segunda-feira, 25 de maio de 2020

Lembrando o astrônomo Ronaldo Mourão, o brasileiro que virou nome de asteroide

Mourão era um dos astrônomos mais respeitados do mundo

Antonio Rocha

Nesta segunda-feira, 25/05/20, completaria 85 anos um dos cientistas brasileiros de renome internacional. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, licenciatura plena em Física na UERJ, fez doutorado em Paris, na Sorbonne. Durante décadas foi o astrônomo-chefe do Observatório Nacional e também durante décadas assinou uma coluna semanal sobre Astronomia e temas afins no antigo Jornal do Brasil impresso, que era reproduzida em jornais de outras capitais brasileiras.

Membro de diversas e conceituadas instituições em sua área de atuação, o premiado Mourão em 22/05/1980, viu o seu sobrenome batizar o Asteróide 1590, uma homenagem ao primeiro brasileiro a ter o seu nome associado à descoberta científica na Astronomia, por ter identificado diversos asteróides desconhecido. Era membro da Academia Brasileira de Letras e morreu em 2014. 
Mourão escreveu este junto com o pensador japonês Ikeda

TAMBÉM É BUDISTA – Autor de vários livros em sua área acadêmica e mais de cem artigos publicados nas principais revistas científicas do Exterior, Ronaldo Mourão é um estudioso da Filosofia Budista e nesse campo publicou em 2009, “Astronomia & Budismo – Uma jornada rumo ao distante Universo” livro escrito a quatro mãos, na verdade, um diálogo de alto nível entre ele e o pensador budista japonês Daisaku Ikeda, 190 páginas.

Em determinado momento conversam sobre Literatura e Mourão diz sobre o francês Victor Hugo, autor do clássico “Os Miseráveis”: “A grande mensagem de Hugo é a do humanismo. Ele descreve a trágica realidade social como um ensinamento, não se desvia da miséria ou da fome nem se pactua com ela, nem a admite, não é persuadido e a enfrenta como ser humano. Hugo cultivou o amor ao próximo pelas experiências de perda que tivera ao longo de sua vida”.

VIDA INFINITA – E o filósofo Daisaku afirma na página 147: “A introspecção no coração humano, tal como foi descrita por Hugo, e a percepção da lei ou “dharma” como princípio último da evolução criativa do universo, constituem a iluminação de Sakyamuni, da Índia. O microcosmo da vida humana foi percebido por Buda Sakyamuni”.

Microcosmo homem, macrocosmo vida infinita. Eis a jornada que os sábios autores nos propõem rumo a esses caminhos longínquos que podem ser intuídos internamente e externamente por todos os que se dedicam a parar um pouco o corre-corre da vida e refletir… meditar… Posted in Geral

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