07/10/2012 -
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
MARINA GAMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um sargento da Força Tática da Polícia Militar foi morto com tiros de fuzil na madrugada deste domingo, na Ponta da Praia, em Santos (litoral de São Paulo). Um funcionário do local onde ele estava também foi baleado e morreu.
Segundo a polícia, Marcelo Fukuhara, 45, estava em frente ao buffet de sua mulher, na avenida dos Bancários, quando uma caminhonete passou fazendo vários disparos em direção ao policial, por volta da meia-noite.
O sargento, que estava de folga no momento do assassinato, trabalhava a mais de 20 anos para a polícia e atuava no 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior.
Em menos de uma semana, dois policiais militares foram mortos na Baixada Santista.
Após um atentado contra um PM no Guarujá e a morte de outro em São Vicente na quinta-feira (4), sete pessoas foram assassinadas na periferia do Guarujá em um trajeto de oito quilômetros. Segundo testemunhas, todos os crimes foram cometidos por dois homens, que estavam em uma moto.
Para o promotor Cássio Roberto Conserino, que investiga o crime organizado na Baixada Santista, a região é palco de uma guerra civil entre criminosos e policiais.
O governo paulista diz não ser possível afirmar que os assassinatos de policiais militares estejam relacionados.
OUTROS CASOS
Ao menos 76 policiais militares foram mortos neste ano no Estado. No mesmo período do ano passado, foram 38 PMs mortos, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Na quinta-feira (4), o cabo Renato Ferreira da Silva Santos foi morto a tiros em frente a uma oficina mecânica no bairro Parque Ipê (zona oeste). O policial estava de folga e à paisana quando foi abordado por um homem que tentou roubar um carro.
Um dia antes, um soldado da Rocam (Ronda Ostensiva com apoio de Motocicletas), da PM, foi morto após ser atingido por cinco tiros em São Vicente (litoral de São Paulo). O policial, que estava de folga e à paisana, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Outros dois policiais militares de folga foram assassinados a tiros no último dia 28, na zona sul da cidade de São Paulo.
Para policiais, as ações são articuladas pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), com o objetivo de inibir a atuação da PM contra o crime organizado.