quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Corregedoria da Polícia Civil de MG assume investigação de tiroteio entre policiais em Juiz de Fora

Por Rafael Antunes, G1 Zona da Mata

25/10/2018 12h44 
Corregedoria da Polícia Civil de MG assumiu investigação de tiroteio — Foto: Luiz Felipe Falcão/G1

A assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais informou na tarde desta quinta-feira (25) que assumiu toda a investigação do caso envolvendo a troca de tiros entre policiais mineiros e paulistas em Juiz de Fora.

Com isso, a apuração que estava em andamento na Delegacia de Homicídios de Juiz de Fora passa integralmente para Belo Horizonte, que investigava até então apenas a conduta dos policiais mineiros.

A ocorrência da última sexta-feira (19) deixou um policial civil e um empresário mortos, além de cinco pessoas presas – quatro policiais paulistas e um doleiro mineiro.


A assessoria da Polícia Civil disse ainda que não serão repassadas informações sobre o andamento das investigações e que não há previsão de quando o inquérito e o procedimento administrativo serão concluídos.

Histórico do caso
Na última sexta, um tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de São Paulo deixou o policial Rodrigo Francisco, de 37 anos, morto no estacionamento do Hospital Monte Sinai, no Bairro Dom Bosco. No local do crime, também estavam empresários e um doleiro.

No final da manhã desta quinta, um dos empresários, que também tinha ficado ferido, morreu na mesma unidade hospitalar. Jerônimo da Silva Leal Júnior, de 42 anos, era dono de uma empresa de segurança e estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Políciais civis de MG e SP se envolveram em tiroteio no Hospital Monte Sinai em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração

Ao todo, quatro policiais foram presos por lavagem de dinheiro; um homem de 42 anos foi preso por homicídio e um idoso, de 66, por estelionato tentado. Mais de R$ 14 milhões - a maioria em notas falsas - foram apreendidos, junto com armas, cartuchos, carros e distintivos.

Outros cinco policiais civis paulistas que também estavam em Juiz de Fora foram ouvidos e liberados. Os agentes de Minas não foram presos, mas vão responder por prevaricação, que é quando o funcionário público deixa de praticar o seu dever.

Além do dinheiro falso, foram apreendidas 16 armas, 16 celulares, um colete contra arma de fogo de uso restrito, distintivo de delegado da Polícia Civil e cartuchos, um cartão bancário e uma carteira de habilitação.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que aguarda a apuração do caso e que, se comprovados os desvios de conduta, os policiais envolvidos responderão administrativa e criminalmente, de acordo com os atos praticado por cada um.

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