Por Estadão Conteudo, 02/08/2020 às 13:03
atualizado em: 02/08/2020 às 13:07
Foto: Isaac Nobre/ Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar governadores neste domingo (02) por medidas de restrição adotadas para conter a transmissão do novo coronavírus.
Segundo ele, os mesmos governadores que "quebraram" a economia de seus Estados, agora pedem que o auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo federal se torne permanente.
Bolsonaro, no entanto, alertou que, ao mês, o benefício custa R$ 50 bilhões aos cofres da União, e que a concessão por tempo indefinido iria "arrebentar a economia" do País.
O auxílio é pago a trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores e desempregados que ficaram sem renda durante a pandemia do novo coronavírus.
"Agora, os informais foram simplesmente dizimados. Alguns estão defendendo o auxílio emergencial indefinido. Esses mesmos que quebraram o Estado deles, mesmo governadores que quebraram seus Estados, estão defendendo agora o emergencial de forma permanente. Só que por mês são R$ 50 bilhões, vai arrebentar com a economia do Brasil", disse o presidente ao parar numa padaria do Lago Norte, em Brasília, durante passeio de moto.
Pressionado para não interromper a ajuda financeira para a população vulnerável, o governo Bolsonaro quer transformar o auxílio num novo programa, batizado de Renda Brasil, uma reformulação do Bolsa Família, marca da gestão do ex-presidente Lula, que o ajudou a cooptar os votos do eleitorado de baixa renda. Como mostrou o Estadão/Broadcast, pesquisas apontam que foi Bolsonaro quem mais ganhou com o pagamento do auxílio de R$ 600.
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