quinta-feira, 25 de julho de 2013

PM apreendeu 42 papelotes de cocaína

25 de Julho de 2013 - Juiz de Fora
Imagem ilustrativa
Rua José do Patrocínio - Mundo Novo 
Nas primeiras horas desta quinta-feira(25), policiais militares suspeitaram das atitudes de um indivíduo.

Ao perceber que seria abordado o suspeito  empreendeu fuga em desabalada carreira e lançou ao solo um objeto, que ao ser vistoriado continha vinte papelotes de cocaína.

Ao ser interceptado foram arrecadados dois papelotes de cocaína .

Na grade de um imóvel foram arrecadadas outros vinte papelotes de cocaína. 

O autor,19, recebeu voz de prisão em flagrante delito e a ocorrência foi registrada na delegacia de Polícia Civil.

VIOLÊNCIA - Contagem apresenta índices preocupantes

Trabalhadoress sofrem com falta de segurança e da criminalidade na rua Tom Jobim

PUBLICADO EM 22/07/13 -Jornal Otempo

O número de ocorrências de crimes violentos em Contagem subiu de forma considerável. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o índice elevou 25% comparado ao mesmo período de 2012.

Os crimes de homicídio consumado e tentado, sequestro e cárcere privado, roubo consumado, extorsão mediante sequestro, estupro consumado e tentado fazem parte dessa estatística. No primeiro semestre de 2012, 3.519 crimes foram registrados pela Polícia Militar na cidade. Neste ano, entre janeiro e junho, o número subiu para 4.392.

Cidade Industrial
Na região do bairro Cidade Industrial, roubos têm acontecido com frequência neste ano. Uma repórter do jornal O TEMPO foi assaltada, na noite da última quarta-feira (17), quando saía da redação. Carolina Caetano estava em um ponto de ônibus da avenida Babita Camargos quando dois homens, a pé, se aproximaram e anunciaram o assalto. Nervosa, a jornalista ofereceu a bolsa aos suspeitos, mas eles exigiram que ela mesma abrisse e passasse os pertences de valor. Quando entregou um celular e R$ 20 em dinheiro, um dos homens ainda a ameaçou, tirando a arma da cintura: "Você só tem esses vinte reais? Se eu mexer aí e tiver mais alguma coisa, o que é que eu faço com você", disse. Em seguida, os dois fugiram, tranquilamente, no sentido praça da Cemig. Carolina voltou à empresa e pediu ao segurança que acionasse a Polícia Militar (PM), que chegou 15 minutos depois. 

De acordo com os militares do 39º BPM, o patrulhamento no bairro é feito de forma regular. No entanto, a precária iluminação pública e o fato de a região ser cercada por indústrias faz com que ocorrências desse tipo sejam recorrentes.

Há menos de uma semana, Anderson Rocha, outro repórter de O TEMPO, foi assaltado na mesma avenida, ao sair do trabalho. Dele, os suspeitos levaram o carro e um celular. 

Outro caso aconteceu há cinco meses, quando o jornalista Luiz Cabral foi surpreendido por um homem armado, que lhe exigiu as chaves do carro, também no entorno do Jornal. A vítima estava com os vidros abaixados no momento da abordagem, e foi atingida por uma coronhada no rosto. "O homem pedia para que eu puxasse o freio de mão. A intenção dele era entrar no carro, mas em um momento de distração dele, acelerei e consegui fugir", disse Cabral, arrependido por reagir a um assalto, sabendo dos riscos que correu.

Muitos outros profissionais do veículo de imprensa já tiveram carros arrombados e furtados na redondeza, especialmente na avenida Tom Jobim.

Minas Gerais
No Estado, em dez anos, o número de homicídios cresceu 80,7%. Enquanto em 2001 foram registrados 2.344 casos, em 2011 foram 4.235. Os dados são do “Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil”, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, e traz comparações entre o período de 2001 e 2011.

No estudo, Minas aparece na contramão da região Sudeste, como o único a ter aumento no número de crimes. No Rio de Janeiro e em São Paulo, houve queda de 37,9% e 64,2%, respectivamente. Na região Sudeste como um todo, o declínio foi de 40,1%.

Quando o assunto é a violência contra jovens, Minas também se destaca de forma negativa. No período, houve um crescimento de 77,5% no número de homicídios na faixa etária de 14 a 25 anos. Na média do país, a violência contra os jovens também subiu. Considerando só os casos de homicídios, o aumento chega a 326,1%. Em 2011, a população brasileira entre 14 e 25 anos no país era de 34,5 milhões de pessoas. Entre os mortos nesta faixa etária, 73,2% dos casos foram de forma violenta.

Com o aumento da criminalidade, Minas iguala alguns de seus índices a São Paulo e Rio de Janeiro, onde historicamente as ocorrências eram maiores.

Dupla foi detida com maconha e por desobediência (resistência)

25/07/2013 - Juiz de Fora 
Rua Clóvis Jaguaribe - Santa Efigênia
Nessa quarta-feira(24), por volta das 18:20 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de tráfico de drogas.

Quando em patrulhamento observaram que Erick,18, empreendia fuga e tentava dispensar dois invólucros contendo maconha.

Foi abordado e no interior de sua residência foram arrecadadas mais duas porções de maconha.

Leandro,32, recebeu voz de prisão em flagrante delito por resistir à ação policial.

A ocorrência foi lavrada na delegacia e os autores assinaram o TCO.

Duas vítimas de facadas foram encaminhadas ao HPS

25/07/2013 - Juiz de Fora 

Avenida Francisco Bernardino - Vila Ideal
Nessa quarta-feira(24), por volta das 20:40 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de lesão corporal.

A vítima,34, narrou que no interior de um bar o autor conhecido pela alcunha de 'Esquilo" teria injustamente lhe desferido uma facada na altura da orelha, evadindo-se.

A Guarnição PM encaminhou a vítima ao HPS, onde recebeu atendimento médico e alta hospitalar.

Beco Diva Garcia - Linhares
Nesta quinta-feira(25), por volta das 04:25 h, policiais militares atenderam outra ocorrência de lesão corporal.
A vítima,26, Fem, narrou que seus familiares lhe agrediram fisicamente com socos, chutes e uma facada no braço esquerdo.
Foi medicada no HPS e permaneceu em observação.

As ocorrências foram registradas nas delegacias da Polícia Civil.

Recém-nascida foi abandonada no Democrata - Atualização

25/07/2013 - Juiz de Fora

Rua Muriaé - Democrata
Nessa quarta-feira(24) , por volta das 23:00, a solicitante,33, narrou aos policiais militares que ouviu choros na parte externa de sua residência.

Foi verificar e deparou com uma lactente abandonada, juntamente com uma bolsa, contendo materiais para a criança.

Havia também um bilhete mencionando para chamar a lactante de Maria Clara.

O Conselho Tutelar se fez presente e adotou os procedimentos pertinentes.

A ocorrência foi registrada na delegacia e a Polícia Civil se encarregará das investigações.

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Tribuna de Minas - ATUALIZADO
A recém-nascida encontrada na porta de uma residência no Bairro Democrata na noite de quarta-feira (24), foi entregue, na tarde desta quinta, a um casal que esperava na fila para adoção. De acordo com o coordenador do Comissariado de Menores da Vara da Infância e Juventude, Maurício Gonçalves Alvim, o bebê foi pego na casa da auxiliar administrativa Suzana Martins Nogueira, 33 anos, que a encontrou, e levado para a Vara. A menina foi registrada sem o nome dos pais e, segundo ele, o processo de adoção já foi iniciado. 

A menina de apenas 1 mês foi encontrada na noite de quarta-feira (24) na varanda de uma casa no Bairro Democrata, Zona Norte. Segundo boletim de ocorrência, Suzana acionou a Polícia Militar. Conforme o relato, por volta de 23h, era possível ouvir um barulho semelhante ao choro de uma criança. Ao sair de sua residência, a moradora verificou se tratar de um bebê. Ao seu lado, uma bolsa com fraldas e produtos de higiene. No interior desta, estaria, ainda, uma carta possivelmente da mãe. O Conselho Tutelar esteve no local e acompanhou o caso. De acordo com o documento oficial, Suzana assinou um termo de responsabilidade para que a menina passasse o restante da noite em sua casa, visto que ontem o Conselho não teria apresentado um local adequado para abrigá-la.

Furtos/ Roubos e prisões no Centro de JF em 24/07/2013

25/07/2013 - Juiz de Fora
Rua Santo Antônio
Nessa quarta-feira(24), por volta das 15:15 h, policiais militares registraram uma ocorrência de roubo.
A vítima,15, narrou que dois autores lhe seguraram pelos braços e com o uso de forca física subtraíram sua jaqueta, um aparelho celular, uma pulseira e um cordão. 
Rua Batista de Oliveira 
Por volta das 20:20 h, dois indivíduos teriam subtraído R$ 400 de uma lanchonete.
A vítima,33, forneceu as características físicas dos autores e as ações dos meliantes foram filmadas pelo circuíto interno.
A ocorrência foi registrada na delegacia.

Rua Saint Clair de carvalho
Por volta das 20:50 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de furto em um ferro-velho.

A vítima,53, narrou que percebeu a presença de "intrusos" em seu estabelecimento comercial.

Três indivíduos tentaram evadir, mas foram abordados pelo policiais militares:
Rafael José Miranda, 23, Fábio Clementino, 27, e Márcio Braga Sampaio, 45. 

A res furtiva foi recuperada e na casa do Márcio os policiais arrecadaram drogas, balança e materiais usados para acondicionar/embalar drogas.

Na delegacia o trio teve suas prisões ratificadas e foram recambiados para o sistema prisional onde permanecerão à disposição da justiça.

Viatura do Corpo de Bombeiros é baleada por criminosos em Santos

25/07/2013 
Do G1 Santos
Viatura do Corpo de Bombeiros é baleada em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi baleada por criminosos no final da tarde desta quarta-feira (24) em Santos, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu na Via Anchieta e até o momento ninguém foi preso.

O carro alvejado é um veículo administrativo, utilizado pelo comandante do Corpo de Bombeiros da Baixada Santista. Ao todo, foram dois tiros, um acertou o porta-malas e o outro acertou um dos pneus traseiros.

O crime aconteceu por volta das 17h, na Via Anchieta, próximo ao bairro Jardim São Manoel. No momento da ação, o trânsito estava parado e três suspeitos encapuzados e armados assaltavam os motoristas. Ao ver a viatura, que voltava da capital paulista, eles se assustaram, atiraram quatro vezes e fugiram. Na hora, apenas o condutor estava dentro do carro dos bombeiros.

Posteriormente, ao inspecionar o veículo, peritos da Polícia Civil encontraram uma bala no porta-malas. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e será investigado pela equipe do 5° Distrito Policial de Santos. Até o momento, ninguém foi preso.

Libertadores 2013 - Atlético Mineiro é o Campeão - Eu acredito deu certo

25/07/2013
No Mineirão o Galo venceu por 2X0, no tempo normal. 
Na prorrogação não houve gol.
Nos pênaltis Atlético sagra-se Campeão.4 x 3
Olimpia perdeu duas penalidades.


Título inédito - Campeão da América 

O Olimpia catimbava e rifava a bola. 

Cuca colocou Rosinei, no lugar de Pierre. E logo no primeiro minuto do segundo tempo, o meio-campista tentou o cruzamento, Pittoni furou e Jô não perdoou: 1 x 0 para o Atlético.

No fim da partida, faltando cinco minutos, o zagueiro Leonardo Silva mandou a bola para as redes na única jogada que o Atlético teve ao longo da partida: a bola alçada na área. 2x0.

Com um jogador a mais em campo, Manzur havia sido expulso na segunda etapa, O Galo massacrou o Olimpia durante o tempo extra. Só que a bola insistia em não entrar. A trave voltou a colaborar com os visitantes, ao tirar o doce da boca do capitão Réver.

Os pênaltis
Victor se adiantou bastante e defendeu, com os pés, a primeira cobrança, de Miranda. 
Alecsandro converteu o primeiro gol do Galo. 
Ferreyra marcou para o Olimpia. 
Guilherme deixou novamente os donos da casa na frente. 
Candia bateu em seguida e empatou. 
Jô, com categoria, fez o terceiro do time de Cuca. 
Aranda empatou em seguida. 
Leonardo Silva marcou o quarto da equipe mineira. 
Gimenez mandou a última cobrança no travessão e ocorreu o inédito título.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Papa diz que liberar uso da droga não vai reduzir impacto da dependência

24/07/2013 
Do G1 Rio
A visita ao centro para tratamento de dependentes na capital fluminense foi a segunda agenda de Francisco no dia. Pela manhã, ele esteve em Aparecida e celebrou missa no Santuário Nacional.

De volta ao Rio, encontrou mais de mil convidados que aguardavam, debaixo de chuva e frio, a cerimônia de inauguração do centro médico. Francisco foi recepcionado por ex-dependentes e discursou pedindo apoio para aqueles que caíram na "escuridão da dependência".
Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química"

Papa Francisco
Francisco foi enfático ao condenar o debate sobre a liberação do uso das drogas e apontou a necessidade de encontrar outros caminhos. "Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química", afirmou.

"É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz no uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constróem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança para o futuro", afirmou.

O Pontífice começou seu pronunciamento afirmando que o hospital que visitava era um "particular santuário do sofrimento humano". Ele citou São Francisco como modelo de conduta: ele deixou bens materiais para optar pelos pobres. Para o Papa, lembrando que os católicos precisam também abraçar os sofredores. "Precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidades, como fez São Francisco."

Entretanto, Papa advertiu que este não é o valor que prevalece na sociedade e relacionou o tráfico com o mercado "da morte". "Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo. A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem", disse.

Em uma mensagem direta aos dependentes que ainda não conseguiram buscar tratamento, disse que é preciso que eles sejam protagonistas da sua vida. "Ninguém pode fazer a sua vida no seu lugar. (...) Não deixem que vos roubem a esperança. Mas digo também, não roubemos a esperança. Pelo contrário, nos tornemos portadores de esperança."

Na solenidade, o estudante Francisco entregou uma imagem de São Francisco feita por um ex-dependente que se tratou no hospital. O prédio desativado, de 1947, vai comportar 80 leitos, mas só deve ser aberto em agosto.

Gota no oceano
Antes de falar, Papa ouviu discurso de Dom Orani, arcebispo do Rio. "Aqui se concentram vários trabalhos de prevenção, recuperação e inserção para pessoas adictas. Recordando o compromisso da mãe Igreja com seus filhos que sofrem", comentou Orani. "Sabemos que este trabalho é uma gota no oceano. Peço sua benção para esta obra, para os irmãos que aqui trabalham e para os que vão se recuperar por meio desta rede", disse o arcebispo.

Emocionados, ex-dependentes químicos deram testemunhos na cerimônia de inauguração do centro de reabilitação. Receberam abraços do Papa. Frei Francisco, diretor do hospital, apresentou ao Papa a missão do centro para tratamento dos dependentes químicos. "Santo Padre, a lepra dos nossos dias se chama droga", disse. "Peço que nos ajude a construir uma Igreja mais serva, mais irmã, mais ouvinte", disse o Frei. O Papa recebeu, então, flores e uma escultura feita por internados na instituição.

Aparecida
Em Aparecida (SP), o Papa mobilizou e comoveu milhares de pessoas nesta quarta. Ele celebrou sua primeira missa aberta ao público desde que chegou ao Brasil, e os 12 mil lugares dentro da Basílica foram ocupados logo cedo. Mesmo com a forte onda de frio, muitos fiéis dormiram ao relento para guardar lugar e conseguir ficar perto do Papa. Ele pediu que os jovens construam “um país e um mundo mais justo, solidário e fraterno” e anunciou sua volta à cidade em 2017.

Francisco chegou a Aparecida por volta das 10h15 – após fazer uma viagem de avião do Rio de Janeiro a São José dos Campos e de helicóptero até Aparecida. Após descer no heliponto do Santuário, Francisco seguiu de papamóvel por um curto caminho até a entrada da Basílica, acompanhado do cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno de Assis. Muitas pessoas tentaram se aproximar do carro aberto durante o trajeto, e o Papa chegou a beijar uma criança.

Sua primeira parada no Santuário foi a Capela dos 12 Apóstolos, onde teve um momento de veneração da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ele foi acompanhado de diversos religiosos. O Papa tem uma devoção mariana muito forte, e costuma visitar igrejas dedicadas à mãe de Cristo. Ele fez uma oração na qual citou a jornada, e mostrou bastante emoção.

Em seguida o Papa se dirigiu para o altar da Basílica, em um cortejo com cardeais brasileiros e de outros países, além de bispos. O Papa apresentou a imagem de Nossa Senhora para os fiéis e iniciou a missa, celebrada em português.

A liturgia da missa desta quarta foi a mesma da celebrada todos os dias 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida – foi decidido manter as leituras tradicionais da data. O Evangelho – uma leitura do livro de João, tratou do primeiro milagre atribuído a Jesus, a transformação de água em vinho durante um casamento em Caná da Galileia, com a presença da mãe de Cristo.

Durante o Evangelho, Francisco pediu que os pastores do povo de Deus, pais e educadores sejam responsáveis por transmitir aos jovens valores para construir “um país e um mundo mais justo, solidário e fraterno” a partir de posturas “simples”. Francisco também pediu que a juventude seja encorajada e considerada um “motor potente para a Igreja e para a sociedade”.

Benção
Após a celebração, o papa seguiu para a Tribuna Bento XVI, do lado de fora da basílica, onde abençoou os milhares de fiéis que o esperavam. Francisco pediu desculpas por não falar “brasileiro”, disse que falaria em espanhol e de desculpou novamente. Em todos os intervalos de suas falas, foi ovacionado pelo público.

“Uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós. Ela nos quer e nos cuida”, disse o Papa, antes de pegar a imagem de Nossa Senhora em suas mãos e apresentá-la aos fiéis, abençoando-os.

Em seguida, pediu novamente que todos rezassem por ele – uma tradição em seus discursos e uma das primeiras frases ditas por ele quando foi eleito papa. “Eu peço um favor, com jeitinho, rezem por mim. Necessito. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês. Até 2017, porque eu vou voltar”.

Em 2017, o Santuário Nacional vai comemorar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba. O pontífice foi convidado para participar da celebração pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, e disse ter aceitado.
Pouco antes, quando o pontífice ainda tentava deixar o altar da Basílica, sua conta no Twitter publicou uma mensagem pedindo que os jovens não se esqueçam que a “a Virgem Maria é a nossa Mãe, e é com a sua ajuda que podemos permanecer fiéis a Jesus”.

Trajetos
Após deixar a tribuna, o Papa seguiu de papamóvel aberto – mesmo com o frio – até o Seminário Bom Jesus. O trajeto incluiu parte do estacionamento do Santuário e algumas ruas de Aparecida, e foi todo isolado por grades, para que o público não avançasse sobre o Papa como aconteceu em sua primeira aparição no Rio de Janeiro. Muitos seguranças também cercaram o carro durante todo o trajeto.

O trajeto de 1,1 quilômetro foi acompanhado por milhares de pessoas. No seminário, o Papa almoçou um cardápio bastante simples e regional, composto de salada de alface e tomate, purê de batatas, carne de panela, arroz e feijão, além de doce de abóbora e doce de leite de sobremesa. O almoço foi acompanhado por cerca de 60 pessoas, incluindo parte de sua comitiva e alguns seminaristas.

Ainda no Seminário Bom Jesus, o Papa abençoou uma imagem de oito metros de Frei Galvão que foi retirada da entrada da cidade de Guaratinguetá (SP) especialmente para a benção papal.

Um príncipe nascido em forma de matuto-flor

Sanfoneiro e cantor encarnou o lado sensível da música regional nordestina

Trecho de Tenho sede, de Dominguinhos e Anastácia: “Traga-me um copo d’água, tenho sede / e essa sede pode me matar. / Minha garganta pede um pouco d’água / e os meus olhos pedem o teu olhar”.
Reinado absoluto. O sanfoneiro toca em Caruaru em 2007

“O sertanejo é antes de tudo um forte”, sapecou Euclides da Cunha em “Os sertões”. Os desavisados reconhecerão na definição o protótipo do cangaceiro, do cabra macho, do matuto destemido que não leva desaforo para casa. Ledo engano. Como o próprio Euclides deixou claro, essa força não reside na coragem, na valentia ou no destemor, mas repousa na improvável força interior contida no termo euclidiano Hércules-Quasímodo. O sanfoneiro, compositor e cantor Dominguinhos encarnou o lado sensível, belo e pungente dessa força, contrapondo-o à valentia da cabroeira que dormia ao relento e lutava contra as tropas da lei e da ordem. Lampião era o sertanejo-mandacaru. Dominguinhos, o matuto-flor: a flor que brota do cacto com a beleza protegida pela agressividade bélica dos espinhos.

Desde cedo ungido príncipe da música regional nordestina que o Rei Gonzaga fundou e sustentou com o rebuliço mágico dos 180 baixos de sua sanfona, o garoto de Garanhuns, Pernambuco, cruzou as veredas da vida sem trocar de patente nem de coroa: sempre foi menino, sempre foi príncipe. Consciente da majestade de seu Lua, legitimada pela dimensão universal de sua herança, a grandeza dele, caudatária da simplicidade, o tornou herdeiro perpétuo, impedindo-o de subir ao trono com o desaparecimento físico do criador do forró. Não se confunda, contudo, essa simplicidade com complexo de inferioridade ou desconhecimento do próprio potencial que levou Gonzaga a lhe transferir sanfona, cetro, reinado e gibão. Nada disso: mantendo-se na infância, ele preservou o segredo da beleza e da variedade da obra que o fundador trouxe das brenhas para transformar no ponto de contato e de solidariedade dos deserdados da seca no bulício das metrópoles.

Em Dominguinhos comungavam a humildade dos mansos de espírito e a altivez dos gênios que reconhecem seu valor ao identificá-lo não nas glórias da fama, mas na consciência da fidelidade a sua grei, que a retribui com um amor mudo, sincero e pleno, que vai além do aplauso fácil. Este reconhecimento passou, é claro, pela unção real, mas se confirmou em todos os contatos que o artista manteve com seu público, gente com quem partilhava as mesmas origens e com quem se comunicava pela mudez de cúmplices egressos dos mesmos roçados nos quais a necessidade e a escassez tornam a solidariedade gênero de primeira necessidade. Esse povo aprendeu a linguagem das pausas longas e o reconhecimento da labuta na textura áspera da pele da palma da mão acostumada com a soleira que ofusca e a aridez do solo de pouca água.

Se o Rei do Baião fez de Asa Branca, com a letra do urbano Humberto Teixeira, o hino da diáspora nordestina pelo mundo afora, o príncipe da sanfona compôs em Lamento Sertanejo, com a letra-síntese de Gilberto Gil, negro e interiorano qual Gonzaga, a saga do retirante aculturado. “Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação, / eu te asseguro, não chore não, viu, / eu voltarei, viu, pro meu sertão”: Gonzaga e Teixeira cantaram o mito da volta do homem à terra, bastando que caia a chuva do céu. “Por ser de lá, / na certa por isso mesmo, / não gosto de cama mole, / não sei comer sem torresmo. / Eu quase não falo, / eu quase não sei de nada. / Sou como rês desgarrada / nessa multidão boiada caminhando a esmo“ – na melodia de Dominguinhos Gil decretou a saga de um Ulisses-Quasímodo que não retorna a Penélope, mas faz do desassossego solitário o jeito de ficar onde estiver, construindo Ítaca em si mesmo.

A Odisseia do cantor do vale do Araripe, nos confins onde Pernambuco acaba no Ceará, foi registrada no percurso do peixe em Riacho do Navio, com letra do parceiro Zé Dantas, partindo do Atlântico na direção do paraíso idílico perdido nas margens do riacho da Brígida, contra a correnteza. Essa busca do cordão umbilical enterrado na porteira do curral avoengo se expressa na utopia do desterrado: “Pra ver o meu brejinho, / fazer umas caçada, / ver as ‘pegá’ de boi, / andar nas vaquejada, / dormir ao som do chocalho / e acordar com a passarada, / sem rádio e sem notícia / das terra civilizada”.

A Ilíada do sanfoneiro da “Suíça nordestina” mantém o desterrado no desterro, universo transportado de Garanhuns para os guetos nordestinos nas metrópoles – o Brás em São Paulo, o Campo de São Cristóvão no Rio… Nesses lugares, o cavalo de madeira transporta o retirante para os ambientes urbanos, tornando-o uma espécie de extra-terrestre adaptado aos hábitos e à cultura da Troia que desconhecia. O retirante pede água, busca o amor e vai ficando: a obra de Dominguinhos é a consciência de que todo lugar é sertão e o sertão é aqui mesmo, reconhecido nas manchas de suor tornadas mapas da solidão que virou ritual de encontro. Como cantou em Tenho sede, com letra de Anastácia, sua mulher e parceira de origem: “Traga-me um copo d’água, tenho sede / e essa sede pode me matar. / Minha garganta pede um pouco d’água / e os meus olhos pedem teu olhar”.

(Publicado na Pag.D03 do Caderno 2 do Estado de S. Paulo de quarta 24 de julho)