segunda-feira, 15 de março de 2021

Reparem que a extravagante decisão de Edson Fachin não inocentou Lula de coisa alguma

Publicado em 15 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Antes de beneficiar Lula, Fachin rejeitou ao menos 10 vezes retirar  processos da Lava Jato de Curitiba | NSC Total

Fachin, o juiz que demora cinco anos para apitar o pênalti

J. R. Guzzo
Estadão

O Estado de S. Paulo num editorial recente, resume com notável exatidão tudo o que é realmente preciso dizer sobre o golpe judicial que anulou, de uma vez só, as quatro ações penais envolvendo o ex-presidente Lula, inclusive a sua condenação em três instâncias pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro: “A ficha moral de Lula é suja”.

O STF pode até zerar o prontuário criminal que proíbe a candidatura de Lula à Presidência da República. Mas “para todos os efeitos – morais e políticos”, diz o Estadão, o chefe do PT “terá seu nome indelevelmente vinculado a múltiplos escândalos de corrupção, que nenhuma chicana será capaz de apagar”. Como achar outra coisa? Não há como.

INOCÊNCIA ILUSÓRIA – De fato, a extravagante decisão do ministro Edson Fachin, algo jamais registrado nos 130 anos de história republicana do STF, não inocentou Lula de coisa nenhuma; ele diz, é claro, que reconheceram a sua “inocência”, mas isso é só mais uma bobagem sem nenhum contato com a realidade.

Tudo o que Fachin disse, numa descoberta que levou cinco anos para fazer, é que Lula não deveria ter sido julgado em Curitiba e sim em Brasília. O que interessa, segundo o ministro, não é se houve crime, mas onde o crime foi praticado – se foi aqui vale, se foi ali não vale.

“É como se o juiz resolvesse marcar no final do segundo tempo um pênalti supostamente cometido no primeiro”, diz o editorial.

PODE QUASE TUDO – O STF pode decidir o que quiser – pode declarar que Lula é o presidente vitalício do Brasil, ou mandar a Polícia Federal prender o triângulo escaleno. Mas nada vai apagar o fato de que Lula comandou o governo mais corrupto que o Brasil já teve desde 1500.

Foi o governo em que reinou o empreiteiro Marcelo Odebrecht, réu confesso de crimes que o tornaram um dos maiores corruptores do planeta. Foi o governo do ex-ministro Antonio Palocci, que, além de confessar tudo, delatou até os Doze Apóstolos. Foi o governo em que brilhou o ex-governador e aliado íntimo Sérgio Cabral, condenado a mais de 300 anos de cadeia por ladroagem – e por aí vamos.

Lula diz, o tempo todo, que é uma “vítima pessoal” de Sérgio Moro. É um disparate. Ele foi julgado e condenado por nove juízes independentes uns dos outros, em três instâncias diferentes, num processo que não tem mais para onde ir. Todos disseram que as provas dos crimes são suficientes; não há mais o que provar. A ficha continua suja.

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