão Vermelha, e passou a ser o criminoso mais procurado pela polícia japonesa.
Jornal O Tempo

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Agora são os black blocs que usam gás de pimenta contra a polícia.

15/08/2013  às 13:19

Agora são os black blocs que usam gás de pimenta contra a polícia. Mas os coleguinhas continuam apaixonados por aqueles que querem espancá-los

Vejam esta foto, de autoria de Daniel Teixeira, publicada na primeira página do Estadão de hoje. Volto em seguida.
No texto desta madrugada, afirmo que a cobertura dos jornais seria favorável aos manifestantes. Acertei, claro! No Rio e em São Paulo. Nas duas cidades, manifestantes mascarados decidiram partir para a porrada. São tratados com simpatia pelos jornalistas. Até o dia, suponho, em que essa gente decida invadir redações, TVs, rádios etc. Aí talvez a coisa mude. Mas não é assim tão certo. Bater em jornalistas, nas ruas, eles já batem. Os profissionais são obrigados a esconder a sua identidade; cinegrafistas de emissoras foram banidos das manifestações — têm de trabalhar com celular. Nem assim o ânimo dos “companheiros” da imprensa muda. Vai ver muitos coleguinhas gostariam de estar mascarados, vestidos de negro, botando pra quebrar. Até nas guerras, em que as duas partes entram para matar ou morrer, jornalistas costumam ter salvaguardas. Usam coletes e costumam ser protegidos pelos lados em conflito. Os nossos revolucionários são mais severos. Se descobrirem um “agente da mídia burguesa infiltrado” no movimento, eles lincham. Se virem o carro de alguma emissora de TV, eles incendeiam.
E se sentem à vontade para fazer isso porque sabem que estão sendo tratados como heróis pelo jornalismo online. E têm ainda a garantia da impunidade. No dia seguinte, algum “inteliquitual” alternativo tentará explicar, em páginas impressas, o justo direito à rebelião, como se o Brasil fosse uma ditadura.
Agora a foto
Previ que haveria fotos em que a Polícia Militar seria caracterizada como algoz. Elas existem, é evidente. Mas a coisa sempre pode ser pior. O que vocês veem lá no alto é um manifestante, em São Paulo, todo vestido de negro, mascarado, usando spray de pimenta contra os policiais. A democracia demorou alguns séculos até estabelecer que forças restritas, sob controle, têm o monopólio do uso legítimo da força. Mas eles não têm compromisso com essa tal democracia, não.
“Fúria revolucionária”
A Folha de hoje traz um texto com um registro muito eloquente. Leiam trecho (em vermelho):
(…)
Com brincos e alargadores de orelha, lenço preto cobrindo e o rosto e um camiseta da banda punk britânica “The exploited”, foi quebrando coisas pelo caminho. Arrancou uma lata de lixo suspensa e jogou contra um ônibus.
“É a fúria revolucionária!”, gritava. “Tenho três filhos em casa, de 10, 12 e 14, deixei a janta na mesa e vim pra cá quebrar tudo”, disse ele, que disse ser um anarcopunk da zona leste.
“Já quebrei uma porrada de coisa hoje, porque esse sistema é uma m… Democracia não existe, shoppings são uma mentira, bancos são uma mentira”, disse.
“Tá vindo a viatura, vaza!”
O grupo de “black blocs” e anarcopunks continuou correndo pelo viaduto Dona Paulina. Na avenida Liberdade, quebraram os vidros e picharam uma agência bancária do Itaú e a loja de cosméticos Ikesaki.
Encerro
Duas perguntas:
1) que sistema de governo satisfaria as vontades e os anseios deste rapaz?
2) que sistema de governo poderá contê-lo?
Por Reinaldo Azevedo

A OAB no Rio envergonha e enxovalha o estado de direito; virou babá de mascarados que espalham o terror na cidade

15/08/2013 às 13:49

As polícias civil e militar do Rio de Janeiro se desentenderam ontem em meio ao caos. Um delegado ameaçou dar voz de prisão a policiais militares. Volto ao assunto depois. O meu ponto agora é outro. Escrevo este post para lastimar a nefasta, escandalosa e estupefaciente atuação da OAB no Rio. O que os doutores de lá entendem por estado de direito? O que entendem por democracia? O que entendem por império da lei? O que se passa, afinal de contas, naquele estado, particularmente na cidade?

Vejam esta foto, de autoria de Fernando Frazão (ABR). Volto depois.

Voltei
São os mascarados de sempre, vestidos de negro, que, invariavelmente, partem para a pancadaria. Não foi diferente ontem. Eles costumam compor a linha de frente dos protestos contra o governador do Rio, com o lema “Fora Cabral” — e já passou da hora de o tal “jornalismo investigativo” tentar saber quais são as mãos que balançam esse berço. Motivos para protestar contra Cabral existem. Motivo para simular um cenário de pré-insurreição, não! Isso só pode ser uma mistura de delinquência política com crime comum.

Pois bem. Representante da OAB agora deram para acompanhar as manifestações e, tão logo se fazem as detenções — de pessoas que estão cometendo atos contra a lei, é bom que se diga —, lá estão os doutores para cobrar a libertação imediata dos detidos.

Pergunto à OAB do Rio:
- quem, numa democracia, cobre o rosto num protesto?;
- quem, numa democracia, entende que a violência encurta o caminho das conquistas?;
- quem, numa democracia, considera virtuoso partir para o quebra-quebra?

“Todo mundo tem o dirito de cobrir o rosto.” Claro que sim! Mas de partir para a porrada, não! Eu quero saber qual é o manual de direito que hoje orienta os companheiros da Ordem na cidade. Eu quero saber se eles defendem que esse comportamento se repita também nos tribunais. Eu quero saber se, quando chegar a hora de eleger a nova diretoria da entidade, eles aceitarão que advogados mascarados, vestidos de negro, eventualmente se imponham pela força, na base da pancadaria, da pichação e do quebra-quebra.

Advogados são operadores do direito. Se falam em nome da OAB, expressam-se, então, como uma das vozes autorizadas para a defesa do estado de direito. A Ordem é uma entidade de natureza privada, sim, mas que tem uma dimensão pública — afinal, ser aprovado no seu exame, por exemplo, é precondição para que o bacharel possa ser, enfim, advogado. A OAB não é um mero clube de jacobinos, que pode atuar segundo os impulsos, conceitos e preconceitos de seus dirigentes de turno.

Uma coisa é combater a violência da polícia e prisões arbitrárias, e todos estamos de acordo com isso. Outra, distinta, é tentar impedir os policiais de fazer o seu trabalho, protegendo brucutus que se escondem no anonimato.

A pergunta que tem de ser feita, a esta altura, é uma só: a que interesses atende, no momento, a OAB? A menos que o estado de direito vista máscara; a menos que o estado de direito promova o quebra-quebra; a menos que o estado de direito não reconheça o direito de ir e vir; a menos que o estado de direito reconheça a deposição, sem processo legal, de um governante democraticamente eleito, uma coisa se pode garantir: não é a esse estado de direito que serve a OAB.

Encerro dizendo que não adianta vir com nhenhenhém, com chororô, a reclamar que o blogueiro é reacionário e coisa e tal. Estou cantando e andando. Eu fiz perguntas. Eu quero saber quais são os artigos da Constituição que garantem a mascarados o direito de sair quebrando tudo por aí, de invadir e depredar prédios públicos e privados e de, ao fim, com o concurso da OAB, restar impunes.

Por Reinaldo Azevedo

Caminhão carregado com 1 tonelada de maconha era escoltado por BMW em Lavras

15/08/2013
PF suspeita que droga seria levada para Juiz de Fora
CAROLINA CAETANO

A Polícia Federal (PF) apreendeu 1 tonelada de maconha que estava escondida entre sacos de cebola e prendeu o caminhoneiro que transportava a droga, na madrugada desta quinta-feira (15), na BR-265, em Lavras, no Sul de Minas. O crime foi descoberto após os agentes federais desconfiarem de uma BMW que, aparentemente, escoltava o caminhão.

O carro de passeio foi interceptado em um posto de combustíveis da rodovia e, ao perceberem a chegada dos policias, os criminosos, que estavam na bomba de abastecimento, fugiram no sentido São João del Rei. Durante a fuga, eles atropelaram um agente da PF, que sofreu ferimentos leves. Até o fim da manhã desta quinta-feira, os suspeitos ainda não tinham sido localizados.

A PF suspeita que a droga saiu de São Paulo e tinha como destino Juiz de Fora, na Zona da Mata. O motorista preso e a maconha apreendida foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal de Varginha, na mesma região.