Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Antonio Carlos Fallavena
Em primeiro lugar, é preciso corrigir o que se quer corrigir: educação não é escolarização e família não é escola! Então, pergunto: quem deseja, realmente, um ensino de qualidade? Os professores querem mais salários, liberdade para “ensinar” mesmo sem qualidade no serviço. E ensinar o que? Já os pais querem que os filhos tenham um lugar para ficar. Muitos nem sabem onde os filhos estudam!
Os governantes tem medo de enfrentar os problemas da escola e loteiam o setor das secretarias para partidos. Os legisladores “demagogizam” o mais que podem. Se pressionados, aprovam tudo. Afinal, já estudaram e os filhos estão na escola privada. Aliás, muitos professores da rede públicos têm seus filhos na escola particular. Deveriam explicar as razões. Espero que não seja pela baixa qualidade da escola pública.
E OS ALUNOS? Bem, os alunos querem passar, mesmo não sabendo muito. Afinal, a legislação faculta a aprovação dos não qualificados!
As comparações com outros países são vexaminosas e servem também para clarear as diferenças da sociedade. Países como Finlândia e Coréia do Sul oferecem um modelo de escolarização que justifica também as profundas diferenças culturais e de formação dos seus povos em relação ao Brasil. Estas pequenas/grandes diferenças fazem toda a diferença!
Fico imaginando o que diriam nossos professores, atualmente idealizados por si mesmos como “trabalhadores em educação”, como reagiriam diante das normas aplicadas nos países acima! Talvez argumentem que, naqueles países, os professores são respeitados, bem remunerados e as escolas possuem boas estruturas, etc, etc. Ora, é preciso fazer-se perguntas sérias, fundamentadas e oferecer respostas, propostas.
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ALGUMAS PEQUENAS PERGUNTAS AOS PROFESSORES
Agora, vamos a algumas perguntas que poderiam/deveriam ser feitas para aqueles que só dizem que a escola é ruim porque faltam recursos; porque os governos não querem que o povo tenha conhecimento e cultura para continuar alienado e idiota; porque os professores são mal remunerados e desrespeitados; porque as escolas não tem equipamentos, etc; porque as escolas são assaltadas, vandalizadas e tudo mais.
– concordam com avaliações anuais de conhecimentos e de resultados de seu trabalho?
– aceitam avaliar seus colegas, suas escolas, direções etc.?
– alteração de seu tempo de serviço, considerando a maior expectativa de vida?
– utilização da meritocracia?
– concordam na reforma de seus estatutos funcionais?
– aceitam organização legal e independente do segmento dos pais?
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ALGUMAS PEQUENAS PERGUNTAS AOS PAIS
Vamos a algumas perguntas que poderiam/deveriam ser feitas para os pais ou responsáveis pelas crianças:
– entendem que educar é tarefa da família e escolarizar é missão dos professores?
– aceitam participação obrigatória na associação de pais da escola?
– participar das reuniões de avaliação de resultados e ocorrências nas escolas?
– ajudar a escola nas atividades comunitárias e sociais?
MAIS DINHEIRO? Para quê? Para reformar uma casa que já ruiu? Para pagar melhor os que não trabalham, sem diferenciá-los dos que são dedicados?
Vivenciando a escola, por dentro e por fora, é possível conhecer e avaliar as dezenas de questões sem soluções, que colocaram a educação e o ensino no patamar atual.
Para muitas delas, existem experiências e respostas. As não correções de rumo levaram, e continuam levando, nossa escola para a escuridão!
PALPITEIROS – Enquanto isto, centenas de “palpiteiros” falam mesmices, chavões e avaliações ridículas. Falam o que lhes interessa e o que os “mesmos de sempre” querem ouvir. No fundo, consciente ou não, ajudam a que tudo continue como está – ruim e sem um futuro melhor.
Será que todos os interessados, realmente, querem uma escola melhor?
Na minha infância, brincávamos de escola. Nas últimas décadas, governos, magistério e a sociedade, têm brincado com a escola!
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