domingo, 5 de maio de 2013

Tático Móvel da 70ª Cia apreende motocicleta utilizada em crimes na Zona Leste

Placa correta                    Placa adulterada













Durante Operação Policial de Patrulhamento em Área de Risco desencadeada nos bairros Santa Cândida e São Benedito, pela equipe Tático Móvel 01 da 70ª Cia PM (Sgt William, Sd Serrezzuelle e Sd Malatesta), receberam informações do Sd Barreto, de folga, que Gilmar F. de O, vulgo "Nem Galinha", autor de diversas ocorrências policiais como tráfico de drogas e homicídios na sub área da 70ª Cia PM, estaria homiziado em um lote na Rua Jorge Raimundo, nº 160, o qual, é utilizado como estacionamento de suas motocicletas utilizadas nos crimes e possivelmente estaria guardando armas. 

Os policiais deslocaram para o local, realizaram adentramento e fizeram varredura, não obstante "Nem Galinha" não foi localizado. Entretanto, uma motocicleta que se encontrava encostada na parede chamou a atenção. 

Ao consultar a placa do veiculo, HKK-2818, verificou-se um veículo motocicleta da Cidade de Contagem-MG com marca diferente. 

Verificaram a placa do veiculo e ficou constatado que foi utilizado fita isolante, alterando a placa, sendo a verdadeira placa HKI-2918, a qual, consta no sistema ISP/COPOM veiculo furtado na data de 16/04/2013, registrado no REDS nº795018 furto ocorrido na Rua Américo Lobo n°2.239 - Progresso. 

A motocicleta foi removida pelo guincho e a ocorrência registrada na delegacia.

Militares da 70ª Cia apreenderam armas no Progresso

Durante  a Operação Policial denominada " Batida Policial" em Zona Quente de Criminalidade, (ZQC), nos bairros São Benedito e Santa Cândida, a equipe de militares da 70ª Cia , juntamente com o Tático Móvel recebeu informações que havia ocorrido uma extorsão no bairro progresso. 
Durante o patrulhamento quatro indivíduos que avistaram a viatura, evadiram por uma escada próxima ao campo de futebol do Progresso, momento que tentaram cercá-los pelo campo, onde os mesmos desceram por uma trilha sendo acompanhados pelos policiais, quando os autores jogaram algo no meio do matagal e evadiram-se, não sendo possível acompanhá-los. 
Durante as buscas nas proximidades onde os autores haviam jogado algo, foi localizado pelo soldado Malatesta uma das armas apreendidas. 
Ao dar continuidade nas buscas, lograram êxito em localizar outra arma. Autores não foram localizados e material encaminhado a 7ªdrpc. 

Parabéns aos militares: 

Tático Móvel da 70ª Cia PM 
Sgt William, Sd Barreto, Sd Serrezzuelle e Sd Malatesta 

Equipe de Operações Policiais 70ª Cia PM 
Cap Barreto, Asp Fábio, Sgt Anderson, Cb Geovany, Sd Arcuri 

GPMor 70ª Cia PM 
Sub Ten Alcinei, Sd Fernandes 

Adolescente foi assassinado, dois jovens lesionados e dois suspeitos conduzidos nesta madrugada

05/05/2013 - Juiz de Fora 
Ilustração
Avenida Brasil - Rua Carlos Otto - Costa Carvalho
Neste domingo(5), por volta das 03:40 h, policiais militares registraram que ouviram vários disparos de arma de fogo.
Durante as averiguações depararam com a vítima W.F.M,17, atingida no tórax por projetil de arma de fogo.
A jovem A.C.M.P.26, e o jovem J.L.D.J,20, apresentaram-se aos policiais militares com ferimentos causados por projeteis de arma de fogo.
As vítimas foram encaminhadas ao HPS, sendo que o adolescente não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Testemunhas apontaram Roldyney C.S,19, como autor dos disparos, que recebeu voz de prisão em flagrante delito e o menor infrator J.R.S,16, foi apreendido, pois foi visualizado portando a arma, que foi arrecadada.
O representante legal do menor infrator acompanhou o desenrolar da ocorrência.
Na delegacia foi lavrado APF.

PM recaptura foragido da justiça no Monte Castelo

05/05/2013  - Juiz de Fora 

Rua Expedicionário Antônio Novaes  - Monte castelo 
Nesse sábado(4), por volta das 10:00 h, policiais militares suspeitaram das atitudes de um indivíduo.
Leonardo F, 37, foi abordado e constava em seu desfavor um Mandado de prisão em aberto.
Foi conduzido à 7ª DRPC sendo encaminhado ao sistema prisional. 

PM prendeu jovem que portava 4 pedras de crack

05/05/2013 - Juiz de Fora 
Rua Aníbal Paiva Garcia - Vila Ozanam
Nesse sábado(4), por volta das 17:25 h, PMs abordaram A.M.M,18, que conduzia uma motocicleta e tentou se desvencilhar de um invólucro de plástico.
Foram arrecadadas 04 pedras de crack e a motocicleta removida.
Na delegacia foi lavrado o TCO.

PM apreendeu armamento e prendeu dois homens no Linhares

 05/05/2013 - Juiz de Fora 
Ilustração
Rua Dr Moacyr Castro Xavier - Linhares
Nesse sábado(4), por volta das 17:50 h, policiais militares apreenderam no interior de uma residência 01 revólver de calibre 32, 10 munições do mesmo calibre e três munições de calibre 38.
A.S.R,64, e M.J.G,59, receberam voz de prisão em flagrante delito e as prisões foram ratificadas na delegacia. 

Fazendeiros dizem que Funai cria índios para `roubar´ terras

Publicado no Jornal OTEMPO em 05/05/2013
BERNARDO MIRANDA
Enviado especial

FOTO: DOUGLAS MAGNO
Resgate. Para o cacique Glayson, há provas da presença de índios antes da chegada dos fazendeiros

Pompéu e Martinho Campos. A recente delimitação da reserva indígena Caxixó, nos municípios de Martinho Campos e Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, coloca em lados opostos 40 fazendeiros da região e cerca de cem trabalhadores rurais já reconhecidos como indígenas, mas que ainda enfrentam o desafio de resgatar uma cultura que nem mesmo seus antepassados conheciam. 

Em 26 de março, a Fundação Nacional do Índio (Funai) delimitou 5.411 hectares como reserva indígena - área equivalente ao tamanho de 19 parques dos Mangabeiras. Para ser oficializada, a reserva precisa da demarcação, por parte do Ministério da Justiça, e homologação da presidente Dilma Rousseff. Se isso ocorrer, os produtores rurais vão perder as terras sem direito a indenização.

Enquanto isso não acontece, fazendeiros que estão prestes a perder suas terras reclamam que nunca houve índio na região e que o reconhecimento como tribo é uma opção dos moradores do povoado, conhecido como Capão do Zezinho, para conseguir o terreno. "Se eles são índios, os avôs deles morreram sem saber que eram. Convivi com eles e, quando criança, brincava com os que, hoje, consideram-se índios. Naquela época, não se falava de caxixó", diz Álvaro Campos, um dos proprietários da fazenda São José, que está na área da reserva. 

O mesmo entendimento tem o prefeito de Pompéu, Joaquim Reis (PPS). "A Funai fabricou essa tribo. Tenho 49 anos de cidade e nunca se falou de índio aqui. Sou totalmente a favor da demarcação de terra indígena, mas onde existe índio", afirmou.

O cacique da tribo, Glayson Caxixó, nega que o reconhecimento indígena seja apenas uma estratégia para conseguir terras. Ele argumenta que os costumes dos caxixós foram se perdendo com o tempo, em função da dominação dos fazendeiros. "Os brancos não deixaram preservar a cultura indígena e isso se perdeu, mesmo na cultura oral. Agora, a gente tenta resgatar nossa história", afirma o líder indígena, ressaltando a existência de 15 sítios arqueológicos que comprovariam a presença dos caxixós no local.

Resistência. Apesar do reconhecimento da tribo em 2001, pela Funai, a população de Pompéu e de Martinho Campos reforço o coro dos fazendeiros afetados e ainda não reconhece o povo do Capão do Zezinho como indígena. Há indisposição com a denominação inclusive entre os próprios moradores da aldeia. A reportagem de O TEMPO visitou o local e, enquanto conversava com o cacique Glayson, uma moradora da comunidade comentou da janela de casa: "Está na hora de acabar com essa palhaçada", disse, referindo-se à luta pela demarcação das terras. Um outro senhor, também morador do local, intrometeu-se na conversa: "Dizem que a gente é índio, mas nunca teve índio aqui não", disse Altino Costa. 

As características da comunidade lembram pouco uma aldeia indígena. As casas são de alvenaria com eletrodomésticos modernos, carros e motos nas garagens. Porém, a falta de características indígenas tradicionais não necessariamente evita o reconhecimento da tribo. Segundo a teoria da transfiguração étnica, de um dos maiores antropólogos brasileiros, Darcy Ribeiro, mesmo incluído na cultura do homem branco, o sentimento de pertencer a um povo específico é um dos sinais da sobrevivência do índio. 

Uma das críticas no caso dos caxixós é que esse reconhecimento não foi algo natural, mas produzido a partir da década de 80 pelo cacique Djalma, primeiro a falar da tribo na comunidade, que, até então, desconhecia a descendência indígena. Antes de morrer, em 2011, ele conseguiu o reconhecimento da tribo pela Funai em 2001, o que garantiu a construção de um posto de saúde e de uma escola no local. 

Preocupação. Desde o reconhecimento da tribo, as noites de sono do produtor rural José Maria da Costa, 67, têm sido mais curtas. O único bem que ele tem é a fazenda de 190 hectares. O fazendeiro diz que nunca morou na cidade e que depende da renda do leite. "A gente acorda e vai dormir pensando nesse problema. Não tenho condições de viver fora daqui. Só saio morto", afirma o fazendeiro, que mora na fazenda com a mulher e o único filho.

APELO
Ministro da Justiça poderá intervir

Os fazendeiros da região, juntamente com os prefeitos de Pompéu e de Martinho Campos, reuniram-se, na última semana, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Brasília, para discutir a delimitação da reserva Caxixó. Os proprietários rurais têm 90 dias para apresentar contestações à decisão da Fundação Nacional do Índio (Funai). Em seguida, o ministério definirá pela demarcação ou não das terras. 

Segundo o prefeito de Pompéu, Joaquim Reis, José Cardozo disse que pretende estudar a criação de um órgão que assuma a demarcação de terras indígenas para retirar essa obrigação da Funai. "Segundo o ministro, a ideia é retirar a possibilidade da Funai atuar com parcialidade nos laudos de demarcação das terras", afirmou o prefeito. Reis destacou ainda que o problema no Capão do Zezinho é fundiário e, não étnico, e que, por isso, seria necessário uma reforma agrária e não uma demarcação indígena. (BM)

Adolescente tenta defender moça de agressão e é morto em Buritizeiro

05/05/2013 
Em Buritizeiro, no Norte de Minas Gerais, uma discussão resultou na morte de um adolescente de 16 anos. Segundo informações da Polícia Militar, o adolescente andava na rua com uma mulher, quando dois homens de moto mexeram com ela. A mulher então começou a discutir com os dois suspeitos.
Ainda de acordo com a PM, o garupa da moto desceu do veículo para agredir a moça, foi quando o adolescente entrou na frente do agressor, e acabou levando um tiro no peito, por tentar defender a moça. Os dois homens na moto fugiram. A PM faz buscas.

E em Jequitaí, na comunidade Barrocão, também no Norte de Minas, um homem de 35 anos morreu depois de levar 3 tiros, sendo dois deles na nuca, na noite desse sábado (4).
De acordo com a Polícia Militar, a motivação teria sido vingança, pois o autor, há cerca de cinco anos atrás, sofreu uma tentativa de homicídio da vítima. Celso Vicente Soares levou três tiros e morreu no local, um bar na zona rural de Jequitaí. A polícia faz buscas para encontrar o autor do crime.
Do G1 Grande Minas

05/05/2013 - Dia da Arma de Comunicações

05/05/2013 

Comemora-se, no dia 5 de maio, o Dia das Comunicações em reverência ao grande Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que, nessa data, no longínquo ano de 1865, nascia na cidade de Mimoso, no Estado do Mato Grosso.

No Exército Brasileiro, a criação da Arma de Comunicações é relativamente recente, datando do período da Segunda Grande Guerra, quando foi criada a 1ª Companhia de Transmissões, para atuar durante esse conflito, e assumindo as atividades de comunicações, até então desempenhadas pela Arma de Engenharia.

A partir de então, a Arma do Comando, orientada por seu lema “sempre servir”, tornou-se a responsável pela nobre missão de instalar, explorar e manter os sistemas de comunicações nos diversos escalões da Força Terrestre.

Nesse mister, os discípulos de Rondon devem perseguir o estabelecimento de ligações seguras e confiáveis, tornando possível a coordenação e o controle de todas as etapas das operações militares.

Rondon, o paradigma dos Comunicantes, é raro exemplo na História Militar mundial, pois poucas nações possuem militares com tradição de desbravamento e humanitarismo como a personificada pelo Marechal.

O Patrono das Comunicações brasileiras é considerado um dos cinco maiores desbravadores do mundo, responsável pela pacificação de inúmeras tribos indígenas e participante ativo na integração de extensas áreas do território brasileiro.

Em defesa dos índios brasileiros, disseminou seu lema “Morrer se preciso for; matar nunca”, que se projetou enormemente, levando Rondon a um reconhecimento internacional por sua vida inteiramente dedicada à exploração pacífica, humanitária e civilizadora nos trópicos.

Considerado o “Bandeirante do século XX” e o maior sertanista de todos os tempos, chefiou diversas missões demarcatórias de fronteiras e percorreu mais de 100 mil quilômetros de sertões por rios, picadas na floresta, caminhos toscos ou estradas primitivas. Descobriu serras, planaltos, montanhas e rios.

Elaborou as primeiras cartas topográficas de território até então totalmente desconhecido dos registros nacionais.

No período de 1907 a 1909, Rondon percorreu 5.666 quilômetros, no trabalho de construção de linhas telegráficas e de levantamento carto-geográfico da região que forma o atual Estado de Rondônia, nome dado em sua homenagem.

De 1890 a 1916, participou das Comissões de Construções de Linhas telegráficas no Estado de Mato Grosso, que interligaram as linhas existentes do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Triângulo Mineiro à Amazônia.

Rondon é, desse modo, o primeiro responsável pelo grande esforço de integração nacional pelas comunicações.

Motivados por esse espírito destemido, empreendedor e dinâmico de seu Patrono, os militares da Arma de Comunicações procuram, cada vez mais, aperfeiçoar-se tecnicamente. E o presente nos mostra que os conflitos modernos têm-se caracterizado por uma demanda cada vez maior de informações, com os comandantes, no campo de batalha, necessitando continuamente de dados confiáveis sobre as capacidades de suas próprias forças e das forças inimigas.

A conjuntura atual requer do Exército Brasileiro um acompanhamento minucioso das transformações impostas pela modernidade, como a aquisição de novos equipamentos, dotados de confiáveis sistemas de segurança das comunicações e o constante treinamento de seus quadros.

A crescente importância da Guerra Eletrônica vem impondo aos integrantes da Arma de Comunicações novos desafios, como controlar o espectro eletromagnético, facilitando as próprias comunicações e dificultando ou impedindo as do inimigo.

Aos Comunicantes de hoje, inspirados nas realizações de seu Patrono, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, cabe enfrentar os desafios trazidos pelas constantes inovações tecnológicas e se preparar, com tenacidade, dedicação, abnegação e altruísmo, para a coordenação e o controle de operações militares num ambiente em que as comunicações se fazem cada dia mais presentes e imprescindíveis para a vitória.

“Quando soa a metralha ou o ronco dos canhões, nos céus da pátria ecoa teu nome: Comunicações”.
FONTE e FOTOS: EB

O médico que tinha “para consumo” uma verdadeira floresta de maconha no apartamento. Ou: Fume, cheire e dirija! Mas nada de tomar uma taça de vinho!

05/05/2013  às 7:21

Vejam esta foto, com essa exuberância verde, de autoria de Luiz Roberto Lima (Futura Press). Volto em seguida.

 
É… Eu tenho um lado meio chato, sabem?, embora seja um cara bacana, claro… Não desisto fácil de uma ideia. Esse troço todo, depositado no porta-malas do carro, é maconha. Foi encontrada no apartamento de um médico na rua São Clemente, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Plantar maconha em casa, especializar-se na cultura hidropônica da dita-cuja, investir nessa variedade de agricultura familiar, enfim,  tornou-se uma verdadeira febre entre alguns descolados… “Ah, pelo menos não precisam recorrer ao tráfico…” Logo vai ter gente reivindicando a montagem de seu próprio laboratório de refino de coca…
Veja bem, leitor amigo, do Rio ou de qualquer lugar. Caso você tenha tomado uma taça de vinho e seja parado numa blitz da tolerância zero e se negue a soprar o bafômetro, vai para a delegacia. Pior: há o risco de o seu carão sair no jornal. Alguém terá de ser chamado para conduzir o veículo. Metem-lhe uma multa na testa. Se alguém perguntar aos participantes do seminário em favor da descriminação das drogas que ocorre em Brasília se são contrários ou favoráveis à Lei Seca, não duvido: a esmagadora maioria se dirá favorável.
Que espetáculo!
O sujeito que tomou uma taça de vinho não pode conduzir um veículo, certo? E o que fumou maconha? E o que cheirou cocaína? E o que tomou ecstasy? E o que fumou crack? Nesses casos, qual é o teste? Sim, se e quando houver a descriminação do consumo de drogas, é evidente que aumentará exponencialmente o número de motoristas que conduzirão seus veículos sob o efeito de drogas. Já hoje, com alguma frequência, podem-se ver pessoas fumando maconha ao volante. Mas volto ao médico.
Sim, leitor, se você parar numa blitz da Lei Seca, mesmo o álcool não sendo uma substância proibida, seu nome pode ir parar nos jornais e na redes sociais. Já com o doutor, em cuja casa havia aquela quantidade de maconha — haja consumo, não é mesmo??? —, não aconteceu nada. Nada mesmo! O nome foi mantido em sigilo, e ele foi liberado. Responderá, segundo se informou, por posse de drogas para uso próprio. No máximo, será obrigado a prestar serviço comunitário por algum tempo.
Como? “Posse para uso próprio”? O que diz a Lei 11.343?
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
Muito bem o Artigo 28 dessa lei já é bastante manso com quem cultiva droga só para uso pessoal, e é nele que o delegado enquadrou o tal médico sem nome. Reproduzo:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviços à comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
Olhem de novo a foto. Aquilo é para consumo pessoal? Eram sete pés gigantescos de maconha. O tal doutor se encarregava sozinho de toda aquela vasta produção? E acreditar, então, que, quando ele não estava fumando maconha, estava salvando vidas, não é mesmo? Sei lá quem é ele. Mas me parece que o que vai ali o enquadra é no Artigo 33 da Lei, a saber:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I – importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II – semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III – utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Legalização branca
A verdade é que já está em curso uma espécie de descriminação branca das drogas, especialmente quando diz respeito — neste caso, é literal! — à turma dos andares de cima. Aí insistirá alguém: “Ah, mas ele não estava fazendo mal a ninguém e ainda estava evitando a relação com o tráfico”. Ainda que realmente conseguisse fumar sozinho tudo aquilo, o que duvido, pergunto: “Será que não fazia mesmo mal a ninguém?”. Os pacientes que ele atende têm um bom padrão de tratamento? Têm, ao menos, noção da opção feita pelo profissional no qual confiam?
“Moralismo”? Não! Trata-se de reconhecer que uma pessoa que tem árvores de maconha em um apartamento já ultrapassou a fronteira do “uso recreativo” faz tempo e que é pouco provável que não haja um comprometimento cognitivo, até mesmo pela potência destrutiva da droga cultivada desse modo, que é muito maior. Muitos dos participantes do encontro de Brasília diriam, claro, que é droga de “melhor qualidade”…
E que se note: o médico, com todas as implicações éticas da profissão, é um notório desrespeitador da lei, que é, afinal, expressão do contrato social. Como diz um amigo psicanalista, “a estrutura clínica que melhor define o modo de pensar destas pessoas é a PERVERSÃO: ‘Eu conheço a Lei, mas para mim ela não se aplica’”.
Para encerrar
Volto ao seminário de Brasília. O encontro que termina hoje e todos os que se fazem por aí (logo haverá um em São Paulo) ou são meramente reativos (contra o endurecimento da lei) ou são, sim, propositivos, mas sempre no terreno do proselitismo, nunca das alternativas de tratamento ou da resposta necessária ao sofrimento dos pacientes.
Como chegamos a esse ponto? Ah, isso tem história. Na madrugada de segunda, dou conta dessa e de outras loucuras em curso.
Por Reinaldo Azevedo