JUIZ DE FORA - 1/6/2020 - 15:54
Já está aberto o “Cadastro Municipal de Cultura – Juiz de Fora”, que tem o objetivo de mapear os agentes do sistema cultural da cidade, incluindo artistas, produtores, técnicos, especialistas, gestores, oficineiros, professores e todos os outros profissionais que atuam nesse mercado. Lançado pela Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa), o banco de dados subsidiará e redirecionará políticas públicas de fomento à cultura, permitindo que tenham maior pluralidade, alcance e efetividade. Para se cadastrar, basta acessar o link funalfa.com.br/cadastro e preencher os dados solicitados.
O mapeamento cultural vinha sendo planejado pela Funalfa e pelo Conselho Municipal de Cultura (Concult) como ferramenta capaz de transformar em dados tangíveis o mercado cultural local. “A Funalfa não conhece todos os agentes culturais que atuam na cidade, e nem todos eles conhecem a Funalfa. Isso reforça a importância do cadastramento, inclusive, porque não falamos especificamente de artistas. A ideia é atingir trabalhadores de toda a roda que move a cultura, que faz o sistema funcionar”, explicou o diretor-geral da Funalfa, Zezinho Mancini.
Segundo ele, a pandemia de covid-19 tornou a ação ainda mais urgente, tendo em vista que a cultura está entre os setores mais afetados pela quarentena, que levou ao fechamento de espaços culturais e suspensão de eventos, aulas e demais atividades do setor. Por conta disso, uma adaptação foi feita ao modelo original do formulário, com a inclusão de duas baterias de perguntas.
“Além das informações gerais, estamos colhendo dados sobre o impacto do isolamento social. Queremos saber que eventos foram suspensos, quem perdeu o emprego, qual o tamanho desse prejuízo. Com base nas informações apresentadas, será possível entender que trabalhadoras e trabalhadores da cultura teriam direito ao auxílio emergencial do Governo federal, proposto no texto substitutivo do Projeto de Lei 1.075”, acrescentou Mancini. Depois de ser aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto tramita essa semana no Senado e, se aprovado, irá para sanção ou veto presidencial.
O diretor-geral da Funalfa argumentou que a eficiência do mapeamento depende da mobilização da classe artística: “É fundamental que a categoria não só preencha o cadastro, como ajude a divulgá-lo, para que chegue a todos os entes do complexo sistema de cultura de Juiz de Fora”. Zezinho esclareceu ainda que o cadastro ficará permanentemente aberto, mas orientou para que o preenchimento ocorra de forma imediata, tornando possível compreender quais são as demandas emergenciais da cultura no cenário de pandemia.
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