Por G1 Triângulo Mineiro
14/10/2017 10h40 Atualizado 14/10/2017 11h31
Um policial militar morreu e outras três pessoas ficaram feridas na noite desta sexta-feira (13) durante um acidente na BR-040 próximo a Paracatu, no Noroeste de Minas, na noite desta sexta-feira (13). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as vítimas estavam em uma viatura da Polícia Militar (PM), que capotou enquanto seguia com um casal para ser apresentado à Polícia Civil após registro de uma ocorrência de violência doméstica em João Pinheiro.
Conforme a PRF, o militar que morreu estava no banco do passageiro e chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos. No veículo, ainda estavam outro policial militar e o casal envolvido no registro de violência doméstica, que foram levados com ferimentos para o Hospital Municipal de Paracatu. As vítimas foram socorridas pela equipe de resgate da concessionária Via 040.
A polícia informou que o capotamento ocorreu na altura do km 69 da rodovia. Os nomes das vítimas não foram informados e, por isso, não foi possível checar o estado de saúde dos internados. A PRF também não informou detalhes sobre a dinâmica do acidente.
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Via 040 para saber mais detalhes sobre as circunstâncias do acidente. Contudo, foi informado de que a empresa não repassa informações de acidentes envolvendo vítimas, o que fica a cargo apenas das autoridades policiais.
Mulher agredida
De acordo com as informações da Polícia Militar de João Pinheiro, os militares em serviço acompanhavam um casal da cidade depois de a mulher denunciar o companheiro. Ela relatou aos militares que vinha sofrendo agressões constantes desde a última quinta-feira (12) e que, inclusive, teve o braço queimado pelo homem com plástico derretido.
A vítima disse ter sido ameaçada de morte e, por volta das 19h desta sexta-feira, o homem a teria agredido com um soco no rosto, além de tentar enforcá-la próximo ao portão da casa. Após ser contido por vizinhos, o homem recebeu voz de prisão.
A PM explicou que, por ter ocorrido a prisão em flagrante, não houve possibilidade de se fazer o Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e, por isso, os envolvidos tiveram que ser levados até a Delegacia de Polícia Civil mais próxima que, no caso, fica em Paracatu.
Sobre o suspeito levado ao hospital, a PM esclareceu que é de praxe o acionamento de outra viatura para acompanhar o suspeito, que fica sob escolta policial até receber alta da unidade médica e, em seguida, é levado para a delegacia.
Procedimento será instaurado
A assessoria de comunicação do 45º Batalhão de Polícia Militar (BPM) informou ao G1 que os cabos estavam a serviço da 206ª Companhia da PM de João Pinheiro e que todas as providências estão sendo adotadas pela corporação em apoio aos familiares e vítimas.
A morte do policial foi informada ao comando em Belo Horizonte para que sejam providenciadas as honras fúnebres, que devem ocorrer ainda neste sábado (14) na cidade de João Pinheiro.
Ainda não há informações sobre as circunstâncias do acidente e um procedimento administrativo será instaurado pela corporação para apuração.
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QUANTO VALE ESTA VIDA (E A SEGURANÇA PÚBLICA) PARA O ESTADO?
O cabo Halisson Gomes (foto) faleceu hoje em acidente com a viatura, ao levar para Paracatu-MG (juntamente com o cabo Fábio Pereira de Almeida, que teve escoriações) um preso em flagrante de “Maria da Penha”, além da vítima.
João Pinheiro perde um brilhante policial, uma família perde seu arrimo. O governo do Estado nada perde, pelo contrário, continua economizando dinheiro público para se locupletar em suas corrupções.
Concursos para delegados e escrivães não acontecem, a sobrecarga dos atuais delegados é alta e nossas polícias são obrigadas a se deslocarem até Paracatu para registrarem as ocorrências de flagrante de delito, quando acontecem entre 18h/8h e nos sábados/domingos.
Os policiais sabem que, ao prenderem em flagrante nesses horários e dias, terão que se deslocar por 200km, cansados. E muitas vezes assistem ao preso assinar um termo e se ver livre.
Estamos todos reféns dos bandidos, que ainda contam com a parceria do Estado, que desmantela a segurança pública. O que tem sido feito por nossas autoridades municipais para mudar este quadro? Sabemos ser competência do governo do Estado, mas as consequências são sobre nós, pinheirenses.
Estamos de luto, solidários com a família, amigos, polícias militar e civil, e indignados com a corrupção que drena o dinheiro público e, indiretamente, retira vidas.
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