quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cerca de 300 pessoas se refugiam em prédio da URFJ no Rio; ACOMPANHE

20/06/2013


Manifestantes temem ser presos; polícia não pode entrar no prédio, que é federal. Mais de 1 milhão vão às ruas em protestos no país: SIGA EM TEMPO REAL.

Acompanhe, minuto a minuto, o segundo dia de protesto em Juiz de Fora

Não é pelos 20 centavos, claro! Ainda bem! Vejam o preço da cerveja e os smartphones…

20/06/2013 às 14:01

Há fotos que realmente valem por mil palavras, como se diz por aí, a exemplo desta, de Daniel Teixeira, na primeira página do Estadão de hoje. Vejam.

Esse é o povo (!) do “Movimento Passe Livre”. Não são mesmo a cara da pobreza? Daqui a pouco, essa gente ganha um quadro de humor no Zorra Total… Eles estavam num bar, no centro de São Paulo, assistindo ao anúncio da redução da tarifa.

Como são estudantes, pagam meia passagem. No fim do mês — e na hipótese de que andem de ônibus —, economizarão R$ 4,40. Com esse dinheiro, não conseguem comprar nenhuma das cervejas anunciadas na tabela. A mais barata custa R$ 5.

O rapaz de camiseta branca segura na mão esquerda um iPhone. A que está em primeiro plano também usa um smartphone com uma capinha descolada.

Era uma quarta-feira gorda. Pelo visto, ninguém ali pega no batente, embora todos já sejam bem maduros, não é? Vivem de quê?

Há duas formas de uma pessoa brigar por uma causa: a necessidade e a convicção. Necessidade, obviamente, eles não têm. Então são dotados de convicção. Por convictos, embora não precisem daquilo, então devemos considerar que aderiram a uma causa política, certo? E fazem, pois, política. Tratá-los como representantes do povo e legítimos representantes de usuários é, antes de mais nada, uma fraude jornalística.

Por Reinaldo Azevedo

Leia também:
Pedro Abramovay, vocês sabem, é o chefão no Brasil da organização internacional de petições chamada “Avaaz”. Ele já deixou claro que só ficam no site as petições com as quais o grupo concorda. O rapaz é advogado, ex-secretário nacional de Justiça e prosélito entusiasmado de várias causas. As mais notórias são a descriminação de todas as drogas e uma mudança de tratamento ao chamado “pequeno traficante”.Clique sobre e saiba + 

Polícia Civil desmonta quadrilha que adulterava cerveja

20 de Junho de 2013 - Juiz de Fora
Por Tribuna

Uma operação da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, realizada na manhã desta quinta-feira (20), desmontou um esquema de adulteração de cerveja em Juiz de Fora. Três homens de 19, 20 e 47 anos foram detidos e uma adolescente,15, foi encaminhada à delegacia. 

Segundo o delegado Rogério Woyame, responsável pela ação, as investigações culminaram no fechamento de um imóvel usado para adulteração do produto, na Avenida JK, no Bairro Barreira do Triunfo, Zona Norte. 

Ao chegar ao local, os policiais flagraram dois suspeitos saindo do depósito em uma Kombi com 24 engradados para entrega. Dentro da casa, estavam a adolescente e um terceiro homem que também faria parte do esquema. 

Conforme informação da polícia, a quadrilha comprava cerveja de menor preço e colocava o rótulo e a tampa de marcas mais caras. De acordo com o delegado, a bebida adulterada era comercializada em bares e restaurantes da Zona Norte e do Centro da cidade.

Foram apreendidos mais 120 engradados além de máquinas para a falsificação. 

Os homens detidos podem responder por estelionato e formação de quadrilha. A Civil irá investigar se há outras pessoas envolvidas no crime e, se o proprietário do imóvel alugado para ação tem participação no grupo.

Policial recusando a obedecer ordem

20/06/2013 - Centro de Juiz de Fora amanhece pichado

"PM apoia o movimento e dá garantias de que ele ocorra em um ambiente de paz", diz comandante

Chamar o Batman? Não adianta mais....

Protestos impulsionam indústria do gás lacrimogêneo

20/06/2013 
Da BBC Brasil

Protestos impulsionam indústria do gás lacrimogêneo (Foto: AFP)

Em meio à crise econômica e às várias medidas de austeridade adotadas por vários países, especialmente no Ocidente, um setor da indústria está se dando bem: os fabricantes de gás lacrimogêneo.

Desde a Primavera Árabe (iniciada no final de 2010), o mercado de segurança interna no Oriente Médio teve um aumento de 18% em seu valor, chegando próximo aos 6 bilhões de euros (R$ 17,4 bilhões) em 2012.

Usado por forças de segurança do mundo inteiro para dispersar manifestações, as bombas de gás lacrimogêneo também tiveram destaque recente nas imagens da evacuação do Parque Gezi em Istambul no último fim de semana e da repressão aos protestos em diversas cidades brasileiras contra o aumento das tarifas de transporte público e os gastos excessivos na organização da Copa do Mundo 2014.

Egito e Tunísia estão aumentando suas compras de equipamentos para controle de distúrbios no momento em que negociam empréstimos com o FMI para cobrir seus buracos orçamentários.

Na zona do euro, afetada pela crise financeira, as coisas não são muito diferentes. O orçamento de 2012 do governo espanhol de Mariano Rajoy enfrenta cortes em praticamente todas as áreas, mas em equipamentos antidistúrbios o gasto passa de cerca de 173 mil euros a mais de 3 milhões em 2013.

A pesquisadora Anna Feigenbaum, que investiga a história política do gás lacrimogêneo na Universidade de Bournemouth, na Grã-Bretanha, acredita que a austeridade e o aumento dos gastos com segurança interna andam de mãos dadas.

'Com a austeridade houve uma intensificação dos protestos e do uso do gás lacrimogêneo. Nesse sentido, a Grécia está na vanguarda', disse à BBC. Para a indústria do gás, nada como as crises econômico-sociais.

A Turquia é um dos casos com mais cobertura midiática, mas um mapa ( ) dos protestos no mundo onde o gás lacrimogêneo foi usado, elaborado por Feigenbaum, mostra a expansão do mercado desde janeiro de 2013.

Como se pode ver no mapa, os protestos contidos com o uso do gás vão desde manifestações contra o estupro de uma mulher na Índia a protestos dos estudantes no Chile e dos professores no México, ou de trabalhadores na França e na Espanha.

Fabricantes
A organização internacional War Resister League (Liga dos Resistentes à Guerra, em tradução livre), que tem uma campanha específica contra o gás lacrimogêneo, identificou a presença de empresas americanas como Combined Systems Inc., Federal Laboratories e NonLethal Technologies da Argentina até a Índia; de Bahrein, Egito e Israel a Alemanha, Holanda, Camarões, Hong Kong, Tailândia e Tunísia.

A brasileira Condor Non-Lethal Technologies, uma das principais provedoras da Turquia, vende seus produtos a 41 países.

Durante a Primavera Árabe, empresas americanas exportaram 21 toneladas de munição, o equivalente a cerca de 40 mil unidades de gás lacrimogêneo.

Em termos de manejo de protestos, nada mudou com a democratização egípcia. Esse ano, o ministério Interior encomendou cerca de 140 mil cartuchos de gás lacrimogêneo ao mesmo elenco de exportadoras americanas.

Em fevereiro, o porta-voz do Departamento do Estado americano, Patrick Ventrell, defendeu o outorgamento de licenças para a exportação a essas empresas, dizendo que o gás lacrimogêneo 'salva vidas e protege a propriedade'.

A empresa brasileira Condor Non-Lethal Technologies usa argumentos semelhantes.

'As tecnologias não letais são projetadas para incapacitar temporariamente as pessoas sem causar danos irreparáveis ou morte. Seus efeitos são totalmente reversíveis. De acordo com uma recomendação da ONU em 1990, a polícia tem de fazer um uso proporcional da força por meio de armas não letais em consonância com os direitos humanos e o respeito à vida', disse um porta-voz da companhia à BBC.

A expressão 'não letal' aparece no nome e marca de muitas companhias. Mas o uso dessa expressão é contestado por especialistas e grupos defensores de direitos humanos, que também questionam a relação próxima entre a indústria, as forças militares e de segurança e governos, que permitiu que o uso do produto fosse se consolidando como arma repressiva favorita ao longo das últimas décadas.

Normalização
Na Primeira Guerra Mundial, o gás lacrimogêneo era classificado como arma química. Mas a partir daí, entrou um cena a força do lobby industral-militar-governamental, como explicou Anna Feigenbaum.

'Por pressão dos governos e das corporações, mudou-se o nome de 'arma química' a 'irritante químico' ou 'instrumento de controle de distúrbios'. Isso produziu uma normalização. O gás que começou a ser usado no 'controle de multidões' na década de 30 se generalizou a partir dos anos 60', disse.

Uma pesquisa pedida pelo governo britânico sobre o uso de gás lacrimogêneo no fim dos anos 1960 na Irlanda do Norte contribuiu de forma particularmente significativa para essa normalização.

A investigação concluiu que não havia perigo nem para mulheres grávidas, nem para idosos, uma afirmação duramente criticada pela Anistia Internacional e pela ONG Médicos pelos Direitos Humanos.

Ambas as organizações sustentam que não é preciso ser mais velho ou estar grávida para sentir efeitos 'irreversíveis' dessas armas não letais. Entre as mortes mais recentes atribuídas ao uso de gás lacrimogêneo figuram a do adolescente Ali Al-Shiek Bahrain no ano passado e a do palestino Mustafa Tamini no final de 2011.

'Surpreende que, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos aprovam o fornecimento de armas a rebeldes sírios por causa da suposta evidência de ataques químicos ordenados pelo governo de Assad, (os Estados Unidos) tolerem a exportação de gás lacrimogêneo. Nenhum governo deveria aprovar ou pagar pelo uso de armas químicas', disse à BBC Mundo Kimber Heinz, da ONG Liga dos Resistentes à Guerra.

Documento comprovaria que Polícia Militar tinha ordens para não intervir na ação de vândalos

19/06/2013
 
Após oito ligações para polícia, comandante do 1º batalhão, tenente-coronel Baião, determinou que a polícia não interviesse na manifestação
PUBLICADO EM 19/06/13 - 17h21
MÁBILA SOARES

Um documento divulgado nas redes sociais, nesta quarta-feira (19), comprova que a Polícia Militar (PM) tinha ordens expressas para não intervir na ação de vândalos, durante a manifestação na praça Sete, no centro de Belo Horizonte. Três agências bancárias foram destruídas, uma loja de celulares saqueada, além de pichações, muita sujeira e vidros quebrados.

Segundo o registro de ocorrência da própria corporação, às 23h16 foi feita a primeira ligação para a polícia para informar sobre a destruição de uma agência do Itaú. Um minuto depois, um funcionário da Central de Segurança do banco fez outro contato denunciando a invasão de vândalos, que iniciavam a destruição do estabelecimento. Às 23h19, quando começaram a roubar computadores da agência, foi feita um novo chamado.

Às 23h20, vândalos atearam fogo na agência. Duas novas solicitações foram feitas seis minutos depois, sendo uma delas de uma funcionária da central de monitoramento do banco. Às 23h33, após oito ligações para a polícia, o comandante do 1º batalhão, tenente-coronel Baião, determinou que a polícia não interviesse na manifestação, até que fosse dada uma nova ordem.

Nesta quarta-feira, o tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação da Polícia Militar, tentou explicar a falha. Em entrevista à repórter Laura Lima, da TV Alterosa, ele disse desconhecer o documento.Segundo ele, os policiais acompanhavam a situação por videomonitoramento, por isso, demoraram a deslocar o batalhão de choque para reprimir os vândalos.

"Nós estávamos ali posicionados estrategicamente, principalmente com as atenções voltadas para pontos considerados sensíveis e pontos que pudessem ser considerados de risco. Nossa avaliação foi adotar a seguinte postura tática: nós iríamos acompanhar, mesmo por que, os próprios manifestantes adotaram a postura de evitar que esses vândalos continuassem atrapalhando o movimento. O Batalhão de Choque estava em pontos estratégicos. Demoramos o tempo necessário de mobilizar a tropa de choque, embarcá-la e com número maior de policiais nós deslocamos para a praça Sete. Foi o que aconteceu. Inclusive, reagimos à injusta agressão", afirmou o tenente-coronel.

Em relação ao documento, o militar demonstrou desconhecimento. "Esse documento não sei a procedência dele. Foi redigido por quem? Nós não demos ordem para a Polícia Militar agir dessa forma. De maneira alguma. Eu, inclusive, no momento mais crítico dessa atuação, estive em contato intenso com o comandante do 1º batalhão, que determinou, inclusive, que policiais que estavam no hipercentro de Belo Horizonte pudessem se aproximar para resgatar profissionais da imprensa que estavam encurralados em um estabelecimento comercial. Viaturas Rotam foram acionadas e chegaram antes do Batalhão de choque", concluiu.

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com o coronel diversas vezes, mas ele não atendeu as ligações.

O coronel Divino Pereira de Brito, chefe do Estado Maior da Polícia Militar, disse que a PM foi pega de surpresa com o fato de os manifestantes terem se dispersado durante os protestos e que a depredação aconteceu quando os militares voltavam da praça da Liberdade. Ainda de acordo com o coronel, em nenhum momento houve ordem para que os policiais não fossem até o local. “Esse retardo que houve no atendimento não foi por orientação e nem proposital. Foi uma circunstância do momento, porque jamais haveria uma orientação para que não atuássemos”, afirmou.

Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (19) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na qual foi definida a criação de uma comissão mista para avaliar os acontecimentos decorrentes das manifestações, o procurador José Antônio Baêta afirmou que acredita que houve omissão por parte da PM.