Por g1 Zona da Mata e TV Integração — Juiz de Fora
06/12/2022 08h22
Polícia Federal, foto de arquivo — Foto: Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta terça-feira (6) uma operação contra uma organização criminosa suspeita de fraudar o Auxílio Emergencial em Juiz de Fora. O benefício foi concedido pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid-19. O prejuízo pode ter chegado a R$ 2 milhões e número de vítimas ultrapassado 1.000.
Segundo apuração do g1, o grupo furtava dados das pessoas, abria contas nos nomes das vítimas com as informações pessoais delas e recebia o benefício. O valor era transferido e, depois, com pagamentos de boletos, a quantia era enviada para uma empresa de fachada. Ao menos 350 pessoas foram lesadas, no entanto, a PF estima que a quantia ultrapasse.
Operação
Segundo a PF, foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão no Centro da cidade contra o grupo durante a Operação “Código de Barras”. Na ocasião, os policiais apreenderam celulares e cartões e 5 pessoas foram levadas para a delegacia.
O crime de furto qualificado pela fraude tem pena que pode chegar até 8 anos de reclusão mais multa. A reportagem entrou em contato com a Caixa e aguarda retorno.
Como o grupo agia?
Após as investigações, a Polícia Federal identificou que o grupo recebia os valores na conta deles por meio de boletos bancários.
Com o dinheiro em mãos, os investigados abriram uma empresa de investimentos com sede em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Coleta de provas
Ainda de acordo com a corporação, as investigações foram iniciadas em 2021 após apurações da Caixa. As informações iniciais são da Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE), mantida pela Coordenação Geral de Repressão Geral a Crimes Fazendários (CGFAZ).
As medidas são parte de uma Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), formada pela Polícia Federal; Ministério Público Federal (MPF); Ministério da Cidadania (MCid); Caixa Econômica Federal (CEF); Receita Federal; Controladoria-Geral da União (CGU); e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Auxílio Emergencial
Lançado em abril de 2020 para ajudar os trabalhadores prejudicados pela pandemia, o Auxílio Emergencial acabou em outubro de 2021, após 17 meses e 16 parcelas.
A saída de quem se viu sem essa renda foi tentar o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2022/12/06/auxilio-emergencial-justica-bloqueia-r-2-milhoes-de-grupo-que-recebeu-ajuda-do-governo-de-forma-indevida.ghtml
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