Por Amanda Andrade, G1 Zona da Mata
08/02/2020 11h22
Desde 19 de março, a barragem PCH Mello, em Rio Preto, seguia em estado de alerta nível 1 emitido pela Vale — Foto: José Luiz Cunha Júnior/Arquivo Pessoal
O Corpo de Bombeiros realiza na manhã deste sábado (8) uma vistoria na barragem Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Mello, em Rio Preto, depois que a Vale, empresa responsável pela estrutura, retirou cinco famílias que moram nas proximidades do local.
A Vale informou em comunicado emitido na sexta-feira (7), que as famílias de Rio Preto foram retiradas na noite de quinta (6) após a identificação uma possível de surgência de água na barragem, porém, durante a inspeção, técnicos da empresa explicaram que a situação foi causada por encharcamento do solo.
Entretanto, por telefone, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Rio Preto informou que houve um vazamento de água.
A empresa informou ao G1 por telefone, neste sábado, que não há risco de rompimento da estrutura e que a mesma é considerada estável.
Inspeções
As inspeções realizadas pela Vale indicaram que a situação foi causada pelo encharcamento do solo em função de fortes chuvas que atingiram a Zona da Mata nos últimos dias.
Os bombeiros informaram ao G1 que estão no local, junto com a Defesa Civil, para realizar uma nova inspeção da barragem, já que na sexta-feira não houve luminosidade suficiente para analisar certos pontos.
As cinco famílias retiradas são moradoras de locais considerados como Zona de Autossavelmento (ZAS) no município de Rio Preto e foram abrigadas em casas de parentes, hotéis e pousadas. A Vale informou que na manhã deste sábado (8), duas famílias já haviam retornado para as residências.
A empresa informou que não há interdição em áreas próximas à PCH Mello.
Risco de rompimento em 2019
A Vale decretou estado de emergência (nível 2) na barragem do Mello no dia 16 de março de 2019. Na data, cerca de 29 moradores do povoado de Conceição de Monte Alegre, distrito de Santa Bárbara do Monte Verde, foram retirados por conta de risco eminente de rompimento.
Na época, segundo a empresa, a ação foi feita em razão do aumento do volume de água da represa pelas fortes chuvas que ocorreram na região.
O encerramento do nível 2 ocorreu no dia 19 de março, depois que uma empresa externa de engenharia contratada pela Vale atestou a segurança e estabilidade da barragem. A barragem seguiu em estado de alerta nível 1 até o dia 22 de maio, quando foi encerrado.
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