Ônibus incendiado em Guaxupé | Foto: Corpo de Bombeiros MG
EM 04/06/18 - 13h36
LETÍCIA FONTES
Ao menos 24 ônibus em 17 cidades foram atacados em Minas Gerais em menos de 24 horas, segundo a Polícia Militar.
A corporação trabalha com a possibilidade de uma ação orquestrada por fações criminosas organizado pelas redes sociais. Até o momento, 30 pessoas foram conduzidas, sendo que oito tiveram a prisão em flagrante confirmada.
De acordo com o chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar, major Flavio Santiago, especula-se que sejam crimes com demandas vindas de dentro dos presídios.
“Não foi algo só em Minas, tivemos registros de ações semelhantes em outros Estados, como São Paulo. O serviço de inteligência irá investigar, mas mesmo sendo regiões distantes, com as redes sociais é possível essa articulação”, afirmou.
No incêndio registrado em Itajubá, no Sul de Estado, foi deixado um bilhete com o motorista em que os bandidos reclamavam de opressão no presídio da cidade e também de problemas no presídio federal de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte.
Em Belo Horizonte e na região metropolitana, a Polícia Militar (PM) registrou três incêndios. O primeiro aconteceu por volta de 22h40 desse domingo, no bairro Santa Mônica, na região da Pampulha.
De acordo com a PM, dois indivíduos entraram pela porta traseira de um ônibus da linha 609, mandaram o motorista sair e atearam fogo no banco do trocador. Logo após a fuga dos suspeitos, o motorista voltou para o veículo e apagou o incêndio.
Pouco tempo depois, por volta de 1h dessa segunda-feira (4), um ônibus particular foi incendiado em Santa Luzia, na região metropolitana da capital. Os danos foram de pequenas proporções, segundo os militares, e o fogo atingiu o banco do motorista e o painel.
Por volta de 4h50, um outro ataque. Desta vez, no bairro Alto dos Pinheiros. O ônibus era da linha 1505 e também foi controlado no começo.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), forem nove ônibus queimados na capital em 2018.
A entidade declarou que o sistema de transporte coletivo urbano por ônibus de Belo Horizonte encontra-se impossibilitado financeiramente de repor os ônibus retirados de circulação em decorrência de incêndio criminoso.
O SetraBH destaca que um ônibus convencional queimado significa prejuízo de R$ 400 mil, incluídas no preço todas as tecnologias embarcadas, e que não há seguro contra ações dessa natureza.
Confira a lista das cidades atacadas:
Itajubá
Brasópolis
Monte Santo de Minas
Lagoa Prata
Passos
Guaxupé
Alfenas
Poços de Caldas
Uberaba
Uberlândia
Araxá
Pouso Alegre
Cruzília
Varginha
Belo Horizonte
Três Corações
Santa Luzia
Jornal OTempo
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