sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Dengue em Minas: número de casos da doença em 2024 já é 6 vezes maior do que no mesmo período do ano passado

16/02/2024 às 08:44 

James Gathany | CDC

O número de casos de dengue em Minas Gerais em 2024 já é seis vezes maior do que no mesmo período do ano passado. Isso é o que indicaram pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que fazem um levantamento para acompanhar a epidemia, à Itatiaia, nesta sexta-feira (16). Outro dado importante é o aumento da circulação do vírus tipo dois no estado.

O virologista da UFMG Renato Santana detalha qual a diferença entre os tipos de vírus da dengue: “são diferentes variantes do mesmo vírus e, no caso de dengue, temos os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Existem relatos que alguns sorotipos estão associados a um desfecho um pouco mais grave, principalmente, relacionados ao sorotipo 2. Mas o mais grave está principalmente associado quando uma pessoa se infecta por um sorotipo e, depois, se reinfecta com outros sorotipo”, disse.

Diante disso, a preocupado é com a circulação de vários sorotipos ao mesmo tempo. “A gente analisa as mostras e identifica o genoma. Encontramos a maior prevalência do sorotipo 1 e, menos de 1%, do sorotipo 2. Mas percebemos uma crescente. O sorotipo do tipo três ainda não está circulando no estado”, explicou. Os números foram analisados a partir de amostras enviadas pela Secretaria de Estado para o laboratório.

Na região Norte do país, a predominância é do tipo 3, preocupando os pesquisadores. “A gente tem que pensar que estamos em fevereiro. E o pico esperado de arboviroses, principalmente de dengue, zika ou chikungunya, é em maio ou abril. E a epidemia já é seis vezes maior do que no ano passado”, disse.

“Além disso, quanto maior o número de pessoas infectadas, maior a probabilidade de encontrar um indivíduo que já tem uma comorbidade ou que tem uma predisposição genética ao desenvolvimento de casos mais graves”, finalizou.

https://www.itatiaia.com.br/cidades/2024/02/16/dengue-em-minas-numero-de-casos-da-doenca-em-2024-ja-e-6-vezes-maior-do-que-no-mesmo-periodo-do-ano-passado

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