domingo, 21 de outubro de 2018

Atos pró-Bolsonaro levam apoiadores a diversas cidades do país

Publicado em 21/10/2018 - 13:25

Por Vinícius Lisboa, Karine Mello - Repórteres da Agência Brasil Rio de Janeiro e Brasília

Apoiadores do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) saíram às ruas hoje (21) em apoio ao candidato. Vestidos com camisetas amarelas e uniformes da seleção brasileira, os manifestantes contam com apoio de carros de som, carregam bandeiras do Brasil e fazem o sinal de arma com a mãos - símbolo muito usado pelo candidato durante a campanha. Ontem (20), em várias cidades do país, manifestantes se reuniram contra o fascismo e a favor da democracia, pelos direitos humanos e em defesa da liberdade de expressão. Organizado por movimentos de mulheres, o ato era contrário ao candidato do PSL.

Rio de Janeiro
Na capital fluminense, a manifestação ocorreu na Praia de Copacabana, na zona sul. Carros de som, dois deles com faixas do Movimento Brasil Livre (MBL) e um do movimento Vem Pra Rua, chamam a atenção de quem passa pelo local. No microfone, organizadores atacam o PT e acusam a candidatura de Fernando Haddad de planejar que o Brasil "se transforme na Venezuela", em referência a problemas econômicos e sociais enfrentados pelo país vizinho.

Uma faixa estendida na manifestação trazia a frase "Não aceitaremos fraude" e recebia a assinatura de participantes da manifestação. Segundo a organização do ato, a faixa será levada para o Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Os organizadores repetiram durante o ato o slogan da campanha de Bolsonaro, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" e afirmaram que defendem a família, a segurança pública e a educação "sem doutrinação". O Hino Nacional foi repetido diversas vezes durante a manifestação.

Deputado estadual mais votado do estado do Rio, Rodrigo Amorim (PSL) defendeu o combate à corrupção e à esquerda e afirmou que a votação recebida traz uma grande responsabilidade. "A bancada está mais unida do que nunca".


Manifestação a favor de Bolsonaro e contra o PT na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. - José Cruz/Agência Brasil
Brasília 
Uma carreata marcada por um buzinaço ocupou as seis faixas da pista que liga o Museu da República ao Congresso Nacional onde muitos apoiadores do militar reformado estavam concentrados.

Ao longo do percurso um carro de som comandado por deputados recém-eleitos e lideranças de movimentos que, pelas redes sociais, ajudaram na convocação de eleitores de Bolsonaro, fizeram discursos contra a corrupção, ideologia de gênero e a favor da “família tradicional”. Os manifestantes também cantaram o Hino Nacional, rezaram o Pai Nosso, entoaram palavras de ordem e simularam o gesto de arma em punho, símbolo muito utilizado pelo presidenciável.

O auge do ato em Brasília foi por volta das 11h, mas nem a Polícia Militar nem os organizadores ouvidos pela Agência Brasil estimaram público. “Nosso objetivo hoje é mostrar que o brasileiro está cansado de 13 anos de governo do PT a gente quer realmente uma mudança. A gente cansou desse discurso de divisão no país e a gente acredita que o único nome capaz de unir o Brasil seja Jair Bolsonaro”, disse Fábio Constantino, coordenador do movimento Nas Ruas e um dos organizadores da carreata de hoje.

Redes sociais
Por meio do Twitter, o candidato do PSL disse que sua saúde não permite a participação em atos públicos. Ele lembrou que sofreu um atentado no início do setembro e disse que acompanha as manifestações pelo país. "Estou acompanhando os atos e meu coração está com todos vocês! Muito obrigado e que Deus os abençoe", escreveu Bolsonaro.

*Matéria ampliada às 14h34, às 15h06
Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

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Apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) se reuniram neste domingo (21) em passeata na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles caminharam da praça da Liberdade até a praça da Savassi.

O ato, organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), contou com a presença da deputada federal eleita por São Paulo, Joice Hasselmann (PSL), e do deputado federal eleito por Minas Marcelo Alvaro Antonio (PSL).

Hasselman, em discurso, agradeceu Minas Gerais e jogou rosas brancas dizendo que a campanha de Bolsonaro prega a paz. "Quem levou a facada foi o capitão. Eles nos acusam daquilo que eles são. A violência está com eles. Nossa campanha prega a paz", disse.

O candidato ao governo de Minas, Romeu Zema (Novo), foi ao ato. Ele não subiu no carro.

Durante o ato, palavras de ordem contra o Partido dos Trabalhadores eram gritadas o tempo inteiro. Os manisfestantes carregavam cartazes com frases contra os petistas. 

Segundo a socióloga Barbara Sampaio, de 63 anos, Bolsonaro não é o ideal, mas é necessário. "Eu lutei pelo impeachment, mas ali era só o começo. Agora o PT precisa perder nas urnas. Não concordo com muita coisa que o Bolsonaro diz, mas só ele é capaz de tirar o PT", afirmou.

O ato contou, segundo estimativa dos organizadores, com 50 mil manifestantes. A PM não divulgou o número de participantes.
Jornal OTempo

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