JUIZ DE FORA - 7/4/2020 - 17:06
Foto: Divulgação
Com a nova orientação das autoridades sanitárias, para que as pessoas utilizem máscaras de proteção sempre que saírem de casa, cresce a produção artesanal das peças, produtos escassos no mercado. Vinte e duas alunas das oficinas de artesanato da Praça CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados “Coronel Adelmir Romualdo de Oliveira”) aderiram ao movimento e estão confeccionando máscaras, em ambiente domiciliar. Desde quinta-feira, 2, o grupo já produziu em torno de quatro mil unidades.
Conforme o coordenador-geral da Praça CEU, André Noronha, a mobilização teve início com um convite da Rede de Ajuda Humanitária, que tem entre os integrantes o Moinho, empreendimento em construção na Zona Norte, e empresas como a Simappel e Drogaria Souza: "além de ser oportunidade de contribuir na luta contra a disseminação do coronavírus, enfrentando um dos principais problemas que é a falta de EPIs (equipamentos de proteção individual), o trabalho oferece renda alternativa para mulheres atendidas na praça”. Ele explicou que todo o material necessário (tecido, linha e elástico) é entregue em cada casa pela Rede de Ajuda Humanitária, e que as alunas que aderiram à proposta recebem R$ 0,50 por peça.
Parte da produção é doada para serviços de saúde, e outra comercializada com objetivo de garantir a aquisição de mais material e a remuneração das costureiras: “Estou produzindo média de cem máscaras por dia. O dinheiro é ajuda, mas, para mim, o mais importante é a solidariedade”, afirmou a professora aposentada Sônia Maria Gomes da Silva, 70 anos. Moradora no Bairro Araújo, ela é uma das alunas da Praça CEU que aderiram à produção. “Estava em casa sem fazer nada e com máquina de costura à disposição. Acho que sou mais curiosa que costureira”, brincou. “Mesmo assim, atendi ao chamado. Quando comecei a produzir a primeira peça já tinha o entendimento de como essa ação é importante para todos. É o meu jeito de contribuir na luta contra a pandemia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário