Aécio Neves alega que não cometeu nenhum crime
Gustavo Garcia
G1, Brasília
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu à tribuna do Senado nesta terça-feira (3) para se defender das acusações do Ministério Público Federal contra ele. Durante o pronunciamento, o tucano afirmou que não cometeu crimes e se disse indignado com o que chamou de “injustiça”. Ele estava afastado desde o dia 18 de maio, por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, com base na delação de executivos da JBS.
Segundo o Ministério Público, Aécio solicitou e recebeu do empresário Joesley Batista R$ 2 milhões que seriam utilizados para pagar seus advogados em inquéritos da Lava Jato. Em troca, Aécio atuaria em favor da JBS no Congresso Nacional.
OBSTRUÇÕES – Além disso, Fachin entendeu, com base nas investigações do Ministério Público, que, em razão do mandato, Aécio poderia usar seu poder para atrapalhar as investigações da Lava Jato.
Ele retornou ao Senado nesta terça, após o ministro Marco Aurélio Mello derrubar o afastamento, em 30 de junho. Na decisão, o ministro contestou os argumentos da Procuradoria Geral da República de que Aécio usaria o poder do cargo para interferir nas investigações. O ministro também considerou que o afastamento do senador era uma medida que colocava em risco a harmonia entre os poderes Legislativo e Judiciário.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Aécio afirmou ser vítima de uma “trama ardilosa” e disse que seus familiares foram usados como “massa de manobra” por pessoas com “ausência de caráter”. Como se vê, Aécio Neves não conseguiu reconhecer a própria voz nas impressionantes gravações, nas quais o linguajar empregado mostra bem o alto nível político do senador, que se diz injustiçado. É mais um parlamentar a se considerar perseguido político, como Dilma, Lula, Dirceu, Temer e tantos outros costumam fazer. Os perseguidos deveriam imitar Lula e se queixar à OEA e à ONU, Se não der certo, poderiam recorrer também à Sociedade Protetora dos Animais, em última instância, como Sobral Pinto fez para que cessassem as torturas a preso político Arthur Ernest Ewert, codinome Harry Berger, no Estado Novo de Getúlio Vargas e Filinto Muller. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet
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