A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como pandemia o surto do novo coronavírus no começo de março de 2020. Com origem na cidade chinesa de Wuhan, em 2019, a covid-19 — o nome dado à doença — já infectou milhares de pessoas e causou ao menos 10 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Afinal, o que é uma pandemia? De acordo com a OMS, essa palavra é utilizada para definir os casos em que uma doença atinge uma proporção global, espalhando-se por diversos continentes. Uma pandemia não necessariamente significa uma doença com alto índice de letalidade, mas que se espalhou pelas diversas regiões do planeta.
O surto de coronavírus não é o primeiro que atinge o status de pandemia na história da humanidade. Inclusive, a covid-19 é de uma família de doenças que já existem no mundo desde a década de 1960. A peste negra, a cólera e a gripe espanhola são alguns dos exemplos que contaminaram diversas pessoas em nosso planeta nos últimos séculos. Saiba mais!
Peste negra
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A peste negra (ou peste bubônica) foi uma das grandes pandemias da Idade Média. Estima- se que, em 1348, ela chegou à Península Itálica e foi mortal.
Acredita-se que tudo começou na Mongólia, onde pulgas hospedeiras da bactéria Yersinia pestis infectaram uma grande quantidade de ratos, que depois entraram em contato com os seres humanos. Com os navios servindo de principal meio de transporte para os comerciantes da época, os roedores se abrigavam dentro dos navios e, dessa forma, eram transportados do Oriente para o Ocidente.
A pandemia atacava os sistemas linfático, circulatório, respiratório e sanguíneo do corpo humano, fazendo o indivíduo ter pouco tempo de vida após ser infectado pela doença. Com a falta de saneamento básico, higiene e recursos científicos, alguns pesquisadores acreditam que a doença tenha matado um terço da população europeia.
Cólera
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A cólera é uma doença com diversos grandes surtos durante os séculos e ainda não é uma enfermidade erradicada no mundo. Seu vírus causa diarreia, vômitos, náuseas e dores abdominais. Essa doença causou oito surtos de pandemia no decorrer de sua existência.
A sua primeira grande aparição foi em torno de 1817, quando se espalhou pela China. Após contaminar o país asiático, foi disseminada entre outros países, como o Azerbaijão, o Cazaquistão, o Turcomenistão e a Rússia por meio do Mar Cáspio.
Segundo dados da OMS, a principal forma de infecção por cólera é por meio de água e alimentos infectados. O vírus mata até hoje de 100 a 120 mil pessoas por ano, no mundo todo. A melhor forma de combate a essa doença é pelo investimento do poder público em vacinas e na prevenção — esta inclui higienização correta de alimentos e saneamento básico adequado.
Gripe espanhola
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Também conhecida como "mãe das pandemias", a gripe espanhola teve origem em 1918, nos Estados Unidos, durante as preparações para a Primeira Guerra Mundial. Na ocasião, um soldado americano na base de Fort Riley adoeceu de uma forte gripe e contaminou mais 200 soldados em uma semana.
Em 14 dias de epidemia, a enfermidade já havia levado mais de mil militares aos hospitais nos EUA e se espalhado pelos acampamentos do exército. Assim, o vírus "pegou carona" com os soldados estadunidenses e chegou na Europa, onde ganhou grande proporção. Estima-se que a gripe espanhola tenha causado 100 milhões de mortes no mundo, sendo a doença mais mortal de todos os tempos.
O vírus influenza H1N1, causador da doença, tem grande potencial de mutação dentro do corpo humano e por isso se torna uma enfermidade tão perigosa. No Brasil, essa patologia causou em torno de 35 mil óbitos, incluindo a de Rodrigues Alves, naquela época presidente da República.
Fonte: G1, Istoé, Exame.
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