12/04/2024 às 13:10
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de cerimônia com Wesley Batista nesta sexta-feira (12)
Ricardo Stuckert | PR
Um mês depois de retornar à JBS, os irmãos Wesley e Joesley Batista e o fundador da multinacional, José Batista Sobrinho, receberam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (12), para uma cerimônia no frigorífico do grupo em Campo Grande.
A visita marca a primeira ida do petista ao Mato Grosso do Sul desde o início deste mandato e também o primeiro grande encontro público com Wesley Batista, partícipe de um grande escândalo de corrupção no Brasil em 2017 durante o Governo Michel Temer (MDB). Wesley e o irmão Joesley Batista alegaram que políticos brasileiros — entre eles Temer — receberam propina em troca de favorecimentos políticos.
A cerimônia no frigorífico da JBS em Campo Grande começou com uma visita à empresa na rodovia BR-060 e marcou a comemoração pela habilitação de 38 novos frigoríficos para exportação de carnes para o mercado chinês. Entre eles, 24 são frigoríficos de carne bovina e oito de carne de frango; os outros são entrepostos frigoríficos e um produtor de carne bovina termoprocessada. Participaram, ainda, os ministros Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária.
Mudanças na JBS. Os irmãos Wesley e Joesley Batista retornaram à JBS sete anos depois de serem afastados do grupo pelos escândalos de corrupção. Os dois foram nomeados para o Conselho de Administração no mês passado.
O que foi o escândalo da JBS? Os irmãos Batista são pivô de um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil neste século. Proprietários da JBS, à época uma das maiores empresas de processamento de carne do mundo, Wesley e Joesley estavam entre os alvos da operação Lava-Jato e acusaram políticos brasileiros de corrupção durante delações premiadas firmadas com o Ministério Público Federal (MPF).
Joesley chegou a gravar uma conversa telefônica com o então presidente Michel Temer (MDB). Na gravação feita em maio de 2017, Joesley discutia com Temer um pagamento de propina pelo silêncio de Eduardo Cunha, à época preso e investigado por corrupção. Temer teria dado aval ao pagamento da propina. O emedebista sempre negou as acusações.
https://www.itatiaia.com.br/politica/2024/04/12/wesley-batista-recebe-lula-para-cerimonia-em-frigorifico-da-jbs-em-campo-grande
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