sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Testemunha ocular sobre caso de extorsão para antecipar cirurgias pelo SUS em Juiz de Fora deve ser ouvida nesta sexta-feira

Por MG1

A Polícia Civil segue investigando a denúncia de uma mulher que cobrava para antecipar cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Misericórdia em Juiz de Fora. A suspeita, identificada como Regina, chegou a pedir R$ 4 mil para liberação da operação de um adolescente de 17 anos.

A delegada responsável pelo caso, Ione Barbosa, conversou com o MG1 e informou que uma testemunha ocular do caso será ouvida ainda nesta sexta-feira (5). Segundo Ione, a testemunha estava no dia em que a suspeita recebeu o dinheiro da família do adolescente.

A delegada também contou que Regina foi intimada a comparecer à delegacia às 11h desta sexta (5). No entanto, o advogado dela foi quem compareceu, entregando um atestado médico de 30 dias.

A Polícia Civil também informou que os áudios fornecidos estão com a perícia e mais testemunhas serão escutadas.

Entenda o caso

O caso chegou às autoridades policiais após a família do rapaz, que mora na cidade de Guarani (MG), procurar a advogada Teresinha Bento por suspeitar que a mulher praticava o crime de realizar cobrança para disponibilizar vagas em leitos públicos.

Segundo apuração do MG1, o hospital Santa Casa de Misericórdia afirmou que Regina não trabalha na instituição e que abriu investigação interna para apurar as informações.

O jornal também escutou a prima do adolescente, que não quis ser identificada e afirmou que ele foi baleado na coluna no fim de 2020 e aguarda há mais de dois meses pela cirurgia.

De acordo com a familiar do adolescente, Regina afirmava que a cirurgia particular seria R$ 60 mil e que se ela pagasse R$ 4 mil, a instrumentadora "daria um jeito" na guia do SUS. A prima achou estranha a conduta e acionou a advogada, que para continuar a conversa se passou por outra parente do rapaz.

Para a polícia, a atitude apresenta indícios de que essa não teria sido a primeira vez que a suspeita negociou a compra de vaga do SUS para cirurgias.

A família registrou um Boletim de Ocorrência (BO). Segundo Ione Barbosa, "isso configura, em tese, o crime de estelionato".

A Secretaria Municipal de Saúde de Guarani informou que uma guia do SUS para a cirurgia do adolescente foi lançada e que aguarda a liberação da Santa Casa de Misericórdia. A pasta relatou que não tinha conhecimento da denúncia que foi feita pelos familiares do paciente.

https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2021/02/05/testemunha-ocular-sobre-caso-de-extorsao-para-antecipar-cirurgias-pelo-sus-em-juiz-de-fora-deve-ser-ouvida-nesta-sexta-feira.ghtml

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