Publicado em 18/03/2013 às 12:07
Por MGTV TV Integração de Juiz de Fora
Trinta assassinatos em pouco mais de dois meses e meio. Esses são os números de Juiz de Fora. Nesse final de semana, foram registrados 10% desses homicídios.
Foram três assassinatos entre sexta (15) e domingo (17). O primeiro deles aconteceu na sexta-feira à noite, no bairro Aracy, onde uma mulher foi esfaqueada pelo ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi preso.
Na tarde de sábado (16), no bairro São Judas Tadeu, um jovem de 17 anos foi baleado por dois homens que passaram em uma moto. A suspeita é de rixa entre grupos de bairros rivais. Neste caso, ninguém foi preso.
E na madrugada de domingo, no bairro Vila Esperança I, outro adolescente, de 16 anos, foi morto com oito tiros por um rapaz de 18 anos, que foi preso.
Além da dor da perda, as famílias dessas vítimas tiveram que conviver com a dificuldade em liberar os corpos no Instituto Médico Legal (IML).
Após o assassinato do adolescente de 16 anos no bairro Vila Esperança, parentes aguardavam a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML). A espera demorou mais de três horas, segundo o primo do rapaz, que preferiu não ser identificado.
De acordo com o tio da vítima, que também preferiu não aparecer, os problemas começaram logo depois que o adolescente foi baleado.
O enterro precisava ser no mesmo dia, e a demora na liberação do corpo só trouxe mais dor para a família.
De acordo com dados da Polícia Militar (PM), este foi o 30° assassinato em Juiz de Fora e mais um caso de demora no atendimento das famílias das vítimas.
Imagens feitas no dia 13 de março pela telespectadora Samantha Borchear, que mora perto do local, revelam que o IML também estava fechado nesta data. Segundo a Samantha, a equipe de coleta hospitalar cansou de esperar e foi embora. No mesmo dia, pessoas que foram procurar corpos de familiares ficaram quase cinco horas esperando.
No dia 7 de Março, o telespectador César Augusto enviou para o quadro Você no MGTV imagens de uma família que aguardava a liberação do corpo do filho assassinado. Eles estavam no local desde às 07h30 para identificar o corpo. Porém, segundo o César, a unidade estava fechada pelo menos até às 09h. A assessoria da Polícia Civil informou que este foi um caso atípico, de atraso de uma funcionária.
A demora não é só para famílias que precisam identificar os corpos. No domingo (17), o caseiro Genésio Ferreira também precisou esperar para conseguir informações no IML. O filho dele está desaparecido desde a última sexta-feira (15).
A assessoria da policia civil informou que o funcionamento do IML no sábado foi normal. Já no domingo houve uma demora, devido ao recebimento de três corpos, sendo que um demandou uma necropsia complexa. No entanto, a assessoria afirma que foi uma situação pontual e não voltará a acontecer.