Publicado em 15 de janeiro de 2021 por Tribuna da Internet
Carlos Newton
Está difícil acreditar no futuro do Brasil quando se depara com a realidade da política atual, dividida em dois grupos suprapartidários, que pairam acima de ideologias – os que são a favor da Lava Jato e os que estão contra.
É justamente essa realidade que explica a posição do PT, um dos partidos mais nauseabundos do país, que fechou apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à presidência do Senado, porque ele é contra a Lava Jato e promete, por baixo dos panos, tudo fazer para sepultar a luta contra a corrupção.
SORRATEIRAMENTE – Ou seja, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi preterida pelo PT porque defende abertamente o prosseguimento da Lava Jato e a luta contra a corrupção, enquanto o melífluo Pacheco faz o contrário, sorrateiramente, por baixo das asas do Planalto.
O pior é o objetivo que move o PT, submisso a Bolsonaro e Alcolumbre. A luta do partido contra a Lava Jato visa a anular as condenações do ex-presidente Lula da Silva, para que ela possa ser candidato em 2022.
Na semana passada, aliás, o petista Fernando Haddad deixou de escrever artigos na Folha, porque o jornal se recusa a defender a anulação dos julgamentos de Lula, vejam a que ponto chegamos.
TRÊS PODERES – Como se sabe, essa campanha para destruir a Lava Jato e o ex-juiz Sérgio Moro tem apoio entusiástico dos três Poderes da República, cujos marqueteiros até criaram uma expressão depreciativa para desmoralizar a luta contra a corrupção – o “lavajatismo”.
Essa campanha abjeta e vergonhosa já conseguiu tornar o Brasil o único país da ONU a prender criminosos somente após julgamento em quarta instância, enquanto a maioria das nações tem apenas três instâncias.
Agora, o novo capítulo é evitar que a senadora Simone Tebet chegue à presidência do Congresso e possa contribuir para desemporcalhar a política deste país.
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