terça-feira, 11 de junho de 2019

MG - Parcelamento de salários seguirá por tempo indeterminado, diz secretário

Por SÁVIO GABRIEL
11/06/19 - 13h48
Foto: CRISTIANO TRAD / OTEMPO 25/03/10

O parcelamento de salários do funcionalismo público mineiro não tem previsão para acabar. A informação foi repassada pelo secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, durante sabatina realizada pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG). De acordo com Barbosa, ainda que o Estado reconheça que a situação não é a ideal, a crise financeira impede que os vencimentos voltem a ser pagos em parcela única.

O pagamento de forma parcelada teve início em 2016, ainda na gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT), devido às dificuldades financeiras. “É o que mais a gente deseja. A gente tem feito isso (dar previsibilidade), mas não tem acontecido como a gente deseja. A previsibilidade (ideal) seria pagar sem parcelar, mas não conseguimos”, disse o secretário.

Gustavo Barbosa acrescentou que o máximo que pode ser feito, no atual momento, é prever o dia de pagamento das parcelas. “Não seria adequado falar algo que eu não possa cumprir”, afirmou.

Atualmente, além dos salários, das aposentadorias e das pensões dos funcionários públicos, o 13º referente ao ano passado também está sendo pago de forma parcelada desde o início do ano, e a previsão é que o beneficio seja totalmente quitado em novembro.

Recuperação fiscal
Em entrevista à imprensa após o encontro, Gustavo Barbosa condicionou o fim do parcelamento à aprovação do projeto de recuperação fiscal, que deve ser encaminhado pelo governador Romeu Zema (Novo) em breve à ALMG. “Quando e se o plano debatido na Assembleia for aprovado, aí sim a gente pode dar uma data (para que os pagamentos sejam feitos em parcela única). Antes disso não tenho como dar”, disse.

O secretário afirmou que se o plano não for aprovado a situação pode piorar. “É uma questão estrutural do Estado. Se não for feito alguma coisa, vai piorar, claro. Essa é a tendência”, disse, sem detalhar mais informações.

Jornal OTempo

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