Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Publicado em 04/10/2019 - 06:31
Por Agência Brasil Brasília
A Igreja de São Francisco de Assis, no Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, reabre suas portas nesta sexta-feira (4) e poderá realizar batizados, casamentos e missas.
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a igreja, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi a primeira no Brasil construída no modelo modernista.
A obra recebeu investimentos de R$ 1,07 milhão do governo federal por meio do instituto. A igreja estava fechada desde 2017.
A cerimônia de entrega ocorre no dia de São Francisco de Assis, patrono da igreja. Os procedimentos de restauração incluíram revitalização de piso, revestimentos, pinturas, impermeabilização e recuperação de elementos danificados.
A obra também removeu o forro da nave, instalou telhas e calhas, revisou a instalação elétrica e reformou sanitários. Os serviços foram feitos pela prefeitura de Belo Horizonte e pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
História
Construída entre 1942 e 1943, o imóvel foi entregue à igreja apenas no fim da década de 1950 por causa da recusa de dom Cabral, primeiro arcebispo de Belo Horizonte, de consagrar a Igreja em razão de suas formas modernas, que contrariavam os padrões religiosos da época. Em 1959 a igreja foi consagrada como templo religioso por dom João de Rezende Costa.
O templo é reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro desde 1947. Ele está inserido no Conjunto Moderno da Pampulha, reconhecido como Patrimônio Mundial desde 2016.
A igreja tem painéis e pinturas de Cândido Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti, arte abstrata em pastilhas de Paulo Werneck e paisagismo no entorno de Roberto Burle Marx.
Investimentos
Além da obra na igreja da Pampulha, o Iphan entregou sete obras no estado, com destaque para a restauração do Teatro Municipal de Sabará. Mais nove estão em execução.
O investimento total é de aproximadamente R$ 40 milhões.
Edição: Kleber Sampaio
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