Por G1 Zona da Mata
22/01/2018 12h13 Atualizado há 10 horas
Bombeiros realizaram buscas entre quarta (17) e sexta (19), mas não encontraram corpo de advogado (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Os Bombeiros divulgaram em nota nesta segunda-feira (22) que encerraram a busca pelo corpo do advogado de 75 anos que foi morto e jogado no Rio Paraibuna em Juiz de Fora no dia 2 de janeiro. De acordo com a corporação, os trabalhos foram realizados entre quarta-feira (17) e sexta-feira (19). Dois jovens confessaram o crime por causa de uma dívida de R$ 300 e estão no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).
"Depois de debaterem o caso, avaliar a situação devido ao tempo em que supostamente a vítima desapareceu [aproximadamente 20 dias], bem como haver esgotado os locais em que o corpo poderia ser localizado, o comandante do 4º BBM cientificou ao delegado que cuida do caso, que as buscas seriam encerradas, colocando-se à disposição para qualquer nova eventualidade que a investigação requeira", informou a nota da assessoria do Batalhão em Juiz de Fora.
Também via assessoria, o delegado responsável pelo caso, Luciano Vidal, informou que, quando não se encontra o corpo, deve-se provar a materialidade de forma indireta. Nesse caso, segundo ele, a Polícia Civil já tem o sapato da vítima encontrado na beira do Rio Paraibuna, atrás da casa do suspeito. O celular da vítima também foi recuperado. A última ligação feita pelo advogado foi realizada no dia 2 de janeiro, aproximadamente às 20h25, para o telefone do suspeito de 20 anos.
A pessoa que estava com celular foi ouvida nesta segunda-feira (22) e contou que o suspeito de 20 anos teria vendido o aparelho da vítima por R$ 200 e que o investigado disse para ele que realmente tinha matado o advogado e jogado o corpo no rio.
O delegado afirmou ainda que a esposa da vítima também esteve na delegacia e reconheceu o sapato e telefone como sendo do marido.
As roupas de um dos envolvidos que foram queimadas – pois estariam sujas de sangue - também foram localizadas.
Idoso foi morto em casa no Parque das Torres ao cobrar dívida de R$ 300 em Juiz de Fora (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Crime brutal
De acordo com a Polícia Civil, no dia 2 de janeiro, um advogado de 75 anos saiu de casa e foi até o Parque das Torres para cobrar uma dívida de R$ 300 de um cliente. A família registrou o desaparecimento uma semana depois.
Dois jovens foram presos e um deles confessou que matou o idoso com golpes de tijolo, pedras e a machadadas e jogou o corpo no Rio Paraibuna. Ambos foram levados para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora.
Durante as buscas, o Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora chegou a solicitar à Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) na sexta-feira a abertura das comportas da Barragem da Represa de Chapéu d'Uvas. O motivo era que o leito do rio estava baixo, o que impossibilitava a navegação do barco da unidade.
De acordo com a assessoria da Cesama, foi feito um pedido informal pelos bombeiros à companhia, que explicou aos militares que, como a barragem de Chapéu d’Uvas tem o objetivo de reter água, não haveria a possibilidade de aumentar em grande escala o nível do Rio Paraibuna.
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