sábado, 20 de maio de 2017

Forças Armadas não intervêm nem apoiam Temer, apenas cumprirão as leis


General Eduardo Villas Bôas descarta o golpe militar

Cristiane Jungblut
O Globo

Os comandos das três Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) fizeram questão de garantir, neste momento de crise política, sua total subordinação aos preceitos constitucionais, em notas divulgadas nesta sexta-feira. A manifestação ocorreu horas depois de um encontro com o presidente Michel Temer e num momento de instabilidade política.

Nos textos, os comandantes militares disseram que foram “convocados” para o encontro onde se discutiu a conjuntura atual. Os comandantes militares destacam que as Forças Armadas têm seu papel determinado pela Constituição. O cuidado foi para evitar interpretações de que o encontro com Temer poderia ser um apoio ao presidente neste momento.

REUNIÃO FECHADA – Temer se reuniu com os três comandantes e ainda com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen. Em nota, o comandante do Exército, general Villas Bôas, “reafirma que a atuação da Força Terrestre tem por base os pilares da estabilidade, legalidade e legitimidade, e ressalta a coesão e unidade de pensamento entre as Forças Armadas”.

O general ainda fez questão de deixar clara sua posição nas redes sociais. No Twitter, escreveu que esteve com Temer e que reafirmou o “compromisso perene com a Constituição e em prol da sociedade”.

CONJUNTURA POLÍTICA – Na mesma linha, a nota da Aeronáutica é assinada pelo chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Ramirez Lorenzo. A nota diz que o encontro foi para “tratar da conjuntura política”.

“Como de praxe em reuniões já realizadas entre esses atores, prevaleceram a unidade de pensamento e o estrito cumprimento das normas legais, características inerentes às Forças Armadas Brasileiras”, diz a nota.

Com o mesmo tom, a Marinha divulgou nota sobre o encontro, destacando que fora “convocada” pelo ministro da Defesa. Segundo o texto, foi ” discutida a conjuntura atual e destacada a total subordinação das Forças aos ditames constitucionais”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, as Forças Armadas não vão intervir no processo político – nem a favor, nem contra Temer. Apenas cumprirão o que dizem as leis. Ou seja, Temer vai cair de podre, o Congresso elegerá novo presidente para o mandato-tampão, e vida que segue, como dizia nosso amigo João Saldanha. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

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