Ricardo Oliveira, autor do gol, caiu de ritmo com o time no segundo tempo
PUBLICADO EM 10/02/18 - 18h25
DANIEL OTTONI
@SUPERFC
A presença do Atlético no bloco da Arena Independência, neste sábado de Carnaval, aconteceria sem um mestre de bateria definido. A despedida recente de Oswaldo de Oliveira colocou a missão do comando nas mãos do jovem Thiago Larghi, que precisaria erguer um time que mostrava ares de ressaca e com muito pouco a comemorar com a temporada recém-começada.
Diante da Caldense, que estava na zona de rebaixamento, era a chance de vencer e diminuir a diferença para o vice-colocado América, que era de cinco pontos, mostrando como muito chão ainda seria necessário para que uma nota satisfatória aparecesse por parte dos jurados vestidos de torcedores. Apesar de todas as tentativas, o ritmo apresentado foi de mais baixos do que altos, deixando os foliões do lado de fora frustrados com uma derrota por 2 a 1. O resultado fez o time cair uma posição e assumir o quarto posto na classificação.
As cinco mudanças, da defesa ao ataque, indicavam uma busca por mudança. A falta de entrosamento talvez tenha contribuído para um começo do jogo cambaleante, com a zaga batendo cabeça e a dificuldade na saída de bola impedindo criações efetivas. Antes dos 20 minutos, o gol, que amadurecia com lance cara a cara, tento anulado e bola na trave, veio com Ricardo Oliveira finalizando bem em chute cruzado após assistência de Erik.
A comissão de frente fazia o papel de mestre-sala e porta-bandeira para conduzir a equipe dentro de campo com tramas rápidas que contavam com o suporte de Cazares, um legítimo puxador do ritmo dos donos da casa. A defesa, por outro lado, seguia em descompasso para mostrar como um longo caminho ainda seria percorrido no Horto até que os três pontos pudessem ser confirmados. Claro que não seria sem emoção que o Atlético encerraria seu desfile, mesmo com a Caldense com a opção clara de se fechar e sair nos contra-ataques.
Aos 38 minutos, os sustos recentes se transformaram em preocupação quando a Caldense empatou em nova falha defensiva, desta vez pelo alto. A vantagem de estatura da dupla alvinegra de pouco adiantou com erros de posicionamento e falta de confiança.
O nome de Luan, gritado com apenas sete minutos de segundo tempo, mostrava que a torcida esperava mais da ala atleticana. Seguindo com mais posse de bola, o Atlético criava mas pecava na hora de tomar as melhores decisões. Nos últimos ‘metros’ do jogo, a alegoria do Atlético seguiu sem graça para descontentamento do público, que viu o que era ruim ficar ainda pior com gol de Potita, no contra-ataque já cantado no primeiro tempo.
Os passistas atleticanos foram castigados pela falta de inspiração para que uma nota mínima comprovasse alguma evolução. Os gritos de 'time sem vergonha' foram inevitáveis antes mesmo do apito final, assim como gritos a favor de Cuca e de novos jogadores. A diretoria também não foi perdoada. No próximo domingo, o Atlético terá um importante compromisso no clássico contra o América para tentar diminuir um prejuízo.
ATLÉTICO 1 X 2 CALDENSE
ATLÉTICO
Victor; Carlos César, Iago Maidana, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Elias (Carlos), Otero (Marco Túlio) e Cazares (Luan); Erik; Ricardo Oliveira.
Técnico: Thiago Larghi
CALDENSE
Omar; Feijão, Robinho (Davy), Marcelo e Jhonathan; Jean, Arilson e Fernandinho (Charles); Juninho, Anderson Rosa. e Neílson (Potita)
Técnico: Roberto Fonseca
Motivo: 6ª rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Independência, em Belo Horizonte
Árbitro: Ronei Cândido Alves
Cartões amarelos: Adílson, Cazares (A), Jonathan, Feijão (C )
Cartões vermelhos: não houve
Público: 17.619
Renda: R$ 137. 321, 00
Gols: Ricardo Oliveira (A), Neílson e Potita(C )
ATUAÇÕES
Victor – pouco exigido - 6
Carlos César – mais efetivo que Samuel Xavier - 6
Iago Maidana – estreia longe do ideal - 5
Felipe Santana – inseguro e sem confiança - 4
Fábio Santos – regular do começo ao fim - 6
Adilson – mais poder de marcação no meio - 5
Elias – segue longe das expectativas – 5
Carlos – mal pegou na bola - 5
Cazares – um incansável vaga-lume – 7
Luan – tentou dar dinamismo na frente - 5
Otero – o motor do time em campo – 5
Marco Túlio – pouco tempo para mostrar algo - 5
Erik – deu trabalho nas escapadas pelos lados - 7
Ricardo Oliveira – caiu no segundo tempo - 6
Jornal OTempo
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