Charge do Aroeira (Portal O Dia/RJ)
José Carlos Werneck
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta terça-feira a Polícia Federal a cruzar informações dos dois inquéritos em que o presidente da República, Michel Temer é um dos investigados. Relator do inquérito que investiga decretos dos portos, ele autorizou a usar informações também o delegado que conduz investigações sobre repasse da Odebrecht ao MDB. O Palácio do Planalto informou que não comentará o assunto.
Um dos inquéritos foi aberto para apurar o chamado decreto dos portos. A suspeita é a de que Michel Temer tenha editado a medida para beneficiar empresas específicas do setor, fato negado por ele. Em outro inquérito, é investigado um suposto acerto, que teria ocorrido em um jantar no Palácio do Jaburu, de um repasse de R$ 10 de milhões da Odebrecht para o MDB. O presidente declarou à Polícia Federal não ter ‘menor ciência’ do referido acerto.
TROCA-TROCA – Com a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, depoimentos, indícios e documentos sobre o caso dos portos também poderão ser examinados e avaliados na investigação sobre os repasses da Odebrecht.
“Como se sabe, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite que elementos informativos de investigação criminal ou provas colhidas no bojo de instrução penal, ainda que sigilosos, possam ser compartilhados para fins de instruir outro processo criminal”, entendeu o ministro.
INQUÉRITO DOS PORTOS – O prazo para a PF concluir as investigações no caso dos portos termina em setembro e já foram autorizadas três prorrogações. O inquérito foi aberto no ano passado com base em depoimentos feitos em delação premiada de executivos do grupo J&F e apura se um decreto editado pelo presidente objetivava beneficiar empresas que atuam no porto de Santos. Michel Temer negou que o decreto tivesse essa finalidade.
Quanto ao inquérito sobre repasses da Odebrecht, deve ser concluído até o começo de outubro. O caso diz respeito a um famoso jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014, em que se teria acertado o repasse de R$ 10 milhões ao MDB.
ENVOLVIDOS – Segundo os delatores da Odebrecht, estavam na reunião Eliseu Padilha, Marcelo Odebrecht, então presidente da empreiteira, Cláudio Melo Filho, ex-executivo da construtora, e Michel Temer, à época vice-presidente da República.
Segundo o depoimento de Cláudio Melo Filho ao Ministério Público Federal, na ocasião Michel Temer pediu “direta e pessoalmente” a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas do MDB em 2014. Todos os envolvidos negam as acusações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Temer está acabado, raramente se ouve falar dele. As investigações sobre seus atos de corrupção caminham com celeridade na força-tarefa da Lava Jato. Quando deixar o poder, em 1º de janeiro, será a bola da vez da República de Curitiba. Para não ir logo para a cadeia, é certo que Temer ficará gravemente enfermo, como Genoino, Maluf e Picciani, doentes terminais que não morrem nunca. Temer pode até passar a usar fraldas geriátricas, como Maluf e Picciani, para não sujar a barra, digamos assim. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet
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