Os veículos da empresa Univalve estavam parados na garagem da empresa e sem ocupantes no momento em que foram incendiados
PUBLICADO EM 16/06/18 - 08h20
NATÁLIA OLIVEIRA/ MARIANA NOGUEIRA / LUIZ FERNANDO MOTTA
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Dois ônibus foram incendiados, na noite desta sexta-feira (15), em Ipaba, no Vale do Aço. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os veículos da empresa Univalve estavam parados na garagem da empresa e sem ocupantes no momento em que foram incendiados.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros suspeita-se que o incêndio tenha sido criminoso. No entanto a perícia da Polícia Civil compareceu ao local e fez os trabalhos para identificar as causas do incêndio. Os bombeiros usaram cerca de 3.000 litros de água para apagar o fogo.
Os funcionários da empresa disseram aos bombeiros que quando viram o incêndio as chamas já tinham tomado conta dos dois ônibus. Eles disseram também que não viram nenhum suspeito nas proximidades. Os veículos ficaram completamente destruídos.
De acordo com a Polícia Civil ninguém foi preso. A perícia esteve no local e as investigações estão em andamento, porém a princípio não tem ligação com ataques criminosos.
Presídio foi interditado no mesmo dia
A penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, no Vale do Aço, está proibida de receber novos presos até que a população carcerária seja reduzida. A interdição parcial do local foi determinada pela Justiça após acatar pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A decisão ainda obriga o Estado a providenciar no prazo de 60 dias, a transferência de todos os presos provisórios para unidades adequadas.
O estabelecimento prisional contava, em maio deste ano, com uma população de 718 presos definitivos e 690 presos provisórios, o que representa o triplo da sua capacidade, que é de 471 presos. A determinação vale até que a população carcerária seja reduzida para 150% da sua capacidade projetada, o que equivale a 706 detentos.
Atingido esse limite, poderão ser admitidos novos presos definitivos, desde que não se ultrapasse esse número de pessoas reclusas.
Diante da superlotação, a Justiça diz não há condições de se garantir acesso adequado à assistência material, de saúde, jurídica e social. Além disso, não há água suficiente e vem sendo necessário fazer racionamento. “Vale ressaltar que as celas no local são de 6m². Onde deveria estar um preso, estão quatro, cinco, às vezes seis”, consta na decisão.
Ao deferir os pedidos do MPMG, a Justiça apontou ainda o risco de rebelião no local, a exposição dos visitantes em longas filas, a violação da dignidade humana dos presos e a insuficiência no fornecimento de material de higiene e alimentação, entre outros problemas.
Não se sabe se há relação entre a interdição do presídio e a queima dos ônibus.
Jornal OTempo
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