quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Operação Transformers: delegado e policiais são presos por suspeita de corrupção

Por Pedro Nascimento Publicado em 20 de outubro de 2022 | 12h49 - Atualizado em 20 de outubro de 2022 | 15h36

Operação resultou na apreensão de diversos bens que estavam em poder da quadrilha, entre eles, vários carros — Foto: MPMG / Divulgação

Um delegado e seis investigadores da Polícia Civil estão entre os alvos da operação ‘Transformers’, que é realizada nesta quinta-feira (20) em cidades na Zona da Mata Mineira, incluindo o município de Juiz de Fora. O grupo é suspeito de receber propina para facilitar a atuação da quadrilha que comandava o tráfico de drogas na região.

De acordo com a Polícia Civil, que também participou da investigação comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os policiais civis, que são investigados por um suposto envolvimento em crimes de tráfico de drogas e corrupção passiva.

O delegado e os seis investigadores foram presos e enviados para à Casa de Custódia, em Belo Horizonte, onde permanecerão à disposição da Justiça. Em nota, a Polícia Civil informou que, além do processo criminal, os servidores responderão a procedimentos administrativos disciplinares na corregedoria.

O esquema
A operação que é realizada pelo Gaeco tem como alvo uma quadrilha altamente estruturada e que seria responsável por crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, roubo, receptação e adulteração veicular.

Segundo a apuração, a organização criminosa é estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas, e um setor financeiro, que cuida da parte gerencial da atividade econômica.

Além disso, o grupo também tinha um setor exclusivo para lidar com a corrupção, que seria responsável por obter informações privilegiadas e antecipar as ações da polícia. A liderança desse grupo também foi identificada. Até o momento, o Ministério Público de Minas Gerais não informou quem são os envolvidos na ação e quais as empresas que estão sendo alvo dos mandados de busca e apreensão. Essas relações criminosas podem ter movimentado quase R$1 bilhão nos últimos cinco anos.

https://www.otempo.com.br/cidades/operacao-transformers-delegado-e-policiais-sao-presos-por-suspeita-de-corrupcao-1.2752986

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