quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Empresário foi preso em Mateus Leme após denúncias de abusos sexuais contra seis meninas de 9 a 12 anos

Por CAROLINA CAETANO    -  27/11/19 - 14h14
Segundo mãe de vítima, suspeito mandou fotos para o celular do pai da garotinha -  Foto: ALEX DE JESUS

A mãe de uma das vítimas do empresário investigado por abuso sexuais em Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, afirma ter sido induzida a assinar um documento que inocentava o homem de 45 anos. Em conversa com a reportagem de O TEMPO, nesta quarta-feira (27), a dona de casa contou que o papel foi enviado por um suposto advogado do comerciante. Investigações da Polícia Civil apontam que ao menos seis meninas, de 9 a 12 anos, foram vítimas do homem na cidade.

A mulher recebeu a reportagem em casa, e, ainda muito abalada, afirmou que a família confiava no empresário. O investigado já conhecia o pai da garotinha. 

"A minha filha, depois de muito tempo, me contou que estava recebendo as fotos dele nu, mostrando o órgão sexual, e ele também pedia fotos dela sem roupas. Minha menina estava escutando música no celular do meu esposo, esse homem mandou uma mensagem como se fosse para o meu marido, e minha filha disse que o pai estava dormindo. Foi aí que ele (o investigado) passou a mandar as imagens", explicou a mãe, sob anonimato.

A menina teria sido orientada a apagar as fotos e ameaçada para não contar o que tinha acontecido. Caso contrário, "aconteceria o pior". A vítima só tomou coragem de contar aos pais quando outras famílias começaram a denunciar. 

"Um dia antes dela me contar, esse advogado mandou um documento, eu não lembro o documento inteiro, mas lá eu tinha que declarar que esse homem nunca tinha mexido com os meus filhos. Depois que a minha menina contou, fui à polícia porque eu, como mãe, tinha assinado um documento falso. Eu queria defender a minha filha. A gente confiava nele", desabafou.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, André Luiz Cândido Ribeiro, em depoimento, a mãe da vítima também contou que assinou o papel, mas o documento ainda não foi apresentado.

A reportagem não conseguiu localizar o advogado de defesa do suspeito para que ele possa comentar a denúncia da mãe de uma das vítimas.

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