Por Redação , 15/12/2017 às 18:23
atualizado em: 16/12/2017 às 08:27
O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Helbert Figueiró, relatou, em entrevista à Itatiaia, na tarde desta sexta-feira, como foi o acordo com o governo estadual para o pagamento do 13º salário dos servidores da segurança pública – os únicos com o benefício assegurado até o momento. Ele criticou o fato de, mesmo após o anúncio das datas para o depósito, alguns servidores da categoria manifestarem bloqueando o trânsito na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte.
Figueiró afirmou concordar que há mais reivindicações a serem feitas pela categoria, mas ressaltou que o comando é que representa a tropa. “Aqueles que pregam comando contra o governo são pessoas que têm interesses diversos dos reais interesses das nossas classes. Essa manifestação de hoje, logo após a gente ter divulgado o 13º, eu considero uma atitude irresponsável dessas lideranças, sejam parlamentares, sejam entidades de classes. Eu considero irresponsável porque é uma manifestação com paralisação do Centro em plena sexta-feira, e quem sai prejudicada é a sociedade”, declarou.
O comandante acredita que o ato no Centro teve um cunho que não apenas o fim parcelamento dos salários e o maior investimento em segurança pública – como disseram alguns manifestantes. “São lideranças que não dependem, sequer, do salário da Polícia Militar. Elas têm outras fontes de renda. Eu vejo como um ato direcionado em interesses políticos, pessoais, e não em interesses da classe”, ressaltou.
Para ele, “é a comunidade mineira é a sustentação que a gente tem para postular junto ao governo os nossos interesses, não é saindo às ruas fazendo baderna.”
O protesto
Na tarde desta sexta-feira, policiais militares, civis e agentes penitenciários manifestaram fechando o cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, na Praça Sete, o que provocou congestionamentos na região. A mobilização estava marcada desde quinta-feira (14) e tinha como foco a reivindicação do pagamento do 13º salário.
Nesta sexta, o governo de Minas agendou o depósito para os dias 26 de dezembro e 19 de janeiro, mas categorias disseram que a pauta vai além da quitação do benefício, e por isso manteve o ato.
Em meio ao protesto, os manifestantes queimaram caixões com a foto do comandante-geral da PM, coronel Helbert Figueiró.
http://www.itatiaia.com.br/noticia/comandante-da-pm-de-minas-critica-protesto-ap
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