terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Visitação gratuita - CCBM abre quatro exposições artísticas na quinta-feira

JUIZ DE FORA - 10/12/2019 - 15:42
Foto: Divulgação

Pinturas, ilustrações, instalação e fotografias estão entre as modalidades artísticas apresentadas nas quatro mostras que serão abertas no Centro Cultural “Bernardo Mascarenhas” (CCBM – Avenida Getúlio Vargas, 200 – Centro), na quinta-feira, 12, às 19 horas. Serão três exposições individuais e uma coletiva, com 31 artistas. A visitação é gratuita e livre para todos os públicos, até 10 de janeiro de 2020, de terça a sexta-feira, das 9 às 21 horas, e aos sábados e domingos, das 10 às 18 horas.

As quatro mostras
“Palavras Ilustradas” - Organização: Fernanda Cruzick
Artistas: Alberto Pinto, Alexandre Marinho, Ana Cecília, Cadu Marques, Carolina Magalhães, Daniel Rodrigues, Dorotéia do Vale, Evandro Luiz, Geovani Montes, Gustavo Buruga, Kátia Badaró, Knorr, Lau Aversa, Leonardo Paiva, Lu Fresz, Luara Nascimento, Luciano Giovani, Luisa Barros, Luíza Costa, Márcia Evaristo, Margareth Guiga, Martina Fantini, Neiva Munck, Neruuu, Paulo Sérgio Talarico, Rafael Dantas, Rosália Lopes, Salimena, Valéria Magalhães, Vinícius Chagas e Weder Meirelles

A coletiva reúne artistas atuantes no campo da ilustração em Juiz de Fora, com as mais variadas formações, técnicas e linguagens. A mostra cria pontes entre as artes plásticas e a literatura, ao mesmo tempo em que cumpre o papel de vitrine para este segmento. A exposição ainda possibilita o encontro dos artistas reunidos, dividindo a mesma paixão – a de trazer conteúdo às palavras, transportando o leitor, de mundos abstratos a visíveis e palpáveis, a partir do seu “fazer artístico”. Plasticamente, a exposição faz um passeio por técnicas como pastel, colagem, lápis de cor, nanquim, arte digital e aquarela - muitos dos infinitos recursos que cada artista tem e pesquisa, como possibilidades para a criação deste “novo mundo” das imagens.

“Melancolia, o que não se vê”   -  Artista: Denilson Luiz
A mostra apresenta 13 fotografias e propõe discussão em torno da representatividade da depressão (melancolia), uma das mais discutidas doenças psiquiátricas da atualidade. No ensaio, realizado no Parque da Lajinha, pessoas foram retratadas como observam ao seu redor, a convivência social, a natureza, as cores e a ausência de empatia pela vida. A edição de cada fotografia foi realizada em duas camadas, uma em cor e outra em preto e branco, para mostrar a visão das pessoas que sofrem deste distúrbio psiquiátrico, onde a vida perde a cor. A técnica utilizada pelo autor, diagnosticado com depressão em 2012, foi a fotografia digital, focando a expressão corporal dos atores, que aparecem com as cabeças encobertas, em alusão ao isolamento que a melancolia proporciona.
 
“Junkyard”     Artista: Ramón Brandão
O nome da exposição vem do inglês e significa “depósito de lixo”, definindo o local onde é jogado o que não tem mais utilidade. A sociedade é prodigiosa em produzir mais e mais objetos e seus significados que, no entanto, terão existência efêmera, repetindo o ciclo do fascínio pela novidade, o uso e abuso e o descarte. A mostra propõe uma reflexão sobre este ciclo, que culmina na acumulação de objetos despidos de seu caráter utilitário, mas que ainda existem fisicamente, às vezes ocupando apenas o vazio de significados e significantes. Assim, veículos, arquiteturas e até vidas despidas de utilidade e dignidade se transformam em meras lembranças de qualquer coisa chamada humanismo. Ramón Bradão convida à reflexão a partir de imagens que tentam falar destes campos de lixo que contêm os resquícios daquilo que ainda chamamos civilização.

“Do Juízo (à Pena e das Plumas ao) Implícito”     Artista: Renato Soares
A mostra é uma instalação artística que tem como fonte de pesquisa e poética o Hospital Psiquiátrico de Barbacena e suas cruéis práticas de aprisionamento e tratamento dos pacientes no século 20. Busca trazer à tona a questão da impunidade do Estado, através do encobrimento institucional que transformou essa história em fragmentos de memórias pessoais dos internados, como registrado no livro “Holocausto Brasileiro”, da jornalista Daniela Arbex. Sessenta mil penas carimbadas com as iniciais do hospital serão cercadas por uma estrutura feita de gesso. A escolha de penas se deu em razão da denominação dada aos uniformes que os pacientes utilizavam - azulão -, que é, também, o nome de um pássaro.
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044

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