domingo, 2 de julho de 2023

Por reajuste salarial, educação do Estado convoca paralisação na próxima semana

Por Isabela Abalen Publicado em 1 de julho de 2023 | 21h04 - Atualizado em 2 de julho de 2023 | 08h18


Paralisação quer pressionar aprovação do reajuste salarial de 12,84% do piso da educação — Foto: Sind-UTE / Reprodução

A rede estadual de ensino de Minas Gerais vai parar nos dias 5 e 6/7, na próxima quarta e quinta-feira. A paralisação, convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), tem o objetivo de pressionar o Governo Romeu Zema (Novo) pela aprovação do reajuste salarial de 12,84%, retroativo a 1º de janeiro de 2023, no piso da educação.

O Projeto de Lei (PL) 822/2023, que define o reajuste, estava na pauta de votação em 2º turno da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última quinta-feira (29), mas não chegou a ser votado. Agora, a paralisação será usada para fazer pressão pela votação e aprovação do PL. Nos mesmo dias em que a educação do Estado cruzará os braços, os servidores estarão se manifestando na ALMG.

“Nós acompanhamos a pauta da ALMG na última quinta (29), passamos o dia lá, sem que isso fosse resolvido. É por isso que vamos realizar uma paralisação total da rede de ensino estadual de Minas Gerais para pressionar o Governo para colocar em votação o PL e aprová-lo”, afirma a coordenadora geral do Sind-UTE, Denise Romano.

Segundo ela, o reajuste é devido desde janeiro e, por isso, os servidores pedem urgência na aprovação. “No Estado, são mais de 30 mil auxiliares de serviço de educação básica recebendo menos que o salário mínimo. Esse reajuste precisa sair antes do recesso parlamentar. Também estamos pedindo que o retroativo seja pago em uma única parcela, afinal, estamos esperando desde janeiro”, continua Romano.

Entenda o reajuste

Caso o reajuste de 12,84% seja aprovado, o salário inicial dos professores do Estado de Minas Gerais seria de R$ 2.652,29 - hoje, é de R$ 2.350,49. Já o piso salarial nacional é de R$ 4.420,55. De acordo com o governo Zema, o Estado paga o piso, mas proporcional, já que a carga horária estadual é de 24 horas semanais, não 40. Os R$ 2.652,29 estariam acima do piso estadual, que, segundo a proporcionalidade, seria de R$ 2.652,22 - sete centavos a menos.

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