Esse tipo de maluquice antigamente nem chegava ao Supremo
Paulo Saboia
As Instituições são seus fundamentos, sua história e as pessoas que as representam. Depois do golpe de 64, Castelo Branco foi visitar o Supremo Tribunal Federal e pedir a seu então presidente, Alvaro Ribeiro da Costa, apoio do STF aos seus atos. Ribeiro refutou com veemência tal proposta. ao que Castelo retrucou com ameaça de cassação de ministros do Supremo. Ribeiro da Costa disse então que se fizessem isso, ele fecharia o Tribunal e entregaria as chaves ao porteiro do Palácio do Planalto.
Castelo não cassou nenhum ministro. Em outro episódio famoso, o STF, acuado pelo Executivo, recusou-se a examinar a “lei da mordaça” que censurava a edição de todos os livros no país.
ARRANCOU A TOGA – O Ministro Adaucto Lúcio Cardoso – que curiosamente tinha sido nomeado por Castelo para substituir Ribeiro da Costa que se aposentara, – diante do resultado vexaminoso para o STF, arrancou a toga, jogou sobre a mesa e disse que nunca mais voltaria àquele Tribunal. Pediu aposentadoria imediatamente.
Olhando para o Supremo de hoje, não vejo naquela Instituição nem uma sombra que se assemelhe a homens da envergadura moral e da coragem cívica dos que acima citei como exemplos que me ocorrem, entre tantos outros.
Só vejo ministros se desmoralizando a cada dia, com inquéritos extravagantes, decisões estapafúrdias e conflitantes que impõem um corre-corre burlesco para dar ares de legalidade que só apequenam a Instituição a que pertencem.
MEDO DA MALUQUETE – Medrosos, inseguros, cônscios da sua irrelevância e de suas culpas, tremem diante de uma maluquete e seus 30 mané-fogueteiros que de tão ridículos não mereciam nem uma nota de pé de página, mas de repente são “uma ameaça às instituições, ao Estado de Direito e à Democracia”.
Só me faz lembrar a história que fala que os elefantes, com aquele tamanho, se pelam de medo de um mero ratinho. Patético! Posted in Geral
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