Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
16/10/2024 14h25
Ângelo Gabriel, de 2 anos, vítima do acidente na Serra do Bandeirantes, teve morte cerebral nesta quarta-feira — Foto: Arquivo Pessoal
O menino Ângelo Gabriel, de 2 anos, que ficou gravemente ferido após a batida entre dois carros na Serra do Bandeirantes, no Bairro Bandeirantes, em Juiz de Fora, teve morte cerebral na manhã desta quarta-feira (16). A informação foi confirmada pela família e pela assessoria de comunicação da Santa Casa de Misericórdia.
A criança estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) desde o domingo (13), após ficar gravemente ferida na batida de frente entre os dois veículos. Além de Ângelo Gabriel, estavam no carro as irmãs dele, de 9 e 6 anos, e os pais. A menina de 6 teve alta na terça-feira (15).
A outra criança segue internada na UTI da Santa Casa, em ventilação mecânica. Segundo a unidade de saúde, o estado dela é considerado gravíssimo.
Investigações
O delegado Rodolfo Rolli, que investiga o acidente, informou que pediu a oitiva em cartório – quando a pessoa presta depoimento e esse é formalizado – dos PMs que registraram a batida, a fim de comprovar o possível estado de embriaguez da condutora de 36 anos, que dirigia o carro que bateu no veículo onde estava a família das crianças.
Acidente entre dois carros deixou 7 pessoas feridas na Serra dos Bandeirantes, em Juiz de Fora — Foto: Bombeiro Militar/Divulgação
Segundo Rolli, Marinne Oliveira, negou-se a fazer o teste do bafômetro e não autorizou a coleta de sangue, apesar do exame clínico dela não apontar sintomas de álcool.
A defesa da motorista, no entanto, contesta a versão, apresentando laudos periciais que comprovariam que ela não estava sob efeito de substâncias. Segundo o documento divulgado pelo advogado Eider Tavares, ela tinha aparência preservada, boa elocução, era colaborativa e memória mantidas.
Ainda em nota divulgada nesta quarta-feira (16), advogados dos escritórios Chaves e Tavares Advogados e Coimbra Ferolla e Viana Advogados, que fazem a defesa dela, disseram que ela bebeu muito antes do momento do ocorrido:
"Temos a informar que em um momento de insegurança, ela se recusou pois havia ingerido bebida alcoólica mais de 18 horas antes, mas acreditava, com base em um "conhecimento popular" equivocado, que o álcool poderia permanecer em seu organismo por até 24 horas, mesmo após descanso, alimentação e hidratação".
Ainda conforme o texto, a garrafa de long neck encontrada em seu carro foi consumida na sexta-feira, "ocasião em que Marinne ocupava o banco do passageiro, logo, este detalhe não tem qualquer relação com o acidente ocorrido no domingo e mencioná-lo ajuda a esclarecer os fatos".
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2024/10/16/morre-crianca-que-ficou-gravemente-ferida-em-acidente-na-serra-do-bandeirantes-em-juiz-de-fora.ghtml
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