sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O silêncio de Dias Toffoli sobre a “mesada” de R$ 100 mil é ensurdecedor

Toffoli pensa que vai escapar ileso, mas está enganado
Carlos Newton
Ao que parece, manter o silêncio é a estratégia do ministro Dias Toffoli, sobre a denúncia da revista digital “Crusoé” a respeito da mesada de R$ 100 mil que ele recebe de sua mulher, a advogada Roberta Maria Rangel. Dos R$ 100 mil mensais depositados pela mulher de Toffoli, diz a revista, metade (R$ 50 mil) é transferida para a ex-mulher do ministro, Mônica Ortega, e o restante é utilizado para custear as despesas pessoais de Toffoli. Ainda segundo a reportagem, a conta é operada por um funcionário do gabinete de Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os repasses, segundo a reportagem, saem de uma conta de Roberta Maria Rangel no banco Itaú com destino a outra mantida em nome do casal no banco Mercantil do Brasil. Os repasses foram realizados ao menos desde 2015 e somam R$ 4,5 milhões.
DENÚNCIA GRAVÍSSIMA – Sem alternativa de defesa, Toffoli está apostando no moderno dito popular de que a memória coletiva só dura quinze dias, mas é claro que esta estratégia não vai dar certo.
Por ser integrante do Supremo, Toffoli se julgava inatingível, mas na prática as coisas não funcionam assim. Por seu comportamento corporativista e insolente, afrontando a lei para beneficiar seus amigos e protegidos, como o ex-ministro José Dirceu, a quem propiciou “liberdade plena”, ao invés de prisão domiciliar, Dias Toffoli vem colecionando inimigos no Ministério Público Federal.
QUE DINHEIRO? – Após receber a módica quantia de R$ 4,5 milhões em três anos e meio, agora não adianta fingir que a denúncia não existiu, A investigação pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Receita será irrepresável, inclusive porque o banco Mercantil do Brasil também está envolvido. Sua equipe técnica encontrou indícios de lavagem de dinheiro nas transações efetuadas na conta do ministro, mas a diretoria do banco ordenou que as informações não fossem encaminhadas para o Coaf, órgão de inteligência financeira do Brasil.
Todos os bancos são obrigados a comunicar ao Coaf transações suspeitas de lavagem de dinheiro. E agora este é o estopim da bomba que não tarda a explodir no colo de Toffoli, como se ele estivesse pilotando um Puma no estacionamento do pavilhão Riocentro.

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