Por Roseli Andrion 25/03/2023 às 10:00
Golpistas usam engenharia social para atrair vítimas
Já deve ter acontecido com você: receber um link pelo WhatsApp e ele levar a um golpe digital. A ameaça é tão real por aqui que um levantamento da Kaspersky aponta que o Brasil foi o país com o maior índice de golpes com links falsos recebidos pelo WhatsApp em 2022.
A empresa identificou 76 mil tentativas de phishing em mensageiros instantâneos e 82,71% dos links falsos bloqueados por ela no país em 2022 chegaram pelo WhatsApp. Outros mensageiros também foram alvo: no Telegram foram 14,12% e no Viber, 3,17%. Além disso, o Brasil é o quarto país do mundo que mais sofre phishing por e-mail.
Os dados são de bloqueios realizados em aparelhos de usuários de soluções da empresa. Depois do Brasil, vêm Rússia (76 mil tentativas), Índia (21 mil), Itália (11 mil), Alemanha (11 mil), México (11 mil) e África do Sul (10 mil). Globalmente, 508 milhões de tentativas de ataques (10,57% no Brasil) foram evitadas pelas ferramentas da Kaspersky em 2022, duas vezes mais do que em 2021.
A pesquisa indica, ainda, que clientes de serviços de entrega são os mais afetados, com 27,38% das tentativas registradas pela Kaspersky. Em segundo lugar, vêm as lojas virtuais, com 15,56%. Na terceira posição estão sistemas de pagamento e bancos, ambos com 10,39% cada.
A técnica mais utilizada é a engenharia social. Depois que clica no link de phishing, o usuário é incentivado a compartilhar dados pessoais em sites falsos ou transferir dinheiro para os golpistas. Essas informações são então usadas em outros golpes.
Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina, diz que o phishing é o golpe mais comum no Brasil porque é muito fácil criá-lo e seu custo é baixo. “Essa ameaça se torna ainda mais eficaz em razão da criatividade do cibercrime brasileiro, que cria desculpas convincentes”, avalia. Ele se refere ao uso, especialmente, de datas comemorativas para atrair vítimas com a oferta prêmios e brindes.
Ele lembra, entretanto, que a mensagem falsa é apenas a primeira etapa do golpe. “Identificá-lo e bloqueá-lo significa impedir a conclusão do ataque. Para pessoas comuns, evita furto de dinheiro ou fraudes com seu nome”, completa.
Como evitar ser vítima
Algumas atitudes podem evitar que o usuário do WhatsApp seja vítima de golpes de phishing no WhatsApp e em outras plataformas. Veja, a seguir, dicas de como se proteger.
Só abra mensagens e clique em links se tiver certeza de que pode confiar no remetente.
Se o remetente for legítimo, mas o conteúdo da mensagem parecer estranho, verifique com ele por um canal de comunicação alternativo (como uma ligação telefônica).
Em sites, sempre confirme o endereço. Se suspeitar que está diante de uma página falsa, use o navegador para inseri-lo manualmente. É comum que a URL contenha erros difíceis de identificar à primeira vista, como 1 em vez de I ou 0 em vez de O, por exemplo.
Adote uma solução de segurança ao navegar pela Web. Elas podem identificar e bloquear campanhas de spam e phishing.
https://www.itatiaia.com.br/editorias/itatiaia-tecnologia/2023/03/25/brasil-e-lider-em-golpes-de-phishing-pelo-whatsapp-veja-como-evitar
Nenhum comentário:
Postar um comentário