Publicado em 16/09/2018 - 10:00
Por Agência Brasil* Brasília
Um dia depois de o Tufão Mangkhut passar pelas Filipinas, as autoridades confirmaram a morte de pelo menos 29 pessoas, enquanto há buscas por 10 desaparecidos. Os números são atualizados a partir de informações das equipes de resgate. O assessor Francis Tolentino, designado pelo presidente Rodrigo Duterte para supervisionar a resposta ao desastre nas regiões afetadas, confirmou o último balanço.
Muitas pessoas morreram em consequência dos deslizamentos de terra nas regiões montanhosas que receberam as fortes chuvas e ventos trazidos pelo Mangkhut em sua passagem ontem (15) pelo norte da ilha de Luzon, no extremo norte do país.
O presidente Rodrigo Duterte visitou hoje a província de Cagayan, onde realizou uma "inspeção aérea" para avaliar os danos e se reuniu na capital, Tuguegarao, com seu gabinete para discutir os trabalhos de resposta imediata e de reconstrução.
"Compartilho minhas condolências com quem perdeu seus entes queridos", afirmou o presidente em pronunciamento ao vivo na televisão, no qual afirmou que o governo está fazendo de tudo para "o país voltar à normalidade o mais rápido possível".
A expectativa é que amanhã (17) Duterte visite a região de Cordillera, onde, por enquanto, foram registradas mais vítimas – 24 mortos e 13 desaparecidos. Na província de Nueva Ecija foram confirmadas quatro mortes e, em Ilocos, uma.
Em Cordillera, uma família de seis membros morreu quando sua casa na cidade de Baguio foi soterrada por um deslizamento de terra. Em Nova Vizcaya um homem de 36 anos e três de seus filhos – um de dois anos e outro de oito meses - morreram nas mesmas circunstâncias enquanto o resto de sua família estava em um abrigo.
Segundo Tolentino, por enquanto não há notícias de vítimas nas províncias de Cagayan e Isabela, no litoral nordeste da ilha de Luzon, e que foram as primeiras a receber as chuvas do tufão.
O assessor do presidente ressaltou que devem ser encerradas hoje as tarefas de busca e resgate para poder começar amanhã os trabalhos de reconstrução nas áreas afetadas, com o objetivo principal de restabelecer o fornecimento de energia e as comunicações.
Mais de 130 mil pessoas permaneciam neste domingo ainda nos abrigos montados pelo governo e cerca de 15 mil estavam refugiados em casas mais seguras de parentes, segundo os últimos dados divulgados pelo Centro Nacional de Redução de Desastres.
Apesar das dificuldades de acesso, a ajuda internacional já começou a fluir, precisamente 20 mil sacos de arroz do Programa Mundial de Alimentos; além de US$ 570 mil doados pela Austrália em artigos de primeira necessidade para 25 mil pessoas, que serão distribuídos pela Cruz Vermelha.
A passagem do temporal, o pior que chega às Filipinas desde o supertufão Haiyan em 2013, afetou, por enquanto, mais de 250 mil pessoas de maneira direta, segundo a Cruz Vermelha, embora mais de 5 milhões de filipinos vivam nas áreas atingidas pelo Mangkhut.
Antes do passagem do tufão, o governo filipino destinou mais de US$ 30 milhões para os trabalhos de emergência.
Após tocar terra na cidade de Baggao, no litoral nordeste do país, na sexta-feira (14), o Mangkhut tinha ventos de até 305 quilômetros por hora (km/h), fortes chuvas e provocou ondas de até 6 metros.
Em sua trajetória para o oeste, o tufão foi enfraquecendo aos poucos e saiu da área de responsabilidade das Filipinas no sábado por volta das 21h, hora local, rumo a Hong Kong (China) com ventos entre 120 km/h e 170 km/h.
*Com informações da Agência EFE.
Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil
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